Antônio Ferreira França
Antônio Ferreira França | |
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França, capa de Bahia Illustrada, 1918 | |
Nascimento | 14 de janeiro de 1771 Salvador |
Morte | 9 de março de 1848 (76 anos) Salvador, |
Nacionalidade | Brasileiro |
Ocupação | médico, político e escritor |
Antônio Ferreira França (Salvador, 14 de janeiro de 1771 — Salvador, 9 de março de 1848), foi um médico, político e escritor, brasileiro, patrono da Cadeira 9 da Academia de Letras da Bahia, e da Cadeira nº 8 da Academia de Medicina da Bahia.[1][2][3]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Filho de Joaquim Ferreira França e de D. Anna Ignacia de Jesus, nasceu na capital da Bahia, em 1771. Foi casado com D. Ana da Costa Barradas e pai de Antonio Ferreira França Filho, Cornélio Ferreira França e Ernesto Ferreira França.[4]
Graduou-se no curso de Medicina em Portugal, mas como não era incomum na época também fez formação em Filosofia e Matemática.[1][3]
Em 1810, foi nomeado Lente Visitador das Escolas Régias da Bahia. Com a reforma de 1815-16, formalizada também em Carta Régia, que transformou a Escola de Cirurgia da Bahia em Colégio Médico cirúrgico, foi nomeado Lente de Higiene, ficando na cátedra até 1832.[3][1]
Entre as Honrarias recebidas, destaque-se a recebida em 1810, agraciado com o Hábito da Ordem de Cristo, de D. Maria I e de seu Príncipe Regente, Dom João, pelos seus relevantes serviços prestados.[3][1]
Sua carreira política começou como Vereador de Salvador, em 1822. Em 1823, foi eleito Deputado à Constituinte Brasileira e depois foi reeleito para várias legislaturas. Além da participação na luta pela Independência do país, foi um destacado abolicionista,[2] tendo sido um dos primeiros a defender a libertação dos escravos.[3][1]
Durante o período regencial, na 3ª legislatura (1834-1837), atuou na Câmara dos deputados junto com dois dos seus filhos, que também foram eleitos: Ernesto e Cornélio, ambos compartilhavam das ideias do pai. No parlamento a família Ferreira França defendeu e apresentou projetos sobre, o federalismo no Brasil; a implantação de um congresso internacional das nações ("com o fim de assegurar entre si a paz perpétua"); a abolição do celibato clerical; a abolição da pena de morte; a liberdade dos nascidos de mãe escrava. O Dr. Antônio Ferreira França também elaborou um parecer visando prevenir a propagação da epidemia de cólera morbus, no Brasil em 1832.[5][6] Apresentou também projetos de lei que visavam a criação de uma universidade no Rio de Janeiro e outro que garantiria o direito das mulheres a se habilitarem ao exercício da medicina.[7]
Faleceu no dia 9 de março de 1848.[1][2][3]
Referências
- ↑ a b c d e f «Antônio Ferreira França». Arquivo Histórico da Câmara dos Deputados Brasil. Consultado em 4 de setembro de 2019
- ↑ a b c Biblioteca Digital Luso-Brasileira (26 de novembro de 2019). «Antônio Ferreira França»
- ↑ a b c d e f FAMED (26 de novembro de 2019). «Antônio Ferreira França»
- ↑ Biografia na página oficial da Academia Nacional de Medicina
- ↑ «Biografia do(a) Deputado(a) Federal FERREIRA FRANÇA». Portal da Câmara dos Deputados. Consultado em 14 de dezembro de 2021
- ↑ Blake, Augusto Victorino Alves do Sacramento (1883). Diccionario bibliographico brazileiro pelo doutor Augusto Victorino Alves Sacramento Blake..., Volume 1. Rio de Janeiro: Typographia nacional. p. 161 - 163.
- ↑ TEIXEIRA, Rodolfo. Memória Histórica da Faculdade de Medicina do Terreiro de Jesus (1943-1995). Salvador: Edufba, 1999.