Duetto
Duetto | |
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Pôster de divulgação do filme. | |
Brasil Itália 2022 • cor • 102 min | |
Gênero | drama |
Direção | Vicente Amorim |
Produção |
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Coprodução | Alexandre Rocha |
Produção executiva |
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Roteiro |
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Elenco |
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Música | Gabriel Dib |
Cinematografia | Gustavo Hadba |
Direção de arte | Daniel Flaksman |
Edição | Marilia Moraes |
Companhia(s) produtora(s) | Nexus Cinema |
Distribuição | Orion Pictures Imagem Filmes |
Lançamento | 29 de setembro de 2022 |
Idioma | português |
Duetto é um filme de drama ítalo-brasileiro de 2022, dirigido por Vicente Amorim e roteirizado por Rita Buzzar e João Segall. Ambientado na Itália em 1965, o filme acompanha a história de amor de uma jovem brasileira (Luisa Arraes) com um um cantor italiano (Michele Morrone), horas antes de sua morte. O filme conta ainda com as atuações de Giancarlo Giannini, Marieta Severo, Elisabetta de Palo, Gabriel Leone, Rodrigo Lombardi e Maeve Jinkings nos demais papéis principais.
Sinopse
[editar | editar código-fonte]O filme transporta os espectadores para a vibrante Itália de 1965, no cenário encantador da região da Apulia, durante um efervescente Festival de Música. A trama gira em torno do improvável encontro entre Cora (Luisa Arraes), uma jovem brasileira, e o renomado e controverso "cantautore" italiano, Marcello Bianchini (Michele Morrone), horas antes de sua trágica morte. Contudo, o palco inicial dessa narrativa está em São Paulo, onde Cora enfrenta a dor da perda de seu pai, Marcelo (Rodrigo Lombardi) em um fatídico acidente de carro. Acompanhada pela avó Lúcia (Marieta Severo), ela parte rumo à sua terra natal na Apulia.
A viagem de Lúcia tem um propósito: reunir-se com Sofia (Elisabetta de Palo), sua irmã, para discutir a venda de terras ancestrais da família. O reencontro entre as irmãs, após quatro décadas de separação, desencadeia uma série de eventos que mergulham Cora nas profundezas do passado familiar e nas tramas entrelaçadas da pequena cidade italiana. Entre os segredos revelados, os dramas locais e as lições de vida, Cora embarca em uma jornada de autodescoberta rumo à maturidade e à plenitude da vida adulta.[1]
Elenco
[editar | editar código-fonte]- Michele Morrone como Marcello Bianchini
- Giancarlo Giannini como Gino
- Marieta Severo como Lúcia
- Luisa Arraes como Cora
- Elisabetta De Palo como Sofia
- Gabriel Leone como Carlo
- Maeve Jinkings como Isabel
- Rodrigo Lombardi como Marcelo
- Isa Salmen como Isla
- Thuany Parente como Mirela Barini
- Cássio Pandolfi como Vittorio
- All Motta como Bernardi
- João Guesser como Enzo Scorelli
- Eli André Corrêa como recepcionista do hotel
Produção
[editar | editar código-fonte]Escrito por Rita Buzzar e João Segall, o filme retrata a dor de três mulheres após a morte de Marcelo. Situado no Brasil e na Itália de 1965, o filme conta com um elenco composto por atores dos dois países. Marieta Severo, Luisa Arraes, Gabriel Leone e Maeve Jinkings compartilham cenas em italiano com Michele Morrone, Elisabetta de Palo e Giancarlo Giannini.[2] Dirigido por Vicente Amorim e produzido pela empresa Nexus, Marieta Severo destaca a dualidade entre reconstruir o passado, representada por Lúcia, e construir o futuro, retratado por Cora.[2] Maeve Jinkings enfatiza a jornada de autodescoberta das personagens femininas, enquanto Rita Buzzar destaca a temática do perdão e dos conflitos nas relações amorosas. [2]
Gravações
[editar | editar código-fonte]A produção cinematográfica envolveu locações tanto no Brasil quanto na Itália, exigindo que alguns atores aprendessem o idioma italiano para suas performances. As filmagens incluíram cinco dias na região da Apúlia, na Itália. Entre eles estavam Luisa Arraes, Gabriel Leone e Maeve Jinkings. Marieta Severo, por sua vez, já dominava o idioma, tendo vivido na Itália durante o exílio dela e de Chico Buarque, seu ex-marido, no final dos anos 60.[3] As filmagens ocorreram em 2019.[4]
Lançamento
[editar | editar código-fonte]O filme teve seu trailer oficial divulgado pela Imagem Filmes, distribuidora nacional, antes de seu lançamento nos cinemas em 29 de setembro de 2022.[2]
Recepção
[editar | editar código-fonte]Resposta da crítica
[editar | editar código-fonte]O crítico Matheus Mans, do website Esquina da Cultura, avaliou que o filme Duetto, dirigido por Vicente Amorim, prometia explorar as maravilhas e dores universais da vida, mas acabou mergulhando em um melodrama sem vida e banal. Mans destaca que, apesar do elenco grandioso, incluindo Marieta Severo, Maeve Jinkings e Gabriel Leone, as tramas confusas e mal exploradas resultam em um filme sem impacto e desinteressante. Ele critica a falta de direção firme e a condução tediosa do melodrama, lamentando o desperdício de potencial.[5] Mans concluiu que o filme "é um longa-metragem que simplesmente não encontra a força necessária para uma trama que se propõe a ser complexa demais, séria demais. É um melodrama forçado, sem vida, e que desperdiça um elenco grandioso em trama que não sabe como se levar a sério".[5]
Janda Montenegro, do CinePOP, atribuiu ao filme a nota 3 de 5, destacando que a sensação ao assisti-lo é de que muito mais é sugerido do que de fato apresentado. Ela menciona que a ambientação em 1965 e os contextos históricos não explorados poderiam enriquecer a trama, assim como a conexão entre as histórias da avó e neta. Montenegro observa que a estrutura do roteiro demanda atenção do espectador, porém, alguns elementos acabam não se integrando à narrativa de forma coesa. Ela elogia a qualidade estética do filme e o desempenho do elenco, mas ressalta certas estranhezas, como a idade da personagem de Luisa Arraes e o elenco brasileiro falando italiano. Em suma, ela considera Duetto uma produção bem produzida, com um estilo de novela dramática, ideal para os amantes do gênero.[6]
Daniel Schenker, do O Globo, descreve Duetto como um filme marcado pelo investimento no melodrama, ambientado em 1965, no início da ditadura no Brasil. A história gira em torno das relações entre as mulheres após a morte de Marcelo, destacando o retorno de Lúcia à Itália, acompanhada por sua neta, Cora, para reencontrar sua irmã, Sofia. Schenker elogia a condução contida de Vicente Amorim e as interpretações sóbrias do elenco, especialmente Marieta Severo. Ele destaca a qualidade da trilha sonora de Gabriel Dib e da fotografia de Gustavo Hadba, que valoriza a região da Apúlia. O crítico menciona também o cuidado na direção de arte de Daniel Flaksman, que cria atmosfera na casa familiar e no restaurante. Schenker observa que, diferente de Marcelo, cada personagem descobre seu próprio caminho ao longo do filme, ressaltando a qualidade do roteiro de Rita Buzzar e João Segall. No entanto, ele critica a explicação banal da razão do distanciamento de Lúcia da irmã, considerando o desenlace como uma adesão à tradição do melodrama.[7]
Referências
- ↑ «DUETTO». Duetto. Consultado em 29 de maio de 2024
- ↑ a b c d Redação (2 de setembro de 2022). «Escrito por Rita Buzzar e João Segall, "Duetto" estreia nos cinemas em 29 de setembro». TELA VIVA News. Consultado em 29 de maio de 2024
- ↑ «'Duetto': ator italiano Michele Morrone estreia em filme brasileiro; veja teaser!». gshow. 16 de setembro de 2022. Consultado em 29 de maio de 2024
- ↑ Redação (4 de setembro de 2020). «Tudo sobre Duetto, filme brasileiro estrelado por Michele Morrone, de 365 Dias». CineBuzz. Consultado em 29 de maio de 2024
- ↑ a b Mans, Matheus (26 de setembro de 2022). «Crítica: 'Duetto' é filme com grande elenco, mas história sem vida». Esquina da Cultura. Consultado em 29 de maio de 2024
- ↑ «Crítica | Duetto – Ator de '365 Dias' Vive Cantor Italiano em Dramático Filme Brasileiro - CinePOP». 25 de setembro de 2022. Consultado em 29 de maio de 2024
- ↑ «'Duetto', com Marieta Severo e Luisa Arraes, é melodrama marcado pela sobriedade; leia crítica». O Globo. 29 de setembro de 2022. Consultado em 29 de maio de 2024
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Duetto. no IMDb.
- Site oficial