Bobby Seale
Bobby Seale | |
---|---|
Bobby Seale (1971) | |
Nascimento | 22 de outubro de 1936 Dallas, Texas |
Nacionalidade | Estadunidense |
Cidadania | Estados Unidos |
Alma mater |
|
Ocupação | Ativista político |
Empregador(a) | Universidade Temple |
Robert "Bobby" George Seale (Dallas, 22 de outubro de 1936) é um escritor, ex-ativista do Movimento dos Direitos Civis nos Estados Unidos e cofundador, juntamente com Huey P. Newton, do Partido dos Panteras Negras (fundada em 1966 como Partido dos Panteras Negras para Auto Defesa),[1] organização cujas principais atividades eram o monitoramento das atividades policiais e o enfrentamento da brutalidade policial contra as comunidades negras, que começou na cidade de Oakland, estendendo-se depois para outras localidades dos Estados Unidos.
Seale tornou-se amplamente conhecido como um dos "Oito de Chicago", acusados de conspiração pelo governo americano, por terem sido associados aos protestos contra a Guerra do Vietnã, realizados em Chicago, durante a Convenção Nacional Democrata de 1968. Nesse julgamento, Bobby continuadamente se levantava e gritava "Eu protesto!" todos os dias em que era mencionado seu nome, já que seu advogado não estava presente ao julgamento. Bobby insistia que lhe fora tirado o direito constitucional de defesa, sendo-lhe então aplicada uma punição por sua desobediência. De maneira infame, o juiz Julius Hoffman ordenou que Seale fosse algemado, pelas mãos e pernas, à sua cadeira, e amordaçado com uma fita adesiva, de modo a fazê-lo "se calar diante do tribunal"[2].
Após mais de um mês de julgamento, Bobby Seale foi separado dos outros réus, transformando os "Oito de Chicago" em os "Sete de Chicago". Depois disso, o governo desistiu de enquadrá-lo no crime de conspiração. Mas, apesar de nunca ter sido considerado culpado, Seale foi sentenciado, pelo Juiz Hoffman, a quatro anos de prisão, por desacato à corte. Sua sentença, porém, foi revertida após recurso.[3]
Em 1970, enquanto estava preso, Bobby Seale foi enquadrado e tornou-se réu no Julgamentos dos Panteras Negras em New Haven, acusado de tortura e assassinato de Alex Rackley - que os Panteras Negras suspeitavam que fosse um informante da polícia infiltrado no Partido.[4] George Sams Jr., também membro do Partido, testemunhou que Seale lhe havia ordenado que matasse Rackley.[5] Todavia, o júri foi incapaz de chegar a um veredito, e as acusações acabaram por ser retiradas.
Obras
[editar | editar código-fonte]Entre seus livros publicados estão:
- A Lonely Rage: The Autobiography of Bobby Seale
- Seize the Time: The Story of the Black Panther Party and Huey P. Newton
- Power to the People: The World of the Black Panthers (com Stephen Shames).
Referências
- ↑ «Huey P. Newton». Biography (em inglês). Consultado em 27 de março de 2021
- ↑ Shames, Stephen (2016). Power to the People: The World of Black Panthers. New York: Abrams. p. 193
- ↑ Tribune, JASON MEISNER Chicago. «Chicago 7 prosecutor: 'They were going to try to destroy our trial. And they did a damn good job.'». Herald-Review.com (em inglês). Consultado em 27 de março de 2021
- ↑ Bass, Paul; Rae, Douglas. Murder in the Model City, Basic Books 2006, p. 23
- ↑ "FREE THE NEW HAVEN PANTHERS": The New Haven Nine, Yale, and the May Day 1970 Protests That Brought Them Together. Yale University Library Online Exhibitions.