Bona Medeiros
Bona Medeiros | |
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Bona Medeiros | |
Governador do Piauí | |
Período | 1986-1987 |
Antecessor(a) | Hugo Napoleão |
Sucessor(a) | Alberto Silva |
Vice-governador do Piauí | |
Período | 1983-1986 |
Antecessor(a) | Waldemar Macedo |
Sucessor(a) | Lucídio Portela |
Prefeito de Teresina | |
Período | 1969-1970 1979-1982 |
Antecessor(a) | Jofre Castelo Branco Wall Ferraz |
Sucessor(a) | Joel Ribeiro Jesus Tajra |
Deputado estadual do Piauí | |
Período | 1963-1983 1991-1999 |
Presidente da Assembleia Legislativa do Piauí | |
Período | 1975-1977 |
Antecessor(a) | Sebastião Leal |
Sucessor(a) | Freitas Neto |
Dados pessoais | |
Nascimento | 24 de dezembro de 1930 União, Piauí |
Morte | 6 de abril de 2017 (86 anos) Teresina, Piauí |
Primeira-dama | Helena Medeiros |
Partido | UDN, ARENA, PDS, PFL, DEM |
Profissão | advogado |
José Raimundo Bona Medeiros (União, 24 de dezembro de 1930 - Teresina, 6 de abril de 2017) foi um advogado e político brasileiro filiado aos Democratas tendo sido deputado estadual por sete mandatos, prefeito de Teresina, vice-governador e governador do Piauí.[1]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Filho de Antônio Medeiros Filho e Maria Bona Medeiros, é advogado formado em Direito pela Universidade Federal do Piauí.
Trajetória política
[editar | editar código-fonte]Eleito deputado estadual pela UDN em 1962[2] e pela ARENA após a implantação do Regime Militar de 1964 em 1966, 1970, 1974 e 1978, foi o primeiro presidente da Assembleia Legislativa do Piauí escolhido dentre os deputados, prerrogativa até então reservada ao vice-governador do estado. Dirigiu a casa entre 1975/1977 durante o governo Dirceu Arcoverde e com o fim do bipartidarismo ingressou no PDS.
Devido ao Ato Institucional Número Três[3] o prefeito de Teresina passaria a ser nomeado pelo governador e assim foi escolhido para o cargo por Helvídio Nunes[4][5] retornando ao posto por vontade de Lucídio Portela.[5][6] e em 1982 foi eleito vice-governador do Piauí na chapa de Hugo Napoleão a quem seguiu na fundação do PFL. Assumiu o governo em razão da renúncia do titular para concorrer ao Senado Federal[7] e após o pleito transferiu o poder a Alberto Silva. Reeleito deputado estadual em 1990 e 1994 viu negado um pedido de abertura de processo contra o governador Mão Santa que o ofendeu com expressões de baixo calão divulgadas pela imprensa em 1995. Findo o seu maundato retornou a União e perdeu as eleições para prefeito no ano 2000.
Em 1997, Bona Medeiros foi a Quebec, no Canadá, acompanhado dos então deputados Xavier Neto e Humberto Silveira para a Conferência Parlamentar das Américas, na qual reunia parlamentares de destaque, ocasião na qual Humberto Silveira foi homenageado pelos seus 50 anos de mandato parlamentar.
Eleições estaduais no Piauí em 1986
[editar | editar código-fonte]Durante seu governo ocorreram as eleições para o Governo do Estado, Congresso Nacional e Assembléia Legislativa, em parte antecipadas pela campanha das Diretas Já em 1984, a eleição de Tancredo Neves em janeiro de 1985 e o pleito municipal em Teresina e Guadalupe em novembro desse ano. Tantos acontecimentos cindiram as forças governistas em duas frentes: o PFL de Hugo Napoleão e o PDS de Lucídio Portela, cabendo a este a liderança de um grupo político reduzido. Diante do rompimento, o comando pedessista firmou um acordo com o PMDB e foram estabelecidas as Oposições Coligadas (PMDB-PDS-PCB-PC do B) que teriam Alberto Silva e Lucídio Portela candidatos a governador e a vice com Chagas Rodrigues e Helvídio Nunes candidatos a senador.
Firmada a aliança, os pefelistas receberam a adesão da família Nogueira Lima e de dissidentes do PMDB que se filiaram ao PDT indicando Deoclécio Dantas como vice de Freitas Neto na coligação Liberal-Trabalhista que lançou Hugo Napoleão e Ciro Nogueira ao Senado Federal. O PT apresentou Nazareno Fonteles ao governo.
Abertas as urnas o que se viu foi um equilíbrio ímpar na mais disputada eleição da história do Piauí com Alberto Silva vencendo nos dezoito municípios administrados pela oposição e em quatorze dos redutos governistas com Freitas Neto triunfando em oitenta e quatro cidades. Ao final a vantagem oposicionista foi inferior a um e meio por cento ou cerca de 15 mil votos. Mesmo derrotado o PFL elegeu Hugo Napoleão ao Senado, cinco dos dez deputados federais e dezesseis dos trinta deputados estaduais enquanto que a oposição levou Chagas Rodrigues à Câmara Alta do país elegeu cinco deputados federais e quatorze estaduais.
Família
[editar | editar código-fonte]Seu cunhado, Gervásio Costa Filho, foi um dos herdeiros da GECOSA - Indústrias Integradas Gervásio Costa S/A, empresa do ramo de beneficiamento de babaçu, mas vendeu suas ações e foi eleito prefeito de União com o apoio de Bona Medeiros em 1992 e no ano 2000 contra o mesmo. Desde seu afastamento da vida pública, Bona Medeiros passou a dar suporte político ao seu filho, Gustavo Medeiros, deputado estadual em 1998 e 2002 e eleito prefeito de União em 2004 e 2012. O sociólogo Antonio José Medeiros ,um dos próceres do PT no Piauí, é seu primo legítimo. Seu pai foi prefeito de União de 1950 a 1954, tendo falecido em 1974. A mãe de Bona Medeiros era filha de José Nunes Bona, de Campo Maior, e de Rosa de Resende Rocha´, irmã de José Narciso da Rocha Filho, uma das maiores riquezas do norte do Piauí no auge da exportação de cera de carnaúba.
Referências
- ↑ «Morre em Teresina aos 86 anos o ex-governador do PI Bona Medeiros». G1 Piauí. 6 de abril de 2017
- ↑ BRASIL. Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. «Eleições 1945 a 1992». Consultado em 23 de janeiro de 2024
- ↑ Outorgado pelo presidente Castelo Branco em 5 de fevereiro de 1966, estabelecia a nomeação no Art. 4º.
- ↑ Seu primeiro mandato transcorreu de 10 de outubro de 1969 a 14 de maio de 1970.
- ↑ a b SOARES, Nildomar da Silveira. Leis Básicas do Município de Teresina. 3. ed. Teresina: Jolenne, 2001.
- ↑ Sua segunda passagem durou de 25 de março de 1979 a 14 de maio de 1982.
- ↑ Permaneceu no cargo entre 14 de maio de 1986 e 15 de março de 1987