José Barrias
José Barrias | |
---|---|
Nascimento | 14 de junho de 1944 Lisboa |
Morte | 6 de junho de 2020 (75 anos) Milão |
Nacionalidade | português |
Área | artes plásticas |
José Barrias (Lisboa, 14 de junho de 1944 – 6 de junho de 2020) foi um artista plástico português.[1][2]
Biografia
[editar | editar código-fonte]José Barrias nasceu em Lisboa em 1944, filho do pintor Miguel Barrias. Viveu no Porto entre 1950 e 1967, onde estudou no Liceu Alexandre Herculano e frequentou brevemente a Escola Superior de Belas Artes do Porto.
Viveu em Paris em 1967-68, tendo fixado residência em Milão a partir de 1968. "O seu tempo de criação iniciou-se no momento das últimas linguagens da vanguarda: o que nos anos 70 foi, em Portugal (onde manteve raízes fortes), o pósconceptualismo. Dessa formação lhe ficou o cruzamento das linguagens, a sobriedade dos meios, o lugar da palavra na conceção das obras e das séries temáticas" [3].
José Barrias constrói "narrativas visuais através do desenho, da pintura, da fotografia e da instalação. A memória íntima articula-se com a memória dos lugares e da História nos seus trabalhos. O tempo como passagem é convocado a partir da acumulação de vestígios e de referências onde a composição visual resulta da convergência das imagens e das histórias. O romance filosófico adquire assim a dimensão de um romance visual. Ou de «quase um romance…», como diria Barrias, que assume o inacabado como condição da obra aberta que as suas narrativas constituem" [4].
Trabalha por ciclos abertos, utilizando o "desenho, fotografia, pintura ou a escultura, segundo uma lógica de instalações, referenciando temas literários, de memória pessoal e cultural coletiva, onde a escrita toma um valor visual" [5].
Participou na Bienal de Paris em 1980 e foi o representante de Portugal na Bienal de Veneza em 1984.
Expôs com alguma regularidade em Portugal, nomeadamente: Galeria EMI Valentim de Carvalho, Lisboa (1990); Casa Fernando Pessoa, Lisboa (1992); exposição antológica no Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa (1996) [6] ; Galeria Porta 33, Funchal, Madeira (1997); Museu de Serralves, Porto (2011).
Morreu no dia 6 de junho de 2020 em Milão, aos 75 anos.[7]
Referências
- ↑ António Guerreiro (6 de junho de 2020). «José Barrias: "Eu nunca mais serei isto"». Jornal Público. Consultado em 7 de junho de 2020
- ↑ Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian – José Barrias
- ↑ Pinharanda, João – Pinturas com luz: alguns pintores portugueses contemporâneos. Lisboa: EDP - Eletricidade de Portugal, 1997.
- ↑ Fundação de Serralves – José Barrias
- ↑ Museu Coleção Berardo – José Barrias[ligação inativa]
- ↑ CAM - Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1996
- ↑ Gomes, João (6 de junho de 2020). «Morreu o artista plástico José Barrias aos 75 anos». Observador. Consultado em 8 de junho de 2020