Kuala Lumpur

Kuala Lumpur

كوالا لومڤور

Território Federal de Kuala Lumpur
Wilayah Persekutuan Kuala Lumpur

  Cidade e Território Federal  
(sentido horário) Torres Petronas, rua Petaling, confluência do rio Gombak/Klang, Tugu Negara, Masjid Negara, panorama do centro Kuala Lumpur, Torre de Kuala Lumpur
(sentido horário) Torres Petronas, rua Petaling, confluência do rio Gombak/Klang, Tugu Negara, Masjid Negara, panorama do centro Kuala Lumpur, Torre de Kuala Lumpur
(sentido horário) Torres Petronas, rua Petaling, confluência do rio Gombak/Klang, Tugu Negara, Masjid Negara, panorama do centro Kuala Lumpur, Torre de Kuala Lumpur
Símbolos
Bandeira de Kuala Lumpur
Bandeira
Brasão de armas de Kuala Lumpur
Brasão de armas
Lema Maju dan makmur
(Português: Progresso e prosperidade)
Apelido(s) "KL", Cidade-jardim de luzes
Localização
Kuala Lumpur está localizado em: Malásia
Kuala Lumpur
Mapa
Mapa de Kuala Lumpur
Coordenadas 3° 08′ 51″ N, 101° 41′ 36″ L
País  Malásia
História
Criação 1857
Estatuto de cidade 1 de Fevereiro de 1972
Estatuto de Território Federal 1 de Fevereiro de 1974
Administração
Prefeito (Datuk Bandar) Kamarulzaman Mat Salleh
Características geográficas
Área total [1] 243 km²
População total (2017) [2] 1 790 000 hab.
 • População metropolitana 7 239 871
Densidade 7 366,3 hab./km²
Altitude 21,95 m
Fuso horário MST (UTC+8)
Código postal 50xxx a 60xxx
68xxx
Código de área 03
Outras informações
ISO 3166-2 MY-14
Placa de veículos Wxx (para todos os veículos exceto táxis)
HWx (apenas pata táxis)
Horário solar aparente UTC+06:46:40
Sítio www.dbkl.gov.my/

Kuala Lumpur, também grafada como Cuala Lumpur,[3] Quala Lumpur[4] ou Cualalampur[5] (em malaio AFI[/kwɑlɑlʊmpʊ/], popularmente AFI[/kwɑləlʊmpɔ/] ou ainda AFI[/kɔlɔmpɔ/]),[6] é a capital e a maior cidade da Malásia.[7] Ocupa uma área de 244 quilômetros quadrados e tem população estimada de 1,6 milhões de habitantes em 2006.[8] A Grande Kuala Lumpur, também conhecida como Vale Kelang, é uma aglomeração urbana com 7,2 milhões de pessoas.[9] É a região metropolitana com o mais rápido crescimento do país, tanto em população quanto na economia.[10]

O Parlamento da Malásia está localizado em Kuala Lumpur, fazendo dessa a capital legislativa do país.[11] A cidade já foi a casa dos poderes executivo e judiciário do governo federal, que estão sendo transferidos para Putrajaia desde 1999.[12] Algumas seções do judiciário permanecem na capital. A residência oficial do rei da Malásia, o palácio Istana Negara, também está situada em Kuala Lumpur. A cidade é, também, o centro cultural e econômico do país, devido a sua posição tanto de capital quanto de principal cidade.[13] Kuala Lumpur é reconhecida como uma cidade global, sendo a única da Malásia.[14]

Kuala Lumpur é definida dentro das fronteiras do Território Federal de Kuala Lumpur e é uma dos três Territórios Federais da Malásia. Está em um enclave no interior do estado de Selangor, na costa centro-oeste da Península da Malásia.[15]

Iniciando na década de 1990, a cidade tem recebido muitos eventos internacionais esportivos, políticos e culturais, incluindo os Jogos da Commonwealth de 1998 e o Torneio Mundial de Fórmula 1.[16] Além disso, Kuala Lumpur abriga dois daqueles que já foram os maiores edifícios do mundo e ainda se mantêm como as maiores torres gêmeas já erguidas, as Torres Petronas.[17]

Panorama de Kuala Lumpur em 1884

Kuala Lumpur tem as suas origens na década de 1850, quando o chefe malaio de Kelang, Rajá Abedalá, contratou alguns trabalhadores chineses para abrirem novas e grandiosas minas de estanho.[18] Eles desembarcaram na confluência de Sungai Gombak e Sungai Klang (Rio Kelang ) para abrir minas em Ampang.[18] Sungai Gombak era antes conhecida como Sungai Lumpur, que significa rio enlameado. A cidade, portanto, derivada do nome Kuala Lumpur, que significa literalmente "confluência enlameada", em malaio. Mais tarde, as minas de estanho foram abertas em Pudu e Batu. Entre os pioneiros notáveis podemos encontrar Hiu Siew e Liu Ngim Kong. Estas minas se transformaram em uma feitoria e foram consideradas como uma cidade de fronteira com muitos problemas, incluindo a Guerra Civil de Selangor, a qual foi também constante atormentada por doenças, incêndios e inundações.[18] Em torno de 1870, o kapitan chinês de Kuala Lumpur, Yap Ah Loy, emergiu como líder, e tornou-se responsável pela sobrevivência e subsequente crescimento sistemático desta cidade.[19] Em 1880, a capital do estado de Selangor foi transferida de Kelang, estrategicamente para uma posição mais vantajosa, para a atual Kuala Lumpur.[20]

Em 1881, uma inundação varreu toda a cidade na sequência de um incêndio que havia consumido a mesma (mais cedo). Estes sucessivos problemas destruíram a cidade, acabando com as estruturas de madeira. Frank Swettenham, o Residente Britânico de Selangor, exigiu que fossem construídos edifícios de tijolo e telha.[20] Muitos dos novos edifícios espelhados, com tijolo como as casas no sul da China, bem como a habilidosa carpintaria chinesa. Isto resultou numa distinta eclética casa-loja, arquitetura típica desta região. A linha ferroviária aumentou a acessibilidade a esta cidade. Em 1890 intensificou-se no desenvolvimento, levando à criação de um conselho sanitário. Em 1896, Kuala Lumpur foi escolhida como a capital dos recém-formados Estados Federados da Malásia.[21]

Uma cena durante a Segunda Guerra Mundial nas ruas de Kuala Lumpur. A cena ilustra tropas japonesas a limpar as ruas

Uma mistura de diferentes comunidades estão divididas em várias seções de Kuala Lumpur. A comunidade chinesa encontra-se principalmente ao redor do centro comercial de Market Square, a leste do rio Kelang, e ao pé da Chinatown. A população Malaia, Indiana Chettiars, e Indiana Muçulmana residem ao longo da Java Street (agora Jalan Tun Perak). O Padang, agora conhecida como Praça da Independência, era o centro dos escritórios administrativos Britânicos.[18]

Durante a Segunda Guerra Mundial, Kuala Lumpur foi capturada pelo exército japonês a 11 de Janeiro de 1942. Eles permaneceram em ocupação até 15 de Agosto de 1945, quando o comandante-chefe do Exército Japonês da Sétima Região, em Singapura e na Federação Malaia, Seishirō Itagaki, entregou à administração britânica na sequência dos Bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki.[22] Kuala Lumpur continuou a crescer durante a guerra, a borracha e o estanho "caíram" e a Emergência Malaia, durante a qual, a Malásia preocupou-se com o Comunismo.[20] Em 1957, a Federação na Malásia ganhou a independência do Reino Unido[23] Kuala Lumpur tornou-se a capital do país, com a sua formação a 16 de setembro de 1963. A 13 de Maio de 1969, teve lugar um dos piores motins ocorridos na Malásia, este aconteceu em Kuala Lumpur.[24] O Incidente de 13 de Maio , foi um motim entre os Malásios e os Malásios Chineses, que estavam descontentes com a situação sócio-política da altura. O motim resultou na morte de 196 pessoas,[24] e fez com que houvesse uma grande reforma na política económica do país.

Kuala Lumpur recebeu mais tarde o estatuto de cidade, em 1972,[25] tornando-se o primeiro assentamento na Malásia a ser reconhecido com o estatuto após a independência. Mais tarde, em 1 de fevereiro de 1974, Kuala Lumpur tornou-se um Território Federal.[26] Kuala Lumpur deixou de ser a capital de Selangor em 1978 e a cidade de Shah Alam foi declarada a nova capital do estado.[27] Em 1998, outro movimento político conhecido como Reformasi ocorreu na recente cidade-capital.[28] O movimento foi uma consequência da demissão do ex-vice-primeiro-ministro malaio, Anwar Ibrahim, e resultou numa cadeia de protestos até 1999, em que apoiantes de Anwar Ibrahim tomaram as ruas para exigir reformas na administração do governo , entre outros.[28]

Vista aérea de Kuala Lumpur no século XXI

Em 1 de Fevereiro de 2001, Putrajaia foi declarado um Território Federal, bem como a sede do governo federal.[29] As funções administrativas e judiciais do governo foram transferidas para Putrajaia, em Kuala Lumpur. Kuala Lumpur porém ainda conserva a sua função legislative ,[30] e manteve-se a casa do Rei Yang di-Pertuan Agong.[31]

Em Novembro de 2007, dois dos maiores comícios políticos desde 1998 tiveram lugar na cidade, a Bersih rali, a 10 de Novembro e a HINDRAF, comício no dia 25 de Novembro. O Bersih rali foi organizado por uma série de organizações não governamentais e partidos políticos da oposição, para exigir a reforma eleitoral no país, com cerca de 50.000 pessoas nas ruas.[32] O HINDRAF rali foi organizado pela HINDRAF (Hindu Rights Action Front) e contou com a presença de pelo menos 30 000 pessoas, principalmente de etnia indiana, manifestando-se, exigindo igualdade de direitos sociais e económicos a partir de Bumiputras. .[33]

Imagem de satélite da cidade
A confluência do rio Kelang e do rio Gombak no centro de Kuala Lumpur

A geografia de Kuala Lumpur é caracterizada por um enorme vale conhecido como Vale Kelang. Esse vale é margeado pelas Montanhas Titiwangsa a leste, várias extensões menores no norte e no sul e o Estreito de Malaca a oeste. Kuala Lumpur é um termo malaio que é traduzido como "confluência confusa" assim como está localizado na confluência dos rios Kelang e Gombak.[34]

Localizado no centro do estado de Selangor, Kuala Lumpur estava, previamente, sob as leis do Governo do Estado de Selangor. Em 1974, Kuala Lumpur foi separada do estado para formar o primeiro Território Federal da Malásia governado diretamente pelo Governo Federal do país. Sua localização na costa oeste da Península da Malásia, que tem uma superfície plana mais ampla que a costa leste, tem contribuído para seu rápido desenvolvimento em relação a outras cidades da Malásia.[carece de fontes?] A municipalidade da cidade sobre uma área de 243,65 quilômetros quadrados, com uma elevação média de 21,95 metros.[carece de fontes?]

Protegida pelas Montanhas Titiwangsa e no leste da Indonésia, na Ilha de Sumatra, a oeste, Kuala Lumpur tem um ano inteiro de clima equatorial, que é quente e ensolarado, com chuvas abundantes, especialmente durante as monções. As temperaturas tendem a permanecer constantes. Máximas entre 31 °C e 33 °C (88-92 °F) e que nunca excederam os 37 °C (99 °F), enquanto que os mínimos são entre os 22 °C e 23,5 °C (71-74 °F) e nunca desceram abaixo dos 19 °C (66 °F). Kuala Lumpur geralmente recebe 2 266 mm de chuva por ano; Junho e Julho são relativamente secos, mas mesmo assim as chuvas excedem os 125 mm por mês.[carece de fontes?]

As inundações são um fenómeno frequente em Kuala Lumpur quando existe uma forte chuvada (monção), especialmente no centro da cidade e áreas a jusante.[35] As partículas de poeira, provenientes dos incêndios florestais nas proximidades de Sumatra, às vezes são grandes problemas na região. É uma importante fonte de poluição na cidade, juntamente com a combustão a céu aberto, as emissões provenientes dos veículos a motor e os trabalhos de construção.[36]

Dados climatológicos para Kuala Lumpur
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima média (°C) 32,1 32,9 33,2 33,1 32,9 32,3 32,7 32,2 32,1 32,1 31,6 31,5 32,4
Temperatura mínima média (°C) 22,5 22,8 23,2 23,7 23,9 23,6 23,2 23,1 23,2 23,2 23,2 22,9 23,2
Chuva (mm) 169,5 165,4 240,9 259,2 204,4 125,3 127,2 155,7 192,8 253,1 287,8 245,7 2 427
Dias com chuva (≥ 1 mm) 11 12 14 16 13 9 10 11 13 16 18 15 158
Umidade relativa (%) 79 79 78 80 82 80 79 79 80 81 82 79 79,8
Insolação (h) 186 194,9 207,7 198 207,7 195 201,5 189,1 165 170,5 153 161,2 2 229,6
Fonte: Organização Meteorológica Mundial (1971-2000)[37] e Observatório de Hong Kong (horas de sol, 1961–1990)[38]
Congestionamento na Rua Petaling, na Chinatown de Kuala Lumpur

Kuala Lumpur é formada pela mistura de diferentes culturas. Diferente de toda a Malásia, onde o povo malaio compreende a maioria étnica, a maior parte dos habitantes de Kuala Lumpur são malaio-chineses.[39] As outras principais culturas são representadas pelos malaio-indianos, euro-asiáticos, assim como os Kadazans, Ibans e outras raças indígenas do Leste da Malásia e da Península da Malásia.[40] Os malaios falam o idioma nacional — o malaio — e também são capazes de conversam em inglês; alguns falam até mesmo mandarim e tâmil. Os malaios formam a parte principal dos membros do Parlamento e dominam o cenário político da Malásia.[40] No final do século XVIII, quando a Europa experimentava a Revolução Industrial, grandes grupos de chineses de Fujian e Guangdong, na China, foram levados para a península para trabalhar na expansão da indústria de mineração de estanho.[41] Os chineses de Kuala Lumpur falam diferentes dialetos, mas a maioria é de descendência cantonesa,[42] seguidos pelos hokkiens e hacás.[43] De modo semelhante, através do sistema de educação proporcionado pelo governo, muitos chineses em Kuala Lumpur são capazes de conversar em inglês, malaio, mandarim e reconhecer as diferenças entre os dialetos locais.[carece de fontes?]

Indianos formavam 10% da população de Kuala Lumpur em 2000. Historicamente, a maioria dos indianos foram trazidos durante a colonização britânica da Malásia.[41] A maior parte deles pratica o hinduísmo e falam tâmil ou hindi e inglês. Grande parte de seus costumes e tradições são estreitamente atados à sua religião. Durante festivais hindus tais como o Deepavali, indianos costumam executar ritos coloridos e visitar templos.[40] O malaio é o idioma oficial, mas o inglês é largamente falado na cidade, especialmente para os negócios e é uma matéria requerida em todas as escolas.[44] Dialetos chinês (Cantonês, Mandarim, Hacá, Hokkien, Hainan) e alguns idiomas indianos e paquistaneses (tâmil, telugo, malaiala, punjabi, pastó) assim como as línguas dos trabalhadores imigrantes (Indonésio, Nepalês, Vietnamita, etc.) também são faladas na cidade.[45] A cidade tem muitos lugares de adoração para as multi-religiões da população. O islamismo é praticado primariamente pelos malaios e pelas comunidades indianas muçulmanas. Há outras religiões como budismo maaiana, confucionismo e taoísmo (principalmente entre os chineses), hinduísmo (entre os indianos) e cristianismo.[46] Devido ao rápido desenvolvimento na Malásia e em Kuala Lumpur que requer uma grande mão de obra, trabalhadores estrangeiros da Indonésia, Nepal, Mianmar, Tailândia, Bangladexe, Vietnã e China foram trazidos para o país.[45][47] Cerca de 40,8% da população de Kuala Lumpur, é budista, os muçulmanos representam 40,6% da população, por sua vez os cristãos são 8,7% dos habitantes, e por fim, os restantes 5,2%, são hindus.[carece de fontes?]

Estatísticas

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A população estimada em Kuala Lumpur, em 2006 era de 1,58 milhões.[8] Com uma densidade populacional de 6502 PD/km², é o mais populoso distrito administrativo na Malásia.[8] Com uma população metropolitana estimada em 6,9 milhões em 2007, Kuala Lumpur pode ser considerada uma cidade primata.[48] O contínuo declínio da natalidade em Kuala Lumpur, resultou na diminuição da proporção de jovens abaixo dos 15 anos de 33% em 1980, para um nível ligeiramente inferior a 27% em 2000.[39] O contínuo declínio da natalidade para, por outro lado, o trabalho do grupo etário entre os 15 e os 59 anos aumentou de 63% em 1980 para 67% em 2000.[39] A faixa etária idosa, e acima de 60 anos aumentou de 4% em 1980 e 1991 para 6% em 2000.[39]

Baseado no censo do Departamento de Estatística, a percentagem de habitantes provenientes de Bumiputra, era de cerca de 38% em 2000, enquanto que a população chinesa, componha 43% e 10% eram índios.[39] Um fenómeno, que tem vindo a crescer, e tem sido notável, é o aumento da presença de estrangeiros residentes em Kuala Lumpur, que constituem agora cerca de 9% da população da cidade.[39] A criminalidade em Kuala Lumpur tem sido uma preocupação dos moradores nos últimos anos. Entre os crimes mais crescentes, encontra-se o aumento de roubos, da toxicodependência, dos jogos e do vício.[49] Estes problemas têm sido associados ao crescente número de imigrantes provenientes da Indonésia e de Myanmar. Alguns deles são trazidos com a promessa de um bom ordenado.[carece de fontes?]

Panorama de Kuala Lumpur.Em destaque na foto, a Torre de Kuala Lumpur e as Petronas Twin Towers.

Governo local

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Prefeitura de Kuala Lumpur

A administração local está a cargo da Kuala Lumpur City Hall, uma agência "abaixo" dos Territórios do Ministério Federal da Malásia.[50] Eles são responsáveis pela saúde pública e saneamento, recolha de resíduos e pela gestão, planejamento urbano, a protecção ambiental e a construção de controlo, o desenvolvimento social e económico e manutenção geral e funções da infra-estrutura urbana. O poder executivo cabe ao prefeito na prefeitura, que é nomeado por três anos, pelo Ministro Federal dos Territórios. Este sistema de nomear o prefeito encontra-se em vigor desde o governo local (as eleições foram suspensas em 1970).[51]

Desde que Kuala Lumpur se tornou um Território Federal da Malásia, a 1 de Fevereiro de 1974, a cidade foi governada já por oito perfeitos.[52] O prefeito actual de Kuala Lumpur é Datuk Abdul Hakim Borhan, eleito em 2006, que está no seu primeiro mandato como prefeito.[53] Kuala Lumpur é a casa do Parlamento da Malásia. O parlamento é composto por uma câmara menor, a Câmara dos Representantes (‘’Dewan Rakyat’’) e por uma parte superior, o Senado da Câmara (‘’Dewan Negara’’). A cidade está representada na Câmara dos Representantes (menor) por onze membros do Parlamento (MPs),[54] que são eleitos por um período de cinco anos. Tradicionalmente, a orientação política, em Kuala Lumpur, foi dominada pelo Vbsript (BN), com sete representantes da BN e os outros quatro a partir da Partido de Acção Democrática (DAP), antes das Eleições Gerais de 2008. Após as eleições de 2008, a BN foi deixada apenas com um representante dos Territórios Federais do Primeiro Ministro Zulhasnan Rafique, na Setiawangsa. A DAP assumiu o controlo de cinco lugares, Parti Keadilan Rakyat, tendo quatro lugares, e PAS, um banco, marcando o primeiro momento em que a maioria dos círculos eleitorais do Território Federal foi dominada pela oposição.[carece de fontes?]

Cidades Irmãs

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As Petronas Twin Towers, o principal símbolo da cidade.

Kuala Lumpur e suas áreas urbanas circundantes formam a região mais industrializada e economicamente, a que mais cresce na Malásia.[10] Apesar da mudança da administração do governo federal para Putrajaia, certas instituições governamentais como o Banco Nacional da Malásia, a Comissão de Empresas da Malásia e a Comissão de Valores Mobiliários, bem como a maioria das embaixadas e missões diplomáticas, permaneceram na cidade.[60]

A cidade continua sendo o centro econômico e comercial do país. Kuala Lumpur é um centro de finanças, seguros, imóveis, mídia e artes da Malásia. A metrópole é classificada como uma cidade global alfa e é a única cidade global no país.[61]

O desenvolvimento da infraestrutura nas áreas circundantes, como o Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur, em Sepang, a criação do Super Corredor Multimídia e a expansão do Porto Klang reforçam ainda mais o significado econômico da cidade. A Bolsa da Malásia está sediada na cidade e constitui uma de suas principais atividades econômicas. Em 5 de julho de 2013, a capitalização de mercado era de 505,67 bilhões de dólares.[62]

A renda familiar média mensal é de 2 200 dólares a partir de 2016, crescendo a um ritmo de aproximadamente 6% ao ano.[63] O setor de serviços, que inclui finanças, seguros, imóveis, serviços comerciais, atacado e varejo, restaurantes e hotéis, transporte, armazenamento e comunicação, serviços públicos, serviços pessoais e serviços governamentais, formam o maior componente do emprego, representando cerca de 83,0% do total. Os 17% restantes são provenientes de fabricação e construção.[39]

Infraestrutura

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Monotrilho de Kuala Lumpur
Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur

Como a maioria das outras cidades asiáticas, o automóvel é o principal meio de deslocamento em Kuala Lumpur. Portanto, todas as partes da cidade estão bem conectadas por rodovias.[64] Em termos de conectividade aérea, Kuala Lumpur é servida por dois aeroportos. O principal aeroporto, o Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur (KLIA) em Sepang, que também é o centro de aviação da Malásia, está localizado a cerca de 50 quilômetros ao sul da cidade. O outro aeroporto é o Aeroporto Sultan Abdul Aziz Shah, também conhecido como Subang Skypark e serviu como principal porta de entrada internacional para Kuala Lumpur de 1965. O KLIA conecta a cidade com voos diretos para destinos em seis continentes ao redor do mundo e é o principal hub da companhia aérea nacional Malaysia Airlines e da companhia aérea de baixo custo AirAsia.[65]

O transporte público em Kuala Lumpur e no resto do vale de Klang abrange uma variedade de modos de transporte, como ônibus, trem e táxi. Apesar dos esforços para promover o uso, as taxas de utilização do transporte público são baixas, pois apenas 16% da população usava este meio em 2006.[66] O transporte ferroviário abrange o metrô leve (LRT), o monotrilho, o trem e a ligação ferroviária do aeroporto. O sistema LRT possui 2 linhas, Kelana Jaya Line e Ampang Line, conectando muitos locais da cidade aos principais subúrbios da Grande Kuala Lumpur. O monotrilho serve vários locais importantes no centro da cidade, enquanto o KTM Komuter circula entre a cidade e os subúrbios. O principal centro de trânsito rápido é o KL Sentral, que é uma estação de intercâmbio para os sistemas ferroviários.[67]

Kuala Lumpur é servida pelo Porto Klang, localizado cerca de 64 km a sudoeste da cidade. O porto é o maior e mais movimentado do país, movimentando cerca de 6,3 milhões de unidades equivalentes de vinte pés (TEU) de carga em 2006.[68]

Imagem de Nicky Hayden no autódromo de Sepang

O National Stadium Bukit Jalil é o maior estádio da cidade, sendo o quarto maior do mundo com capacidade para 100 mil pessoas. Kuala Lumpur foi sede dos Jogos da Commonwealth de 1998 e uma das sedes da Copa da Ásia de 2007.[carece de fontes?]

A capital da Malásia é sede do Grande Prêmio da Malásia de Fórmula 1 realizado no "Sepang International Circuit" e também da etapa da MotoGP. Kuala Lumpur dispõe de inúmeros parques de golfe dentre os mais famosos: Kuala Lumpur Golf and Country Club (KLGCC) e o Royal Selangor Golf Club são os mais tradicionais.[carece de fontes?]

Referências

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