Rio Arade

Arade
Rio Arade
Ponte ferroviária sobre o rio Arade, ao PK 18 da Linha do Algarve, entre Ferragudo e Portimão, na vazante, vista do Parchal
Comprimento 75 km
Nascente Serra do Caldeirão
Altitude da nascente 481 m
Foz Atlântico
País(es) Portugal Portugal

O rio Arade é um rio de Portugal localizado na região do Algarve,[1] que nasce na serra do Caldeirão e passa por Silves, Portimão e Lagoa, indo desaguar no oceano Atlântico, em Portimão, imediatamente a leste da praia da Rocha.

No tempo dos descobrimentos portugueses era navegável até Silves, onde existia um importante porto. Hoje, devido ao enorme assoreamento, apenas pequenos barcos aí podem chegar.

Portimão é o grande porto do Arade.

Tem um caudal médio de 1,5 m3/s (estimativa)

O rio Arade na conquista de Silves

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Um dos factores que teve forte impacto no desenvolvimento da cidade de Silves no período de domínio árabe foi, sem dúvida, a sua proximidade ao rio Arade, então navegável até às suas muralhas.

No ano de 1189, a pedido de D. Sancho I, uma frota de cruzados que ia a caminho da Terra Santa subiu o rio Arade, juntando-se às tropas portuguesas que tinham vindo por terra com o intuito de conquistar a cidade, o que veio a acontecer, após prolongado cerco, no dia 3 de setembro desse mesmo ano.

Em Silves, no século XV foi levantada uma ponte sobre o Arade que é hoje um dos ex-libris da cidade.

O rio, que motivou o desenvolvimento da cidade, veio a dar um contributo importante para o seu declínio, agravado pelo assoreamento do mesmo, que apenas permite a sua navegabilidade por barcos de pequeno porte.

Ponte de Silves sobre o Arade

O estuário do Arade separa os concelhos de Portimão e Lagoa, e nas suas margens encontram-se salinas, sapais, bancos de vasa, vários cursos de água e zonas urbanizadas.[2] Entre a fauna e a flora que lá se podem encontrar há plantas como a morraça, a gramata, a Arthrocnemum fruticosum, a Atriplex portulacoides, o Juncus maritimus, a Arthrocnemum macrostachyum, o valverde-dos-sapais, a sempre-viva, a Salsola vermiculata e a salgadeira;[3] aves como o corvo-marinho-de-faces-brancas, a garça-branca-pequena, a garça-real, o colhereiro, o flamingo, a galinha-d'água, o pernilongo, o alfaiate, o borrelho-grande-de-coleira, a tarambola-cinzenta, o pilrito-das-praias, o pilrito-comum, o pilrito-escuro, o maçarico-de-bico-direito, o maçarico-galego, o perna-vermelha-comum, o perna-verde-comum, o maçarico-bique-bique, o maçarico-das-rochas, a rola-do-mar, o guincho-comum, a gaivota-d'asa-escura, a gaivota-argêntea, o garajau-grande, o garajau-comum, a garça-boieira, a cegonha-branca, o peneireiro-vulgar, o pombo-das-rochas, o andorinhão-preto e o andorinhão-real[4]; peixes como os juvenis (que em adultos vão para o mar) da sardinha, do linguado, da anchova, do sargo ou da tainha e possivelmente mamíferos como a lontra.[5]

Ligações externas

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Referências

  1. Detail Regional Map, Algarve- Southern Portugal, ISBN 3-8297-6235-6
  2. «Estuário do Arade». Avesnest.com. Consultado em 5 de julho de 2019 
  3. Estudo de Impacte Ambiental do Empreendimento da Marina de Ferragudo -Relatório Base (Tomo 1) – Caracterização da Situação Actual do Ambiente e Perspectivas de Evolução sem a Implementação do Empreendimento (Parte 2) (PDF) (Relatório). Maio de 2007. p. 67. 150 páginas. Consultado em 5 de julho de 2019 
  4. «Estuário do Arade». Aves de Portugal. Consultado em 5 de julho de 2019 
  5. Estudo de Navegabilidade do Rio Arade entre Portimão e Silves - Fase 4 - Estudo de Impacto Ambiental (PDF) (Relatório). Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos. 25 de fevereiro de 2005. p. 17. 27 páginas. Consultado em 5 de julho de 2019 
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