Ooforectomia

Ovários extraídos com luteomas (pseudotumores de corpo lúteo).

Ooforectomia ou ovariectomia é a remoção cirúrgica de um (unilateral) ou ambos ovários (bilateral). É efetuada para tratar cistos ováricos ou cancros/cânceres ovárico. Em mulheres, com menos de quarenta anos, o cirurgião normalmente tenta preservar o funcionamento ovárico efetuando apenas uma ooforectomia parcial.

Ambos os ovários podem ser removidos durante uma histerectomia se a doença tiver alastrado do útero para os ovários. A remoção de ambos os ovários, a ooferectomia bilateral, pode reduzir igualmente o risco de cancro ovárico nas mulheres com mais de quarenta anos e depois da menopausa. Ocasionalmente, ambos os ovários podem ser removidos numa doente com cancro da mama, pois o desenvolvimento do cancro pode depender das hormonas estrogénicas produzidas pelo ovário.

Todos os anos, cerca de 300 mil ooforectomias bilaterais são realizadas nos Estados Unidos.[1]

Motivos[editar | editar código-fonte]

Pode ser feito para[2]:

Endometriose ovariana;

Frequentemente é combinada com retirada de Trompas de Falópio (salpingectomia) e de útero (histerectomia), especialmente para prevenção ou tratamento de cânceres.

Prognóstico[editar | editar código-fonte]

A remoção parcial de um ovário não tem geralmente grandes efeitos adversos, dado que a ovulação e a produção das hormonas prosseguem no outro óvulo. Porém, se ambos os ovários forem removidos antes da menopausa, pode ser necessária terapêutica de reposição hormonal, dado que o estrogênio produzido pelo ovário têm um papel fundamental na prevenção de diversas doenças como[1]:

Sem terapia hormonal, mulheres com menos de 45 anos que retiraram ambos ovários, tem uma menopausa precoce, perdem parte do desejo sexual, tem seu psicológico abalado e um risco de morte aumentado em 70% comparado com mulheres sem problemas nos ovários. Mulheres que retiraram apenas um ovário ou apenas parte dos ovários não tem risco de morte aumentado mesmo sem terapia hormonal. Porém a terapia hormonal também tem seus riscos e efeitos colaterais, especialmente em casos de câncer.[5]

O mecanismo exato que leva à artrite não é claro, mas a pesquisa indicou que o estrogênio é importante para a saúde das cartilagens e dos ossos, e sua falta pode causar danos e inflamação mais frequentes.[1]

Referências

  1. a b c «Remoção de ovários pode colocar a saúde óssea em risco, Revista Onco&, Notícias, Pesquisa, 01/01/2012.». Consultado em 4 de janeiro de 2012. Arquivado do original em 14 de julho de 2014 
  2. http://www.mayoclinic.org/tests-procedures/oophorectomy/basics/why-its-done/prc-20012991
  3. Rocca WA, Grossardt BR, Geda YE, Gostout BS, Bower JH, Maraganore DM, de Andrade M, Melton LJ 3rd (Nov–Dec 2008). "Long-term risk of depressive and anxiety symptoms after early bilateral oophorectomy". Menopause 15 (6): 1050–9. doi:10.1097/gme.0b013e318174f155. PMID 18724263.
  4. Rocca WA, Bower JH, Maraganore DM, Ahlskog JE, Grossardt BR, de Andrade M, Melton LJ 3rd (Jan 2008). "Increased risk of parkinsonism in women who underwent oophorectomy before menopause". Neurology 70 (3): 200–9. doi:10.1212/01.wnl.0000280573.30975.6a. PMID 17761549.
  5. http://www.thelancet.com/journals/lanonc/article/PIIS1470-2045(06)70869-5/fulltext