Fluorose dentária

Fluorose dentária
Fluorose dentária
Fluorose moderada (nível 4 no Índice Dean)
Especialidade estomatologia
Classificação e recursos externos
CID-10 K00.3
CID-9 520.3
CID-11 2127981947
MeSH D009050
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Fluorose dentária são manchas, em geral esbranquiçadas, que aparecem nos dentes por excesso de flúor, geralmente de forma simétrica. Geralmente acomete crianças de 0 a 12 anos em regiões onde a água é fluoretada ou possui nível de fluoreto natural maior que 4mg/L e em trabalhadores da indústria de flúor.

Fontes de flúor

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Além de água fluoretada, comum nas Américas e Ásia, diversos alimentos contem flúor, especialmente chá preto, sopas, ensopados feitos com peixe, carne bovina, galinha, frutos do mar e fígado bovino.[1] Também pode ser encontrado em uva-passa, alguns sucos, café, refrigerantes e cachorro-quente. [2]

Epidemiologia

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Uma revisão de literatura de 2011 sobre a incidência na população brasileira encontrou bastante variedade na incidência de fluorose dentária nas diferentes cidades observadas. Somente foram encontrados casos leves ou muito leves da condição, variando entre 5,6% em Goiânia e 20,35% em Ponta Grossa.[3]

Metabolismo do Flúor

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O flúor pode ser absorvido por vias pulmonares ou pelo trato gastrointestinal.[4]

Após a ingestão, o flúor solúvel é absorvido no estômago e intestino delgado sendo parcialmente excretado após sua distribuição.

A absorção do Flúor vai depender diretamente do PH do estômago, sendo inversamente proporcional à quantidade de flúor absorvido. Quanto menor o PH maior sua absorção. Estando o PH 'Alcalino' a absorção é de 'menor' quantidade. Sabendo disso sempre é indicado, que antes de realizar a aplicação tópica de flúor, a criança esteja alimentada OU SEJA com o PH estomacal mais Alcalino para evitar sua intoxicação.

Após a absorção, o flúor é transportado pelo plasma, distribuído e parcialmente (50%) excretado pela urina durante as primeiras 24 horas.

A maioria do remanescente se tornará 'associado' aos tecidos calcificados sendo liberado durante o processo normal de remodelamento ósseo. Sendo esse fator o mais importante em manter constantemente íons de flúor na saliva quando administrado pelo método sistêmico.

A fluorose pode ser dividida em níveis segundo evolução da doença. Segundo o Índice Dean a fluorose dentária pode ser classificada em[5]:

0. Normal : A superfície do esmalte está lisa, lustrosa e, geralmente, de cor branca cremosa pálida;

  1. Questionável : O esmalte revela pequenas alterações de translucidez.Desde algumas partículas brancas até eventuais manchas brancas. Esta classificação é utilizada quando a estrutura do esmalte não pode ser considerada normal e ao mesmo tempo existem pequenas alterações questionando a presença da fluorose;
  2. Muito Leve : Pequenas manchas brancas e opacas espalhadas irregularmente no dente, envolvem não mais que 25% de sua superfície total. Frequentemente estão incluídos as manchas brancas de aproximadamente 1-2mm no vértice das pontas de cúspide dos pré-molares ou segundo molares;
  3. Leve : Manchas brancas mais extensas, porém não ultrapassam 50% da superfície total do dente;
  4. Moderada : Manchas brancas em quase 100% da superfície dentária, o desgaste é observado junto à pequenas manchas acastanhadas;
  5. Severa: Toda superfície do esmalte comprometida por mancha, grande desgaste e manchas acastanhadas envolvem boa parte do elemento dental;

O Índice de Dean por ser preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é muito utilizado por pesquisadores da área de saúde, epidemiologistas e profissionais que trabalham com programas em saúde coletiva.

Referências

  1. http://emedix.uol.com.br/vit/vit025_1f_fluor.php
  2. http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/controversias_sobre_o_fluor.html
  3. Mariângela Agostini. FLUOROSE DENTÁRIA: Uma revisão da literatura. UFMG 2011 https://web.archive.org/web/20140309101007/https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2968.pdf
  4. Aldo Angelim Dias. "Flúor e a Promoção da Saúde Bucal". Saúde Bucal Coletiva (livro)
  5. Fluoridation Facts (PDF). [S.l.]: American Dental Association. 2005. pp. 28–29. Consultado em 16 de agosto de 2011. Arquivado do original (PDF) em 7 de março de 2007 
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