Liquigás
As referências deste artigo necessitam de formatação. (Fevereiro de 2015) |
Liquigás | |
---|---|
Logotipo da Liquigás | |
Razão social | Liquigás Distribuidora S/A |
Atividade | Distribuição de Gás GLP |
Gênero | Energia |
Fundação | 1953 |
Destino | Incorporada |
Encerramento | 2022 |
Sede | São Paulo, SP, Brasil |
Proprietário(s) | Copa Energia |
Presidente | Antônio Carlos M. Turqueto (Caio) |
Empregados | 3.250 |
Produtos | GLP Envasado, GLP Granel, Purogás |
Faturamento | R$ 3,3 bilhões (2015)[1] |
Website oficial | www.liquigas.com.br |
Liquigás é uma marca brasileira de distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP) pertencente à Copa Energia. Além do gás para uso doméstico, a Liquigás está presente em produtos e serviços para diversos setores da indústria, comércio e agricultura, pecuária, aviários, condomínios, hotéis, entre outros (GLP granel).
Em 2022, a Liquigás Distribuidora S/A foi incorporada pela Copa Energia, que manteve o nome da empresa como marca.[2]
História
[editar | editar código-fonte]Em 1953, a empresa italiana Liquigas iniciou suas operações no Brasil, trazendo aproximadamente 187 mil botijões para o envase de GLP no país. Em 1954, é fundada a Liquigás do Brasil, com sede administrativa em São Paulo, e sócios brasileiros.[3][4]
A companhia realizava operações de envase e distribuição na Refinaria de Mataripe, na Bahia. Formou uma rede de concessionárias, expandindo negócios e atuando no mercado paulista a partir de 1955.[3][4]
A empresa criou subsidiárias (Liquigás do Paraná-Santa Catarina, Liquigás do Rio Grande do Sul e Liquigás de Minas Gerais-Espírito Santo). Em 1968, as subsidiárias foram unificadas, com a compra da participação societária dos sócios regionais.[3]
Na década de 1970, a Liquigás adquiriu a Heliogás do grupo Motecatini.[3]
Em 1981, a estatal petrolífera italiana Agip, do grupo ENI, comprou integralmente a Liquigás do Brasil, que foi transformada na Agip Liquigás.[3][4]
Em 1984, em sociedade com outra distribuidora de GLP, a Agip Liquigás constituiu a Companhia Nordestina de Gás (Novogás), passando a atuar no Nordeste do país. No início dos anos 1990, a Novogás adquiriu a Tropigás, que atuava na região Norte. Em 1997, a Agip Liquigás passou a ser a única acionistas das duas empresas.[3][4]
Em 1998, a empresa passa a atuar no setor de distribuição de combustíveis, ao comprar uma rede de postos em São Paulo. Em 2000, adquiriu uma parte da rede de postos da Shell e, em 2001, a rede Ipê Distribuidora de Petróleo.[3]
Em 1999, a Agip Liquigás passou a atuar de forma independente na produção e distribuição de lubrificantes automotivos e industriais, bem como na fabricação de registros de gás para uso doméstico.[3]
Em 2000, a Agip Liquigás passa a se chamar Agip do Brasil.[3]
Em agosto de 2004, a BR Distribuidora, subsidiária do grupo Petrobras, comprou a Agip do Brasil por US$ 450 milhões, tendo sido convertida em Liquigás Distribuidora. A BR Distribuidora absorveu os ativos de lubrificantes e combustíveis da Liquigás, que continuou no segmento de distribuição de GLP.[5]
Privatização
[editar | editar código-fonte]Em 18 de novembro de 2020, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade[6]) aprovou a compra da Liquigás pelo consórcio abrangendo três operações distintas envolvendo as empresas Copagaz, Itaúsa, Nacional Gás (do Grupo Edson Queiroz) e Fogás.[7]
No dia 23 de dezembro de 2020, o consórcio concluiu a compra da Liquigás em uma a transação de R$ 4 bilhões com a Petrobras.[8]
A Copagaz passou a ser a nova controladora da Liquigás, com 83,33% do capital social da companhia, enquanto que a Nacional Gás Butano ficou com 16,67%. A participação da Nacional Gás Butano e da Fogás no negócio teve como objetivo solucionar possíveis preocupações concorrenciais observadas em alguns estados brasileiros, segundo critérios estabelecidos pelo Cade, que determinou a transferência de ativos operacionais à Fogás.[9]
Com o fechamento da aquisição, a holding Itaúsa concluiu também a sua entrada no capital da Copagaz, passando a deter 49% das ações da companhia[10], que segue controlada pela família Zahran[11].
Em 2021, em reestruturação societária com o repasse de ativos à Nacional Gás Butano, a Copagaz tornou-se acionista única da Liquigás. No mesmo ano, o grupo foi renomeado para Copa Energia, e a Copagaz passou a ser usada como marca.[9]
Em 2022, a Liquigás Distribuidora foi incorporada pela Copa Energia, permanecendo como marca.[2]
A união de Copagaz e Liquigás criou um grupo que passa a ser o líder no mercado de distribuição de GLP, formado por duas marcas fortes e consolidadas, com operações em 24 estados brasileiros e Distrito Federal, com musculatura financeira e visão estratégica para iniciar um novo ciclo de crescimento no setor brasileiro de energia.
Estrutura
[editar | editar código-fonte]A Liquigás construiu uma das maiores redes de comercialização e distribuição de GLP no país, estando presente em 23 estados. A Companhia conta com aproximadamente:
- 3.250 funcionários
- 26 Unidades Industriais de Engarrafamento, sendo 21 próprias e 5 de terceiros
- 19 Depósitos de Armazenamento
- 5 escritórios comerciais além da Sede
- mais de 21 milhões de botijões de 13 kg (P13) com as marcas da Liquigás
Mercado
[editar | editar código-fonte]Segundo a ANP, em 2010 a Liquigás teve participação de 22,3% no mercado de GLP;[12] a empresa é líder de venda de botijões de 13 kg, P-13.[13]
No ano de 2015 a empresa era a segunda maior do ramo de distribuição de GLP no Brasil e comercializou 1,65 milhão de toneladas de GLP; tinha 23 centros operativos, 19 depósitos de armazenamento e cerca de 4.800 revendedores autorizados.[1]
A Liquigás está entre as três maiores no mercado brasileiro de GLP. Sua saída do mercado atende a uma política de enxugamento promovida pela Petrobras. A líder do setor de GLP no Brasil é a empresa Ultragaz, do Grupo Ultra (postos Ipiranga), com cerca de 23,5% de participação no mercado e que, em 2016, tentou comprar a Liquigás. A tentativa foi barrada pelo Cade para evitar concentração ainda maior.
A empresa cearense Nacional Gás possui hoje 19,41% do mercado de distribuição de GLP no país. Já a Copagaz tem perto da metade disso (8,39% do mercado nacional). Portanto, a menor participação da Nacional Gás no consórcio ocorre para que permaneça abaixo dos 30% da fatia nacional.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b Reuters e Estadão Conteúdo (17 de Novembro de 2016). «Conselho da Petrobras aprova venda da Liquigás para Ultragaz por R$2,8 bi». ÉPOCA Negócios. Consultado em 20 de Novembro de 2016
- ↑ a b Copa Energia. «ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM 30 DE NOVEMBRO DE 2022» (PDF)
- ↑ a b c d e f g h i Fernando Shigueo Omoto Bittar (2013). «Escolhas estratégicas na decisão sobre canais de distribuição em commodities: um estudo de caso no segmento de gás liquefeito de petróleo» (PDF). Consultado em 8 de fevereiro de 2024
- ↑ a b c d Liquigás. «História». Consultado em 8 de fevereiro de 2024
- ↑ «BR completa fusão com ativos da Agip Liquigás - TN». tnpetroleo.com.br. Consultado em 8 de fevereiro de 2024
- ↑ Social, Assessoria de Comunicação. «Cade aprova venda da Liquigás com restrições — CADE». antigo.cade.gov.br. Consultado em 5 de fevereiro de 2021
- ↑ «Compra da Liquigás por consórcio de Copagaz e Itaúsa deve ter restrições». CNN Brasil. Consultado em 8 de fevereiro de 2024
- ↑ «Cade aprova compra da Liquigás por consórcio da cearense Nacional Gás». Focus.jor | O que importa primeiro. 18 de novembro de 2020. Consultado em 20 de novembro de 2020
- ↑ a b Copagaz. «Relatório de Administração (2022)» (PDF)
- ↑ Innova. «Itaúsa - Fatos Relevantes». Itaúsa - Relações com Investidores. Consultado em 5 de fevereiro de 2021
- ↑ «Grupo Zahran». Consultado em 5 de fevereiro de 2021
- ↑ http://www.anp.gov.br/
- ↑ http://www.liquigas.com.br/wps/portal/!ut/p/c1/04_SB8K8xLLM9MSSzPy8xBz9CP0os3hvPwMjIw93IwMDFzcjA6OgoADLQA8XQ2dTM6B8JE55fy9TPLq93czx6vZ2MyVgt59Hfm6qfkFuaES5o6IiANainPM!/dl2/d1/L2dJQSEvUUt3QS9ZQnB3LzZfS04wMjJIRzIwMERGMjAyUlJQOVFIRDFPSjc!/