Christiana Guinle
Esta biografia de uma pessoa viva cita fontes, mas que não cobrem todo o conteúdo. (Setembro de 2022) |
Christiana Guinle | |
---|---|
Nascimento | 23 de janeiro de 1965 (59 anos) Rio de Janeiro |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | ator, ator de teatro, ator de cinema, ator de televisão |
Christiana Guinle (Rio de Janeiro, 23 de janeiro de 1965) é uma atriz, diretora, produtora e artista plástica brasileira.
Carreira
[editar | editar código-fonte]Começou sua carreira ao 13 anos com uma participação no programa Armação Ilimitada. Aos 15 anos mudou-se para a Inglaterra após obter uma bolsa de estudos na Royal Shakespeare Company, onde foi aluna da Vanessa Redgrave e formou-se como Bachelor Actress. Ao voltar para o Brasil fez cursos livres e começou a atuar nas peças do Tablado.
Em seguida fez sua estreia profissional na peça O ateneu, de Aluísio Azevedo, com direção de Carlos Wilson. Trabalhou com o mesmo diretor nas peças Os três mosqueteiros, baseada na obra de Alexandre Dumas, e Odisseia, baseada na obra de Homero, com a qual ganhou Prêmio Mambembe de Melhor Atriz por sua interpretação de Penélope.
Estreou no cinema, em 1986, com uma participação no curta metragem À Espera, primeiro trabalho cinematográfico do diretor Luiz Fernando Carvalho. Em 1989 esteve em cartaz com duas peças concomitantemente: Os cegos, de Michel Ghelderode com direção de Moaçyr Góes, e Lulu, de Frank Wedekind com direção de Naum Alves de Souza. Dois anos depois foi dirigida por Ulysses Cruz na peça La ronde de Arthur Schinitzler. Com o mesmo diretor trabalhou em 1994 na peça Anjo Negro de Nelson Rodrigues, trabalho que lhe rendeu o Prêmio APCA de Melhor Atriz, e em 1996 à frente da produção de A dama do mar, peça de Henrik Ibsen estreada no Píer Mauá, projeto inovador que impulsionou a revitalização do Cais da Gamboa, por esse trabalho foi Indicada ao Prêmio Shell de Melhor Atriz.
Em 1993 atuou na peça O inferno são os outros, com direção de Antônio Abujamra e foi Indica ao Prêmio Molière de Melhor Atriz, sendo considerada "a Cacilda Becker de sua geração" nas palavras de Tonia Carrero No ano seguinte fez o filme Mil e Uma, com direção de Suzana de Moares, e em 1996 atuou em Metalguru, de Flávio Colker, que ganhou os prêmios de Melhor Filme e Melhor Atriz no Festival Mix Brasil e no Verzaubert Internationales Queer Filmfestival em Berlim.
Em 1989 fez sua estreia na TV com a telenovela O Salvador da Pátria da TV Globo onde interpretou Leda, a secretária de Severo Blanco (Francisco Cuoco), em 1995 transferiu-se para a Rede Bandeirantes e participou da telenovela A Idade da Loba, e em 1997 transferiu-se para o SBT e participou da telenovela Os Ossos do Barão. Voltou a trabalhar com Jayme Monjardim, quando foi contratada novamente pela Rede Globo em 1999 para viver a personagem Aimée em Chiquinha Gonzaga, com ele também fez seu trabalho seguinte na emissora interpretando a Irmã Damiana, freira responsável por vigiar Rosário, personagem de Mariana Ximenes, em A casa das sete mulheres
Em 2004 atuou ao lado de Renata Sorrah em Medeia, tragédia de Eurípides, dirigida por Bia Lessa. Nesse mesmo ano fez a minissérie Um só coração, interpretando sua própria tia Gigi Guinle. Dois anos depois participou da minissérie JK.
Em 2012 retornou ao teatro com a peça Criados em Cativeiro de Nicky Silver, com direção de Jefferson Miranda. No mesmo ano também retornou para a televisão na novela Lado a Lado, na qual interpretou Carlota, mulher conservadora e amarga que junto da irmã Constância, vivida por Patrícia Pilar, tentava coagir qualquer movimento de transgressão e infernizava a vida de sua outra irmã Celinha, vivida por Isabela Garcia, e de sua filha Alice, vivida por Juliane Araújo. Dois anos depois deu vida à Márcia na novela Boogie Oogie, enfermeira que ajudou Suzana, personagem de Alessandra Negrini, a trocar na maternidade as recém nascidas Sandra e Vitória, interpretadas por Ísis Valverde e Bianca Bin respectivamente.
Vida pessoal
[editar | editar código-fonte]Christiana se define como lésbica de gênero fluido.[1][2][3]
Obras
[editar | editar código-fonte]Teatro
[editar | editar código-fonte]- 1987 - O Ateneu
- 1987 - Odisseia
- 1993 - O Inferno São os Outros
- 1994 - Anjo Negro[4] - Direção de Ulysses Cruz
- 1996 - A Dama do Mar - Direção de Ulysses Cruz
- 2004 - Medeia - Direção de Bia Lessa
- 2023 - Gênero: Livre[5] - Direção de Ernesto Piccolo
Cinema
[editar | editar código-fonte]Ano | Título | Personagem | Notas |
---|---|---|---|
1986 | À Espera | Jovem | Curta-metragem |
1996 | Mil e Uma | Luciana[6] | |
Metalguru | Motoqueira | Curta-metragem | |
2018 | Chacrinha: O Velho Guerreiro | Ordep |
Televisão
[editar | editar código-fonte]Ano | Título | Personagem | Notas |
---|---|---|---|
1989 | O Salvador da Pátria | Leda[7] | |
1990 | Delegacia de Mulheres | Walderez | |
1992 | Você Decide | — | Episódio: "Prova Final" |
1995 | A Idade da Loba | Isildinha | |
1997 | Os Ossos do Barão | Vilma | |
1999 | Chiquinha Gonzaga | Aimée | |
Você Decide | — | Episódio: "Mulher 2000" | |
— | Episódio: "O Esposo" | ||
Oneida | Episódios: "Numa Sexta-Feira 13: Parte 1 e 2 " | ||
2000 | Danuza | Episódio: "Mania de Casar" | |
2003 | A Casa das Sete Mulheres | Irmã Damiana | |
2004 | Um Só Coração | Danuza | |
2006 | JK | Dona Coracy | |
2010 | Ti Ti Ti | Lídia | [8] |
2012 | Lado a Lado | Carlota Camargo Passos | |
2014 | Boogie Oogie[9] | Márcia |
Prêmios
[editar | editar código-fonte]- s/d - Mambembe - Melhor Atriz por Odisséia de Homero
- 1993 - Molière - Indicação de Melhor Atriz por O Inferno são os Outros
- 1994 - APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte)- Melhor Atriz por Anjo Negro
- 1996 - Shell - Melhor Atriz por Dama do Mar
- 1996 - Festival Alternativo de Berlin - Melhor Atriz por Metalgur
Referências
- ↑ «Atriz Christiana Guinle se assume como 'gênero fluído' e cria espetáculo para falar sobre sua identidade». ISTOÉ Independente. 8 de março de 2024. Consultado em 3 de junho de 2024
- ↑ «Aos 57 anos, atriz Christiana Guinle se define como gênero fluido e fala de reação da família: 'Descobri quem sou'». Extra Online. 30 de setembro de 2022. Consultado em 3 de junho de 2024
- ↑ «Christiana Guinle: "Gênero não deve ser fixo"». VEJA. Consultado em 11 de junho de 2024
- ↑ Itaú Cultural
- ↑ Yamada, Vinícius (7 de dezembro de 2023). «Monólogo inspirado em Christiana Guinle aborda fluidez de gênero e complexidades identitárias». GAY BLOG BR @gayblogbr. Consultado em 7 de dezembro de 2023
- ↑ «Mil e Uma». Cinemateca Brasileira. Consultado em 11 de agosto de 2022
- ↑ «O Salvador da Pátria». teledramaturgia.com.br. Consultado em 11 de agosto de 2022
- ↑ «Ti Ti TI (2010)». teledramaturgia.com.br. Consultado em 11 de agosto de 2022
- ↑ «Márcia lembra de outra pista sobre o bebê desaparecido». GShow. 21 de agosto de 2014. Consultado em 23 de outubro de 2014
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Christiana Guinle. no IMDb.
- Christiana Guinle in Ibsen Net