Crítias
Crítias | |
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Nascimento | 460 a.C. Atenas Antiga |
Morte | 403 a.C. Atenas Antiga |
Cidadania | Atenas Antiga |
Progenitores |
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Ocupação | político, escritor trágico, escritor, filósofo, poeta |
Movimento estético | Escola Sofística, pré-socráticos |
Crítias (em grego: Κριτίας; 460 a.C. – 403 a.C.) foi um filósofo nascido em Atenas, tio de Platão e um dos membros do grupo de Trinta Tiranos que governaram a cidade, dos quais era um dos mais violentos. Foi filho de Dropidas I e irmão de Dropidas II e discípulo de Sócrates, fato que não ajudava Sócrates a ter uma imagem melhor junto ao público. Foi assassinado pelos democratas.
Tirania
[editar | editar código-fonte]Quando Lisandro impôs à Atenas derrotada na Guerra do Peloponeso que escolhesse trinta atenienses para governar a cidade,[1] Terâmenes se opôs, alegando que o acordo de rendição garantia a Atenas a forma de governo do seu país mas Lisandro contra-argumentou que Atenas já havia rompido o tratado, ao demorar em derrubar as muralhas.[1] Com isso, Atenas escolheu os trinta, e Terâmenes foi um deles.[2]
Porém, quando os trinta começaram a prender os atenienses ricos acusando-os de revolucionários, para eles serem executados e seus bens confiscados,[3] Terâmenes se opôs, e foi convocado um conselho dos Trinta.[4] Neste conselho, Crítias fez um discurso acusando Terâmenes de trair o governo em que ele foi voluntário, mas Terâmenes conseguiu se defender.[4] Então Crítias enviou um bando de soldados ameaçar Terâmenes, que fugiu para o altar de Héstia como suplicante,[5] segundo suas próprias palavras, não para salvar sua vida, mas para que os seus assassinos se envolvam em um ato de impiedade contra os deuses.[6] Quando Terâmenes foi morto, os atenienses viram que estavam a perigo com a Tirania dos Trinta.[7]
Em Platão
[editar | editar código-fonte]Crítias aparece como personagem de alguns diálogos de Platão. Foi uma figura obscura na história de Atenas. Uma única passagem , fragmento de uma tragédia de Eurípides, foi o suficiente para sua glória; nesta passagem ele expõe como Deus é a invenção de um sofista, hábil legislador.
É assim, eu o creio, que alguém, o primeiro,
Persuadiu os mortais de formar o pensamento
De que existem deuses.
(Crítias, B xxv, op. cit., p. 1145-1146)
Referências
- ↑ a b Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XIV, 3.5
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XIV, 4.1
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XIV, 4.4
- ↑ a b Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XIV, 4.5
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XIV, 4.6
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XIV, 4.7
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XIV, 5.4