Le Diable au corps
Le Diable au corps | |
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O diabo no corpo | |
Autor(es) | Raymond Radiguet |
Idioma | Francês |
País | França |
Lançamento | 1923 |
Edição portuguesa | |
Tradução | João Costa |
Editora | Círculo de Leitores |
Lançamento | 1983 |
Páginas | 157 |
Edição brasileira | |
Tradução | Moacir Werneck de Castro |
Editora | Abril Cultural |
Lançamento | 1985 |
Páginas | 161 |
Le diable au corps (em português: O Diabo no Corpo) é um romance de Raymond Radiguet publicado em 1923.
Esta é a narrativa de uma história de amor entre um adolescente e uma mulher, enquanto o noivo desta lutava na frente durante a I Guerra Mundial. Este trabalho ficou conhecido pela forma extraordinária como está escrito, e, também, pelo mito que rodeia o autor (Radiguet morreu aos 20 anos de idade). Temas como adolescência, traição, escândalo, paternidade, adultério, hesitações amorosas, são magistralmente abordados neste livro.
Sinopse
[editar | editar código-fonte]No decurso da Primeira Guerra Mundial, Martha (18 anos), noiva de um soldado (Jacques), mantém um relacionamento sexual com o narrador, um jovem de 15 anos de idade, ainda muito novo para ser mobilizado, que a seduz, provocando-a. (No livro, o narrador não tem nome, mas Radiguet tinha planeado chamar-lhe François, de acordo com os rascunhos do romance, nome que foi utilizado na adaptação ao cinema, de 1947.) Este livro conta a história do romance dos dois personagens principais, perturbado pelo ambiente de guerra e pelo comportamento imaturo, caprichoso e possessivo do adolescente, demasiado jovem para entrar na lógica de um relacionamento estável.[1]
Recepção
[editar | editar código-fonte]A publicação de O Diabo no Corpo causou grande escândalo, porque postulava a guerra como condição de felicidade para os amantes e violava o respeito sagrado pelos soldados. A morte prematura do autor aos 20 anos de idade contribuiu, provavelmente, para o desenvolvimento de um mito, nunca desmentido, em relação a este romance: o de ter um fundo autobiográfico. A Editora Grasset, que orquestrou habilmente o lançamento anunciando que se tratava de uma obra-prima de um jovem autor, teve a simpatia da opinião pública a apoiá-la durante o escândalo, e a imprensa não hesitou em apelidar Radiguet de "Bebé Cadum da literatura", numa referência ao concurso de uma marca de sabonetes muito famosa à época .
O tom desiludido e cínico de Radiguet faz lembrar Gide, em particular, O Imoralista, mas a clareza e a precisão da análise aproxima-o mais dos grandes romances de tradição moralista (Stendhal ou Madame de La Fayette).
O personagem muito liberal e cáustico do filme Le Diable au corps de Claude Autant-Lara, em 1947, com Gérard Philipe e Micheline Presle, também causou escândalo após a estreia.
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Le Diable au corps (filme, 1947)
- Raymond Radiguet
Referências
- ↑ « Radiguet, le Diable au corps », documentário de Anaïs Kien no programa La Fabrique de l'histoire do canal France Culture, 12 de fevereiro de 2013, ler online (em francês) em http://www.franceculture.fr/emission-la-fabrique-de-l-histoire-histoire-de-l-amour-24-2013-02-12