Partamaspates
Partamaspates | |
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Xainxá | |
Tetradracma de Partamaspates cunhado em Ctesifonte | |
Xá do Império Arsácida | |
Reinado | 116-117 |
Antecessor(a) | Osroes I |
Sucessor(a) | Osroes I |
Rei de Osroena | |
Reinado | 118-123 |
Predecessor(a) | Interregno |
Sucessor(a) | Manu VII |
Nascimento | século I |
Morte | 123 |
Dinastia | arsácida |
Religião | Zoroastrismo |
Partamaspates (em grego: Παρθαμασπάτης; romaniz.: Parthamaspátes) foi um príncipe parta da dinastia arsácida que governou como um rei cliente do Império Romano na Mesopotâmia, e mais tarde em Osroena, durante o início do século II.
Vida
[editar | editar código-fonte]Partamaspates era filho do xainxá Osroes I.[1] Depois de passar grande parte de sua vida no exílio romano, acompanhou o imperador Trajano (r. 98–117) na campanha dele para conquistar o Império Arsácida. Trajano planejou originalmente anexar Ctesifonte como parte do Império Romano,[2] mas finalmente decidiu colocar Partamaspates no trono de seu pai como um cliente romano, o que ocorreu em 116 com a coroação dele como xainxá.[3][4] Os ganhos de Trajano foram de curta duração, pois revoltas ocorreram em todos os territórios conquistados, com os babilônios e judeus expulsando os romanos da Mesopotâmia, e os armênios sob Sanatruces I causando problemas.[5][6][7] Após a morte de Trajano em 117, os partas removeram Partamaspates do trono e restabeleceram Osroes I.[1][4]
Após sua derrota, Partamaspates novamente fugiu para os romanos que então, como consolo, lhe concederam em 118 o cogoverno do Reino de Osroena, um pequeno Estado cliente romano entre a Ásia Menor e a Síria, ao lado de Ialur. Seu reinado durou até 122 e Ialur continua governando por mais um ano sozinho. De seu território de Osroena, é conhecido por ter negociado com o Império Cuchana, com mercadorias sendo enviadas por mar e através do rio Indo.[1] Muito depois do fracasso de Partamaspates, Roma ainda afirmava ter o controle das terras partas, como mostrado numa moeda de Antonino Pio (r. 138–161) com a imagem de uma "Pártia" subjugada oferecendo a coroa a ele.[8]
Referências
- ↑ a b c Ellerbrock 2021, p. 61.
- ↑ Schlude 2020, p. 161, 165.
- ↑ Bivar 1983, p. 91.
- ↑ a b Kettenhofen 2004.
- ↑ Gregoratti 2017, p. 133.
- ↑ Dąbrowa 2012, p. 176.
- ↑ Chaumont 1986, p. 418–438.
- ↑ Schlude 2020, p. 176.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Bivar, A. D. H. (1983). «The Political History of Iran under the Arsacids». In: Yarshater, Ehsan. The Cambridge History of Iran, Volume 3 (1): The Seleucid, Parthian and Sasanian Periods. Cambrígia: Imprensa da Universidade de Cambrígia. pp. 21–99. ISBN 0-521-20092-X
- Chaumont, M. L. (1986). «Armenia and Iran ii. The pre-islamic Period». Enciclopédia Irânica Vol. II, Fasc. 4. Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Colúmbia
- Dąbrowa, Edward (2012). «The Arsacid Empire». In: Daryaee, Touraj. The Oxford Handbook of Iranian History. Oxônia: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-987575-7
- Ellerbrock, Uwe (2021). The Parthians: The Forgotten Empire. Londres e Nova Iorque: Routledge. ISBN 978-1-000-35848-3
- Gregoratti, Leonardo (2017). «The Arsacid Empire». In: Daryaee, Touraj. King of the Seven Climes: A History of the Ancient Iranian World (3000 BCE - 651 CE). Irvine, Califórnia: Centro da Jordânia para Estudos e Cultura Persa. ISBN 9780692864401
- Kettenhofen, Erich (2004). «Trajan». Enciclopédia Irânica. Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Colúmbia. pp. 418–438
- Schlude, Jason M. (2020). Rome, Parthia, and the Politics of Peace: The Origins of War in the Ancient Middle East. Londres e Nova Iorque: Routledge. ISBN 978-1-351-13570-2