Hipercloremia

Hipercloremia
Hipercloremia
Cloro
Especialidade endocrinologia
Classificação e recursos externos
CID-10 E87.8
CID-9 276.9
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Hipercloremia é um distúrbio eletrolítico caracterizado por um nível de cloreto (Cl-) no sangue maior que 107mEq/L (miliequivalentes por litro) de sangue. O cloro é um eletrólito essencial para o equilíbrio ácido-base do organismo. O excesso de cloreto desregula os níveis de açúcar no sangue e o transporte de oxigênio.

Existem diversas possíveis causas além do excesso de consumo de sal (NaCl ou KCl), podendo ocorrer por fatores metabólicos, endócrinos, gastrointestinais, lesões e medicamentos.[1]

Metabólicos e endócrinos [1]
Gastrointestinal [1]
Lesão [1]
  • Lesão do tronco cerebral resultando em hiperventilação neurogênica.
Medicamentos [1]

Os níveis podem tornar-se alta em pessoas que estão desidratados, por exemplo por vomito e diarreia prolongada, porque o corpo não está recebendo água suficiente para os rins equilibrem corretamente eletrólitos. Doença renal e paratireoide pode levar a quedas nos níveis de diversos eletrólitos.

Pessoas com diabetes tem maior risco, pois o pâncreas é o principal responsável por regular a acidez do sangue.

Sinais e sintomas

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Geralmente não possui sintomas até que os níveis subam muito acima do normal. Os sintomas podem incluir[1][2]:

  • Hipertensão arterial;
  • Desidratação por diarreia e vômitos;
  • Açúcar elevado no sangue (hiperglicemia);
  • Respiração de Kussmaul (profunda e rápida);
  • Dispneia (dificuldade para respirar);
  • Polidipsia (Sede intensa);
  • Astenia (Fraqueza);
  • Edema de Pitting (inflamação);
  • Capacidade cognitiva diminuída;
  • Coma.

Dentre os exames úteis para esse diagnóstico:

  • Níveis de cloreto no sangue maiores que 106 mEq/L;
  • PH sanguíneo menor que 7.35 (acidose);
  • CO2 sanguíneo maior que 22 mEq/L;
  • Exames de urina durante 24h para examinar como está a excreção de cloreto.

É comum em pacientes diabéticos, com doenças renais, no pós-operatório e entre internados. Em um estudo com 488 pacientes críticos internados, 16,6% tinham hipercloremia e 8,8% tinham hipocloremia e a hipercloremia estava associada a pior prognóstico. [3]

Caso a causa seja desidratação é importante reidratar oral ou intravenosamente. Caso o problema seja doença endócrina, renal ou metabólica, além de reidratar e tratamento com alcalinos (por via oral ou intravenosa) para rebalance eletrolítico, deve ser feito o tratamento adequado. Medicamentos devem ser alterados para minimizar os piores efeitos colaterais.[4]

Referências