Francisco Mattoso

Francisco Mattoso
Francisco Mattoso
Nome completo Francisco de Queirós Mattoso
Nascimento 8 de abril de 1913
Petrópolis, Rio de Janeiro
Morte 18 de dezembro de 1941 (28 anos)
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Causa da morte Tuberculose
Nacionalidade brasileiro
Ocupação Compositor e pianista

Francisco de Queirós Mattoso (Petrópolis, 8 de abril de 1913Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 1941) foi um advogado, compositor e pianista de música popular brasileira. Entre seus maiores sucessos incluem-se a valsa "Eu sonhei que tu estavas tão linda" (em parceria com Lamartine Babo), "Boa Noite, Amor" e "Pegando Fogo" (ambas com José Maria de Abreu).[1]

Primeiros anos

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Quando tinha 5 anos de idade, Francisco Mattoso costumava tirar de ouvido, no piano, as músicas que ouvia pelo gramofone. Apesar de ter se formado em Direito, deixou a carreira de advogado para se dedicar à música.[1]

Carreira musical

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Na década de 1930, Francisco Mattoso conheceu Noel Rosa, com quem compôs "Esquina da vida" (gravada por Mário Reis com acompanhamento no piano de Nonô, pela Columbia) e "Vá pra casa depressa" (gravada em 1961 por Marília Batista, pela Nilser). Em 1934, compôs o samba "Eu me lembro de você" com Oldemar Gomes Pereira (gravado pelo Bando da Lua). No ano seguinte, fez as marchas "Tão boa", com Nonô (gravada por Jaime Vogeler), e "Em primeira edição" (gravada por Aurora Miranda); os sambas "Eu jurei", com José Maria de Abreu e Carlos Rego Barros de Souza (gravação de Gastão Formenti) e "Abandona o preconceito", com Mazinho; o samba-canção "Perto do céu", com Nonô, e a valsa "Velhor amor", com José Maria de Abreu (ambos gravados por Silvinha Melo); e finalmente o fox trote "Hei de ver-te um dia", com J. Cabral e Freire Jr. (gravado por Francisco Alves).[1]

Francisco Mattoso e seu parceiro mais profícuo de composições, José Maria de Abreu

Em 1936, Francisco Mattoso produziu as marchas "Esquina do pecado" (gravadas por Almirante e Lamartine Babo) e "São João há de sorrir" (em parceria com José Maria de Abreu e gravada por Zezé Fonseca); as parcerias com José Maria de Abreu "Vingança" e "Recolhimento" (gravadas por Gastão Formenti), "Fui feliz" e "Cancioneiro" (ambas por Orlando Silva); e seu primeiro grande sucesso, a valsa "Boa noite, amor" (Francisco Alves). No ano de 1937, Francisco Mattoso compôs "Minha vida tão bonita!" (gravada por Gastão Formenti); "Onde está o dinheiro?", parceria com José Maria de Abreu e Paulo Barbosa (Aurora Miranda); e as parcerias com José Maria de Abreu "A valsa da saudade" (Gastão Formenti), "Estou cansada de sofrer" (Aurora Miranda), "Solidão" e "Horas iguais" (ambas por Orlando Silva).[1]

O ano de 1938 trouxe a valsa "Jardim de flores raras", em parceria com Nonô e gravada por Roberto Paiva, enquanto da profícua parceria com José Maria de Abreu vieram a marcha "Maria Barafunda" (Almirante), as valsas "Sevilhana" e "Barcarola", a canção "Napolitana" e o sucesso fox-canção "Ainda uma vez" (Francisco Alves), as valsas "Noite sem luar" e "Dois corações em tempo de valsa" (Carlos Galhardo) e, finalmente, seu segundo grande sucesso, "Pegando fogo" (Bando da Lua).[1]

Nos anos seguintes, debilitado pela tuberculose, Francisco Mattoso lançou apenas a parceria com Nonô "Boa vizinha" (Almirante, 1939) e os trabalhos com José Maria de Abreu: o samba "Golpe errado" (Almirante, 1940), a valsa "Se o nosso amor ainda existisse" (Francisco Alves, 1940) e o fox-canção "Sombras ao luar" (Carlos Galhardo, 1941). Sua última composição e maior sucesso, "Eu sonhei que tu estavas tão linda" teve letra de Lamartine Babo, originalmente planejada para a opereta "Viva o amor". Em 18 de dezembro de 1941, Francisco Mattos faleceu aos 28 anos.[1]

Gravações posteriores

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Suas músicas mais famosas foram regravadas com grande sucesso. "Eu sonhei que tu estavas tão linda" foi gravada por Francisco Alves (Odeon, 1941), Gilberto Alves Martins (1981)[1] e Tim Bernardes (2019);[2] "Boa noite, querida" teve versões de Francisco Alves (1950) e Gilberto Alves (1981);[1] enquanto "Pegando fogo" alcançou sucesso na voz de Gal Costa (1980).[3]

  • Coqueiro Velho (CD, Revivendo, 1991)
  • Valsas Brasileiras Vol. 1 (CD, Revivendo, 1993)
  • No Tempo da Seresta Vol. 1 (CD, Revivendo, 1994)[1]

Referências

  1. a b c d e f g h i «Francisco Mattoso». Dicionário Cravo Albin. Consultado em 22 de julho de 2023 
  2. Ferreira, Mauro (30 de outubro de 2019). «Tim Bernardes lança single com valsa de Lamartine Babo que cantava no chuveiro». G1. Consultado em 22 de julho de 2023 
  3. «"Baile Concerto da OSBA" homenageia Gal Costa na Concha Acústica». Fundação Cultural Estado da Bahia. 2 de fevereiro de 2023. Consultado em 22 de julho de 2023