O conclave de 1464 foi convocado na sequência da morte do Papa Pio II e foi concluído com a eleição do Cardeal Pietro Barbo, que tomou o nome de Paulo II.[1]
Na tarde de 28 de agosto os cardeais presentes em Roma (houve uma ausência de dez cardeais) entreram em conclave no Vaticano, com a excepção do Cardeal Juan de Torquemada, por doença, mas que se juntou ao conclave no seguindo dia.[1]
Inicialmente, os eleitores prepararam uma capitulação em conclave, e subscreveram-na todos, excepto o Cardeal Trevisan. Os termos da capitulação eram os seguintes:
- Continuar as Cruzadas contra o Império Otomano
- Apenas deixar Roma com o consentimento da maioria dos cardeais; e a Península Itálica com o consentimento de todos
- Limitar o Colégio dos Cardeais a 24
- Limitar o novo Papa a um cardeal-sobrinho
- Exigir consentimento do Colégio para a criação de cardeais ou adiantamento de benefícios
O primeiro escrutínio foi em 30 de agosto. O Cardeal Pietro Barbo recebeu 11 votos, e os restantes foram para Trevisan e d'Estouteville.[2] No accessus seguinte, Barbo recebeu três votos adicionais e foi eleito Papa.[2] Tomou o nome de Paulo II,[3] e um pouco depois o protodiácono Rodrigo Bórgia anunciou a eleição ao povo de Roma com a antiga fórmula Habemus Papam. Em 6 de setembro o novo papa foi solenemente coroado nos degraus da Basílica Vaticana, sé patriarcal, pelo Cardeal Niccolò Fortiguerra, titular de Santa Cecília.[4]
* Eleito Papa
Ao conclave assistiram 18 dos 25 cardeais que existiam naquela época:[1]
Referências
- ↑ a b c «The Cardinals of the Holy Roman Church» (em inglês) .
- ↑ a b Francis Burkle-Young “Papal elections in the Fifteenth Century: the election of Paul II
- ↑ O Cardeal Ammanati afirmou que Barbo escolheu primeiro o nome Formosus ("Formoso"), mas os cardeais objectaram com base que isso podia ser visto como alusão ao seu bom aspecto. Mudou então para Marco, mas os cardeais objectaram de novo, porque "Marco!" era o grito de guerra da República de Veneza. Finalmente escolheu Paulo (L. von Pastor "History of the Popes vol. 4", London 1900, p. 12). F. Bourkle-Young considera esta história falsa [1]
- ↑ Habitualmente o rito da coroação papal era executado pelo Cardeal Protodiácono, mas Rodrigo Bórgia sentiu-se doente pouco depois da eleição e não pôde fazê-lo. O Cardeal Fortiguerra, que chegou a Roma quando a eleição já tinha acabado, foi o seu substituto. L. von Pastor "History of the Popes vol. 4", London 1900, p. 18
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