Miss Universo 1958

Miss Universo 1958
Data 26 de julho de 1958
Apresentadores Byron Palma
Local Long Beach Municipal Auditorium, Long Beach, Califórnia, Estados Unidos
Candidatas 36
Semifinalistas 15
Estreias Colômbia, Polônia, Suriname
Retiradas Áustria, Islândia, Martinica, Marrocos, Filipinas, Porto Rico, Sri Lanka
Retornos Austrália, Guiana Britânica, Chile, Estados Unidos, Holanda, Singapura, Índias Ocidentais
Vencedora Luz Marina Zuluaga
 Colômbia

Miss Universo 1958 foi a sétima edição do concurso Miss Universo, realizada em 26 de julho de 1958 no Long Beach Municipal Auditorium, em Long Beach, Califórnia, nos Estados Unidos. Candidatas de 36 países e territórios competiram pelo título. No final do evento, a Miss Universo 1957, Gladys Zender, do Peru, coroou a colombiana Luz Marina Zuluaga como sua sucessora.

Realizado pela sétima vez consecutiva no Long Beach Municipal Auditorium,com a presença da Miss Polônia, a primeira representante de um país da Cortina de Ferro,algo que chamou a atenção da imprensa.As Misses Itália, Clara Coppola e Dinamarca, Evy Norlund, considerada uma mistura de "Vivien Leigh com Brigitte Bardot", foram as primeiras favoritas do público.[1]

As misses europeias eram consideradas as mais fortes para a disputa do título, e apenas duas latino-americanas entraram nas considerações dos especialistas, a brasileira Adalgisa Colombo e a peruana Beatriz Boluarte. Adalgisa foi uma das primeiras misses a ter aulas de passarela, postura, desfiles e preparação para competição em concursos com especialistas, ainda no Brasil. Desde que ainda adolescente viu a vitória de Martha Rocha no Miss Brasil e seu sucesso posterior no Miss Universo, ela quis seguir os mesmos passos e se preparou para isso. Ela foi a primeira, por exemplo, a usar óleo de bronzear nas pernas antes de entrar na passarela, de maneira a realçá-las, o que é seguido hoje por milhares de modelos e competidoras de concursos de beleza em todo o mundo.[1] Ela também foi a primeira a viajar para o Miss Universo cercada de jornalistas e fotógrafos brasileiros, que distribuíam matérias e imagens diárias sobre sua estadia em Long Beach. Com a equipe que tinha, sua beleza, elegância – Adalgisa fez seu desfile em traje de noite com um legítimo modelo da casa Dior – inteligência e cultura geral – era fluente em inglês - muitos acreditavam que a coroa dessa vez seria do Brasil.[1]

Entre as outras latinas, assim como já havia ocorrido em 1956, a Miss Costa Rica confessou aos organizadores que ainda não tinha dezoito anos e, pela honestidade, teve permissão de desfilar sem participar oficialmente da competição. Apenas dois países sul-americanos até então não tinham participado do Miss Universo, a Bolívia e a Colômbia. A Bolívia faria sua estréia no ano seguinte, mas a Colômbia enviou Luz Marina Zuluaga, que tinha sido a segunda colocada em seu concurso nacional, mas foi para Long Beach representar o país porque a vencedora, Gloria Gil, renunciou ao título de Miss Colômbia para casar-se.[1]

Luz Marina já havia sido eleita "Rainha Internacional do Café" e participado de eventos relativos ao café colombiano em Washington D.C. anteriormente, mas apesar de sua cara de boneca e classe natural, ate então não tinha entrado nas considerações de favorita à coroa. Ela tinha apenas 1,61 m e suas medidas de corpo estavam longe das consideradas ideais pelos organizadores.[1]

Entre o Top 15 anunciado, além do Brasil e da Colômbia, estavam, entre outras, Japão, Dinamarca, Chile, Polônia, Holanda, Alemanha e Havaí, que na época ainda era território americano mas competia no MU assim mesmo. Até então, os especialistas acreditavam que a vitória estava entre Brasil, Dinamarca ou Holanda.[1] Porém, quando o Top 5 foi anunciado, para supresa da audiência Dinamarca e Holanda foram cortadas e as cinco finalistas foram Brasil, Colômbia, Havaí, Polônia e Estados Unidos.

Ao final, Adalgisa e Luz empataram na contagem geral – assim como no ano anterior entre Terezinha Morango e Gladys Zender, do Peru – as duas com 404 pontos [1] e a decisão ficou com Vincent Trotta, executivo e diretor artístico da Paramount, o presidente do júri. Trotta declarou mais tarde à imprensa que pessoalmente preferia a Miss Brasil, mas que soube que Adalgisa Colombo não queria ser a Miss Universo – pelos compromissos internacionais inerentes ao título – pois pretendia voltar ao Brasil ao fim do evento e casar-se dentro de algumas semanas. Assim, votou pela Miss Colômbia.[1]

O troféu ganho por Luz Marina Zuluaga como Miss Universo 1958.
Colocação Candidata
Miss Universo 1958
2.ª colocada
3.ª colocada
4.ª colocada
5.ª colocada
Top 15

Prêmios especiais

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Miss Simpatia

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  • Vencedora:  Japão — Tomoko Moritake.

Miss Fotogenia

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Em negrito, a candidata eleita Miss Universo 1958. Em itálico, as semifinalistas.[2]

  • Não competiram a austríaca Hanni Ehrenstrasser, a costa-riquenha Eugenia María Valverde Guardia, desqualificada por ser menor de idade, e a filipina Carmen Remedios Tuazon.
  • A Miss Holanda, Corine Rottschafer, eliminada nas semifinais, foi eleita Miss Mundo no ano seguinte.[3]

Referências

  1. a b c d e f g h «Miss Universe 1958 - Luz Marina Zuluaga». globalbeauties.com. Consultado em 8 de julho de 2011. Arquivado do original em 5 de julho de 2011 
  2. «1958». pageantopolis.com. Consultado em 8 de julho de 2011. Arquivado do original em 9 de outubro de 2008 
  3. «Miss World 1959». Veestarz.com. Consultado em 8 de julho de 2011 

Ligações externas

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