Patricia Hill Collins
Esta biografia de uma pessoa viva cita fontes, mas que não cobrem todo o conteúdo. (Dezembro de 2020) |
Patricia Hill Collins | |
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Nascimento | 1 de maio de 1948 (76 anos) Filadélfia |
Cidadania | Estados Unidos |
Alma mater |
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Ocupação | filósofa, socióloga, professora universitária |
Distinções |
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Empregador(a) | Universidade de Maryland, Universidade Tufts, Universidade de Cincinnati |
Obras destacadas | Black Feminist Thought |
Patricia Hill Collins (nascida em 1 de maio de 1948) é uma renomada professora universitária de Sociologia da Universidade de Maryland, College Park.[1] Ela também é a ex-chefe do Departamento de Estudos afro-Americanos na Universidade de Cincinnati, e ex-presidenta do Conselho da Associação Americana de Sociologia. Collins foi a 100º presidenta da ASA, e a primeira mulher afro-americana a ocupar o cargo.[2]
Vencedora do Prêmio Berggruen de Filosofia e Cultura em outubro de 2023[3].
Collins trabalha, principalmente, sobre feminismo e gênero dentro da comunidade afro-americana. A notoriedade de Patricia Hill Collins no contexto norte americano se deu a partir do seu livro"Black Feminist Thought: Knowledge, Consciousness and the Politics of Empowerment", publicado originalmente em 1990.[4]
Biografia e carreira
[editar | editar código-fonte]Collins nasceu em 1948, na Filadélfia, Pensilvânia. Seus pais eram Albert Hill, um trabalhador de fábrica e veterano da segunda Guerra Mundial, e Eunice Randolph Hill, uma secretária; ela não teve irmãos. Collins estudou em escolas públicas da Filadélfia.[2] Na graduação, estudou Sociologia na Universidade de Brandeis, formando-se em 1969. Ela obteve o título de mestre na Universidade de Harvard, em 1970.[2] De 1970 a 1976, ela foi professora de educação na Faculdade Comunitária St. Joseph, em Roxbury, Boston.[2] Ela se tornou a diretora do Centro Africana na Universidade de Tufts, onde ficou de 1976 a 1980. Em Tufts, ela conheceu e se casou com Roger L. Collins, professor de educação na Universidade de Cincinnati, com quem teve uma filha, Valéria L. Collins.[2]
Ela obteve seu doutorado, em sociologia, em Brandeis, em 1984. Ao obter o título, ela trabalhou como professora assistente na Universidade de Cincinnati no início em 1982.
Em 1990, Collins publicou seu primeiro livro, Black Feminist Thought: Knowledge, Consciousness and the Politics of Empowerment" Uma décima edição, revista, foi publicada em 2000. O livro foi traduzido para coreano, em 2009.
Obra
[editar | editar código-fonte]Em 1990, Collins publicou Black Feminist Thought: Knowledge, Consciousness and the Politics of Empowerment,que se debruça sobre o trabalho de Angela Davis, Alice Walker e Audre Lorde. A análise incorporou uma vasta gama de fontes, incluindo ficção, poesia, música e história oral. O trabalho de Collins ficou marcado por duas grandes contribuições:
- As opressões de raça, classe, gênero, sexualidade e nação se interrelacionam, construindo sistemas de poder mutuamente implicados. Collins utilizou o termo "interseccionalidade", originalmente cunhado por Kimberlé Crenshaw, para se referir a essa sobreposição simultânea de múltiplas formas de opressão.
- Porque as mulheres negras têm histórias únicas nas intersecções dos sistemas de poder, eles criaram visões de mundo a partir de uma necessidade de autodefinição e para trabalhar em nome da justiça social. As experiências específicas das mulheres negras com a interseção de sistemas de opressão fornecem uma janela para os mesmos processos para outros indivíduos e grupos sociais.
O livro seguinte de Collins foi Black Sexual Politics: African Americans, Gender, and the New Racism. Esse trabalho argumenta que o racismo e a heteronormatividade estão interligados e que ideais de beleza atuam para oprimir os afro-americanos. O livro ganhou o Book Award da Associação Americana de Sociologia.
Em 2006, ela publicou From Black Power to Hip Hop: Racism, Nationalism, and Feminism, onde examina a relação entre nacionalismo negro, o feminismo e o hip-hop.
Livros em inglês (original)
[editar | editar código-fonte]- On Intellectual Activism, Philadelphia: Temple University Press, {{ISBN|978-1439909614, 2012&
- (coeditado com John Solomos) The SAGE Handbook of Race and Ethnic Studies, Los Angeles: London: SAGE, ISBN 978-0761942207, 2010
- Another Kind of Public Education: Race, the Media, Schools, and Democratic Possibilities, Beacon Press, ISBN 0-8070-0018-3, 2009
- From Black Power to Hip Hop: Racism, Nationalism, and Feminism, Temple University Press, ISBN 1-59213-092-5, 2006
- Black Sexual Politics: African Americans, Gender, and the New Racism, New York: Routledge, ISBN 0-415-93099-5, 2005
- Fighting Words: Black Women and the Search for Justice, University of Minnesota Press, ISBN 0-8166-2377-5, 1998 (coeditado com Margaret Andersen)
- Race, Class and Gender: An Anthology, ISBN 0-534-52879-1, 1992, 1995, 1998, 2001, 2004, 2007, 2010
- Black Feminist Thought: Knowledge, Consciousness and the Politics of Empowerment, Routledge, ISBN 0-415-92484-7, 1990, 2000
Livros traduzidos para o português (Brasil)
[editar | editar código-fonte]- Pensamento feminista negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento, Boitempo, ISBN 978-85-7559-707-1, 2019
- Bem mais que ideias - a interseccionalidade como teoria social crítica. Boitempo, ISBN 9786557171387, 2022. [5]
- Política Sexual Negra. Boitempo, ISBN 978-6588337219 [6], 2022.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «Patricia Hill Collins | SOCY l Sociology Department l University of Maryland». www.socy.umd.edu. Consultado em 11 de dezembro de 2016. Arquivado do original em 23 de novembro de 2015
- ↑ a b c d e Perfil na Associação Americana de Sociologia
- ↑ «$1 Million Berggruen Philosophy Prize Awarded to Patricia Hill Collins – Berggruen Institute». www.berggruen.org (em inglês). 22 de outubro de 2023. Consultado em 10 de junho de 2024
- ↑ Collins, P. H. (2002). Black feminist thought: Knowledge, consciousness, and the politics of empowerment. Routledge.
- ↑ COLLINS, Patrícia Hill (2022). Bem mais que ideias - a interseccionalidade como teoria social crítica. São Paulo: Boitempo. 424 páginas. ISBN 9786557171387
- ↑ COLLINS, Patrícia Hill (2022). Política Sexual Negra. Rio de Janeiro: Via Verita. 480 páginas. ISBN 978-6588337219