Irene Vilar
Irene Vilar | |
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Nascimento | 1931 Matosinhos |
Morte | 12 de maio de 2008 Porto |
Cidadania | Portugal |
Alma mater | |
Ocupação | escultora, pintora |
Irene Vilar ComIH • ComSE como ficou conhecida Maria Irene Lima de Matos Vilar (Matosinhos, 11 de dezembro de 1930 – Porto, 12 de maio de 2008) foi uma escultora, pintora e medalhista portuguesa.[1]
É autora de uma variada, ampla e riquíssima obra plástica, nas áreas da escultura, da medalhística, da numismática, da ourivesaria e da pintura, exibida em diversas exposições individuais e coletivas e distinguida com vários prémios. Em 1976, legou, generosamente, parte da sua criação artística à Câmara Municipal de Matosinhos.[2]
A artista é uma das poucas mulheres portuguesas a ter seu nome homenageado em um nome de rua, a praça Irene Vilar. [3]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Irene se mudou aos 19 anos para a Foz do Douro, no Porto, onde teve dois ateliers na Rua do Padre Luís Cabral, perto da casa onde vivia. Ela concluiu a escola já na cidade e, contra a vontade da família, inscreveu-se na Escola Superior de Belas Artes do Porto, onde concluiu sua licenciatura em Escultura em 1955. Na classificação final, obteve a nota máxima com seu trabalho "Estátua Jacente".[2]
Em 1958, foi bolseira do Instituto de Alta Cultura e da Fundação Calouste Gulbenkian, foi para a Itália estudar e viajou pela Espanha, França e Suíça. Foi professora na Escola de Gomes Teixeira e na Escola Secundária de Clara de Resende, no Porto, nas disciplinas de Desenho, Educação Visual e História do Traje. Foi também foi diretora da antiga Escola Industrial Aurélia de Sousa (hoje Escola Secundária), também no Porto. Depois de um de 25 de Abril de 1974, terminou a sua carreira de docente na Escola Secundária Clara de Resende, em 1987. A partir desta data passou a dedicar-se inteiramente à sua arte.[2]
O trabalho de Irene Vilar está representado em colecções particulares e oficiais, nomeadamente da Secretaria de Estado da Cultura, Museu Amadeo Souza-Cardoso, Biblioteca-Museu de Vila Franca de Xira, Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto, Museu do Chiado, em Lisboa, Património Artístico de Matosinhos, entre outras.[4]
Em 2007, ela foi autora da moeda de dois euros que assinalou a presidência portuguesa da União Europeia.[5]
Obra
[editar | editar código-fonte]Alguns de seus principais trabalhos são Irmã Maria do Divino Coração, que pode ser vista junto da Igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Ermesinde; da escultura do Anjo de Portugal e dos pastorinhos de Fátima situada no Poço do Arneiro, em Aljustrel; da escultura O Universo (4+3), que pode ser vista no Parque de Nova Sintra, no Porto. Suas obras podem ser encontradas nos arredores da região do Grande Porto, como Matosinhos. [6][7][8]
O principal destaque da sua carreira é sua obra escultórica, que encontra-se dispersa por Portugal, Alemanha, África do Sul, Brasil, Bélgica, Holanda e Macau. A artista fez, deentre muitos outros, os monumentos a Camões, Garcia de Orta e Guilhermina Suggia, no Porto; ao Bombeiro, em Paredes; ao Artilheiro no Regimento de Artilharia 5, em Vila Nova de Gaia; a São Rosendo, em Santo Tirso; ao Pescador, a Florbela Espanca e a Abel Salazar, em Matosinhos; a São Miguel Arcanjo no Comando-Geral da PSP, em Lisboa; a Dom António Ferreira Gomes, ao Padre Américo, assim como o conjunto de nove esculturas na Rotunda do Cameirinho, em Penafiel. Irene também é responsável por diversos monumentos em homenagem a Fernando Pessoa, nomeadamente em Durban (África do Sul), São Paulo (Brasil) e em Ixelles, Bruxelas, na Bélgica. A convite do Governo de Macau executou, em 1996, o Monumento Abraço para o Jardim Luís de Camões.[4]
Os temas religiosos também se fazem presentes na sua obra, tendo esculpido diversas imagens para igrejas como é o caso da Nossa Senhora de Fátima da Igreja da Senhora da Hora, Matosinhos.[9]
Prêmios e Reconhecimentos
[editar | editar código-fonte]- A 10 de Junho de 1982, foi feita Comendadora da Ordem do Infante D. Henrique e, a 10 de Junho de 2008, foi feita, a título póstumo, Comendadora da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.[10]
- Prémio de escultura IV Bienal de Paris, com a sua obra o Cerco.[11]
Galeria
[editar | editar código-fonte]- Mensageiro (Porto)
- Busto de Camões (Porto)
- Guilhermina Suggia (Porto)
- D. Fernando e D. Leonor Teles (Leça do Balio)
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ «Morreu escultora Irene Vilar». Arte. Destak. 12 de maio de 2008. Consultado em 15 de janeiro de 2015
- ↑ a b c «U. Porto - Antigos Estudantes Ilustres da Universidade do Porto: Irene Vilar». sigarra.up.pt. Consultado em 30 de setembro de 2021
- ↑ SAPO. «Uma rua por Gisberta. Em Portugal, há uma rua com nome de mulher para cada seis com nome de homem». Polígrafo. Consultado em 30 de setembro de 2021
- ↑ a b Portugal, Rádio e Televisão de. «Morre, aos 77 anos, a escultora Irene Vilar». Morre, aos 77 anos, a escultora Irene Vilar. Consultado em 30 de setembro de 2021
- ↑ Andrade, Sérgio C. «Irene Vilar (1931-2008), morreu uma escultora que trabalhava a arte com "sentido de missão"». PÚBLICO. Consultado em 30 de setembro de 2021
- ↑ Andrade, Sérgio C. «Uma colecção da terra e do mar, com vista para o país». PÚBLICO. Consultado em 30 de setembro de 2021
- ↑ «"Marvão" Título para a escultura e livro apresentados sábado na vila alentejana - Rádio Campanário». www.radiocampanario.com. Consultado em 30 de setembro de 2021
- ↑ PT, FashionNetwork com. «Trajes de papel em exposição no castelo da Foz do Douro». FashionNetwork.com. Consultado em 30 de setembro de 2021
- ↑ «Faleceu a escultora Irene Vilar». Santuário de Fátima. Consultado em 30 de setembro de 2021
- ↑ «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Maria Irene Vilar". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 7 de junho de 2015
- ↑ «Morreu Irene Vilar uma escultoraligada ao Porto». www.jn.pt. Consultado em 30 de setembro de 2021
Ver também
[editar | editar código-fonte]Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Biografia da vida de Irene Vilar na Universidade do Porto»
- «Lista de prêmios, homenagens, medalhas e obras de Irene Vilar na Universidade do Porto»