Escorço
Escorço é uma técnica de representação gráfica, na qual um objeto ou uma distância parecem mais curtos do que são na realidade. O termo deriva do verbo italiano scorciare que significa encurtar. Isso ocorre em função do ângulo adotado em relação ao espectador, sendo um exemplo extremo da perspectiva linear.[1]
O escorço da figura humana foi aperfeiçoado no Renascimento italiano. A pintura Lamentação sobre o Cristo Morto, de Andrea Mantegna (1480), é um dos mais famosos exemplos de obras que mostram a nova técnica do período, a qual foi incorporada no currículo padrão para a formação dos artistas.[1]
Abordagens
[editar | editar código-fonte]O escorço de um modelo pode ser desenhado, imaginando-o dentro de uma caixa. No entanto o desenho dessa caixa pode ser de natureza cônica ou cilíndrica.
Cônica
[editar | editar código-fonte]No Renascimento o escorço parecia surpreender mais os espectadores. Com o desenvolvimento da perspectiva com pontos de fuga, os objetos passaram a ser posicionados no campo visual em tamanhos muito precisos, o que fez com a técnica fosse sendo cada vez menos utilizada.[1]
Cilíndrica
[editar | editar código-fonte]Posteriormente definiram-se coeficientes de redução para os elementos que se afastavam do observador, para que a impressão visual fosse a mais correta possível. Esses coeficientes são frequentemente aplicados nas perspectivas em projeção cilíndrica oblíqua (paralela).[2]
Referências
- ↑ a b c Andrew Graham-Dixon (2012). Arte, o guia visual definitivo. [S.l.]: Publifolha. 612 páginas. p.20
- ↑ Machado, Ardevan - Perspectiva. São Paulo: Grêmio Politécnico, 1983, p. 252.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Escorço, Enciclopédia Itaú Cultural - Artes Visuais, 2005, página visitada em 19 de novembro de 2013.
- Cecília Prestrelo de Melo, O corpo humano em escorço, mestrado em anatomia artística, 2011, página visitada em 19 de novembro de 2013.