Companhia das Letras
Companhia das Letras | |
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Veículo da editora na FLIP 2011. | |
Razão social | Editora Schwarcz S.A. |
Editora | |
Fundação | 1986 |
Fundador(es) | Luiz Schwarcz Lilia Moritz Schwarcz |
Sede | São Paulo |
Proprietário(s) | Penguin Random House (70%) Família Schwarcz (30%) |
Empregados | 1.032[1] |
Produtos | Livros |
Divisões | Cia. das Letras Companhia das Letrinhas Companhia de Bolso Editora JBC Quadrinhos na Cia. Penguin-Companhia Editora Objetiva Editora Claro Enigma Editora Seguinte Editora Paralela Zahar Alfaguara |
Faturamento | R$ 196 milhões em (2009)[2] |
Website oficial | Companhia das Letras |
A Companhia das Letras é a maior editora localizada no Brasil, fundada em 1986, com sede em São Paulo.
Histórico
[editar | editar código-fonte]Fundada por Luiz Schwarcz, que vinha da experiência de trabalho na Editora Brasiliense, e sua esposa Lilia Moritz Schwarcz, teve como um dos quatro primeiros livros publicados Rumo à Estação Finlândia, de Edmund Wilson, sucesso de vendas que impulsionou a editora, e nos primeiros 12 meses de existência, lançou 48 títulos. Três anos depois se associou ao empreendimento o economista e escritor Fernando Moreira Salles.[3]
Em 24 anos, a editora publicou quase três mil títulos, de 1.300 autores, incluindo os lançamentos dos outros selos da editora. Em 2009, foram mais de 230 títulos publicados, e no total a editora tem 3.239 títulos, sendo 2.800 em catálogo.[4] A tiragem média é de 10.500 exemplares, e o livro mais vendido foi As Barbas do Imperador, com 3,950 milhões exemplares.[1]
As duas principais linhas editoriais da Companhia das Letras são, desde o início, literatura e ciências humanas, que se ramificam em: ficção brasileira, ficção estrangeira, poesia, policiais, crítica literária, ensaios de história, ciência política, antropologia, filosofia, psicanálise, além de séries de fotografia, gastronomia, divulgação científica, biografias, memórias, relatos de viagem e projetos especiais.[1]
Possui ao todo sete selos: Companhia das Letras, Cia. das Letras, Companhia das Letrinhas, Companhia de Bolso, Quadrinhos na Cia., Penguin-Companhia, Editora Claro Enigma. Criado em 1992, o selo Companhia das Letrinhas tem como proposta editar livros voltados ao público infanto-juvenil.[5]
O selo Cia. das Letras, que surgiu em 1994, desenvolve duas linhas básicas: de um lado, publica livros de ficção e não ficção voltados para pré-adolescentes e adolescentes; de outro, obras de interesse para diferentes faixas etárias, como O mundo de Sofia, O menino do pijama listrado e a coleção Desventuras em Série.[1]
Em 2006 foi criado o selo Companhia de Bolso, que relança em edição econômica os grandes sucessos da Companhia das Letras. Em 2009, foram criados mais três selos: Quadrinhos na Cia., Editora Claro Enigma e Penguin Companhia. Quadrinhos na Cia. traz uma linha dedicada aos quadrinhos. A editora Claro Enigma é ligada à educação, com material paradidático.[1]
Em 2010, o selo Penguin Companhia passa a editar, em português, obras do catálogo da Penguin Classics, com o formato internacionalmente reconhecido da coleção, e uma série de clássicos em língua portuguesa, além de novos projetos idealizados especialmente para a coleção. Em 5 de dezembro de 2011 a editora britânica Penguin Books comprou 45% da Companhia das Letras, sendo criado uma holding das famílias Moreira Salles e Schwarcz para administrar os 55% de participação da editora.[6] Em outubro de 2018, a Penguin passou a ter 70% da editora, e a família Schwarcz ficou com 30%; a família Moreira Salles deixou o negócio.[7]
Em 2015, comprou a Editora Objetiva, que antes era uma propriedade do Grupo Santillana/PRISA.[8]
Em 2 de outubro de 2019, comprou a Zahar, do Rio de Janeiro.[9]
Em 18 de março de 2022, a Companhia das Letras anunciou a compra de 70% da Editora JBC, visando dar apoio na distribuição, comercialização e divulgação dos mangás da JBC.[10] A gestão continuou nas mãos das irmãs Shoji por conta da experiência com a área de mangás e licenciamento, e a compra foi divulgada na semana em que a Editora JBC comemorou 27 anos de sua fundação.[11]
Enquete
[editar | editar código-fonte]Em 23 de julho de 2012, o jornal Valor Econômico, que promovera uma enquete com um grupo de críticos e professores para identificar qual é a melhor editora do Brasil, apresentou como resultado a Companhia das Letras em primeiro lugar (81%), e a Cosac Naify em segundo (76%).[4] Em 3º lugar ficaram a Editora 34, a Martins Fontes e a Record; em 4º a Editora UFMG e a Nota do Tempo; em 5º Ateliê Editorial, Editora Hedra, Editora Iluminuras, Editora da Unicamp;[12] em 6º lugar Contraponto Editora, Difel, Edusp, Editora Escrituras, Editora Perspectiva, UnB, Editora Vozes, WMF Martins Fontes, Zahar Editores.
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Dia do Quadrinho Nacional
- História do livro no Brasil
- História em Quadrinhos no Brasil
- Literatura do Brasil
- Prêmio Angelo Agostini
Referências
- ↑ a b c d e Companhia das Letras
- ↑ FERRARI, Mário, 2010
- ↑ Marcos Augusto Gonçalves e Sylvia Colombo (ed.). «O império da Companhia das Letras». Folha de S.Paulo. Consultado em 24 de setembro de 2019
- ↑ a b FERRARI, Márcio, 2010
- ↑ «25 anos da Companhia das Letrinhas: a história por trás das histórias». Blog da Companhia. Consultado em 24 de setembro de 2019
- ↑ Editora britânica Penguin compra 35% da Companhia das Letras Portal Folha - acessado em 5 de dezembro de 2011
- ↑ «Grupo Penguin assume controle da Companhia das Letras». O Globo. Consultado em 24 de setembro de 2019
- ↑ Raquel Cozer (ed.). «Editora Objetiva passa a fazer parte da Companhia das Letras». Folha de S.Paulo. Consultado em 24 de setembro de 2019
- ↑ Lauro Jardim (ed.). «Companhia das Letras compra a Zahar». ) Globo. Consultado em 3 de outubro de 2019
- ↑ «Companhia das Letras adquire 70% do controle da editora de mangás JBC - Blog da Companhia das Letras». www.blogdacompanhia.com.br. Consultado em 19 de março de 2022
- ↑ «Editora JBC – 27 anos». Editora JBC. 16 de março de 2022. Consultado em 19 de março de 2022
- ↑ ALVES FILHO, Manuel, 2010, p. 10
Referências bibliográficas
[editar | editar código-fonte]- FERRARI, Márcio. Valor Econômico. São Paulo, 23 de julho de 2010. In: Clipping
- ALVES FILHO, Manuel. Editora da Unicamp é relacionada entre as melhores do país. Jornal da Unicamp, 2 a 8 de agosto de 2010, p. 10
- ILUSTRADA 50 ANOS: 2006 - O império da Companhia das Letras. In: Folha Online, 12/12/2008