Paulo Mincarone

Paulo Mincarone
Deputado estadual do  Rio Grande do Sul
Período 3 de março de 1955
até 31 de janeiro de 1959
Dados pessoais
Nascimento 11 de novembro de 1929, São Paulo
Bento Gonçalves
Morte 25 de julho de 1997
Partido PTB

Paulo Mincarone (Bento Gonçalves, 11 de novembro de 1929São Paulo, 25 de julho de 1997) foi um político brasileiro.

Filho do deputado federal Aquiles Mincarone, Paulo foi eleito, em 3 de outubro de 1954, deputado estadual pelo PTB, para a 39ª Legislatura da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, de 1955 a 1959.[1] Nas eleições de 1958, disputou uma vaga no Congresso Nacional e foi eleito deputado federal antes de completar 30 anos. Integrante da Frente Parlamentar Nacionalista, apoiou a transferência da capital federal para Brasília durante o Governo Juscelino Kubitschek. Mais tarde, publicaria o livro Escândalo do Minas Gerais, denunciando esquema de corrupção na compra do porta-aviões Minas Gerais durante o governo JK.

Com a renúncia do presidente Jânio Quadros, foi contra a implementação do parlamentarismo no país, manobra que permitiu ao vice-presidente João Goulart assumir, porém com poderes limitados. Vice-líder do PTB na Câmara dos Deputados, defendeu o monopólio estatal do petróleo, o reatamento das relações com países socialistas e a antecipação do plebiscito para definição sobre o sistema de governo nacional. Anteriormente agendado para 1965, a consulta popular ocorreu dois anos antes e reintroduziu o presidencialismo no Brasil.

Reeleito no pleito de 1962, teve seu mandato cassado após o golpe militar de 1964 com base no Ato Institucional número 1 (AI-1). Com o processo de reabertura iniciada pelo general-presidente Ernesto Geisel e o fim do bipartidarismo em 1979, filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), legenda pela qual voltaria ao Congresso em 1982. Neste mandato, votou a favor da Emenda Dante de Oliveira, que defendia eleições diretas para presidente em 1985. Derrotado o pleito, votou em Tancredo Neves no Colégio Eleitoral de 1985.

Mais uma vez eleito deputado federal em 1986, participou da Assembleia Nacional Constituinte. Como deputado constituinte, votou contra a legalização do aborto, a pena de morte, a estabilidade no emprego e a desapropriação da propriedade privada. Por outro lado, apoiou a jornada de trabalho de 40 horas, o presidencialismo e o mandato de cinco do presidente José Sarney. Tentou voltar à Câmara dos Deputados nas eleições de 1990 e 1994, mas obteve apenas cargos de suplente. Seu filho único, Marcelo Mincarone, disputou uma vaga de deputado estadual no Rio Grande do Sul nas duas ocasiões e também conseguiu somente posição de suplente.

Como desportista, era torcedor do EC Cruzeiro, de Porto Alegre e foi presidente do clube em 1955, sendo substituído por João Severo Recena em 1956.

Paulo Mincarone morreu em São Paulo no dia 25 de julho de 1997 após reagir a uma tentativa de assalto. De acordo com uma entrevista de Adelmar Sabino no Livro 1988: Segredos da Constituinte, de Luiz Maklouf Carvalho, ele foi assassinado com 5 disparos na cabeça , com o ex funcionário da Constituinte ficando ciente do evento por parte do amigo Luís Eduardo Magalhães.

Referências

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