Ran (filme)
Ran | |
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No Brasil | Ran |
Em Portugal | Os senhores da guerra |
Japão / França 1985 • cor • 160 min | |
Género | drama guerra épico |
Direção | Akira Kurosawa |
Produção | Serge Silberman Masato Hara |
Produção executiva | Katsumi Furukawa |
Roteiro | Akira Kurosawa Hideo Oguni Masato Ide |
Elenco | Tatsuya Nakadai Akira Terao Jinpachi Nezu |
Música | Tōru Takemitsu |
Diretor de fotografia | Asakazu Nakai Takao Saito Shoji Ueda |
Direção de arte | Yoshiro Muraki Shinobu Muraki |
Figurino | Emi Wada |
Edição | Akira Kurosawa |
Companhia(s) produtora(s) | Greenwich Film Productions |
Idioma | japonês |
Ran (乱 ran, em japonês; luàn, em chinês?, lit. "caos", "desordem"), conhecido em Portugal como Os Senhores da Guerra, é um filme franco-japonês de 1985, do gênero drama de guerra, dirigido por Akira Kurosawa, com roteiro baseado na peça King Lear de William Shakespeare.
Enredo
[editar | editar código-fonte]No Japão do século XVI, o senhor feudal Hidetora, patriarca do clã Ichimonji, aos 70 anos, decide dividir o reino entre os três filhos: Taro, Jiro e Saburo. Tarô, o mais velho, seguindo a tradição do patriarcado japonês, torna-se o líder do clã e recebe o Primeiro Castelo, centro do poder. Jiro e Saburo recebem, respectivamente, o Segundo e o Terceiro Castelo. Hidetora retém para si o título de “Grande Senhor” para permanecer com os privilégios, sem se responsabilizar com os deveres do cargo. Nos planos de Hidetora, Jiro e Saburo dariam apoio a Taro e os três, unidos, manteriam as conquistas da família, utilizando como exemplo, a parábola da flecha, de Motonari Mori, senhor feudal japonês que viveu entre 1497 – 1571.
Saburo contraria a ideia do seu pai, critica seu plano, lembrando-o da maneira como conquistou seus domínios, chamando-o de “velho tolo” ao esperar que seus filhos mantenham a lealdade a ele. Hidetora bane Saburo, entendendo essa reação como traição e também Tango, servo fiel que tenta persuadi-lo do erro que está cometendo. Porém, Hidetora segue adiante em sua decisão e o que ele vivencia é a destruição de sua família, a derrocada do poder e a violência descontrolada que atinge a todos, bons e maus. Ao presenciar o massacre que provocou, Hidetora enlouquece e vaga pelas ruínas como um fantasma, acompanhado de Tango e Kiyoami, o Bobo. Manipulando os dois irmãos, está Kaede, esposa de Taro e depois de sua morte, amante de Jiro. Kaede é a vingança personificada, cuja família foi derrotada e destruída por Hidetora, legitimando a posse de seus territórios, casando-a com seu filho mais velho. Da mesma maneira, Jiro é casado com Sue, cuja família foi destruída por Hidetora, seu castelo queimado e seu irmão, Tsurumaru, cegado. Diferente de Kaede, Sue dedica-se ao budismo e perdoa seu sogro das atrocidades cometidas, atitude que Hidetora não consegue entender. Saburo e Hidetora reconciliam-se em vida, mas ambos morrem quando faziam planos para desfrutar de uma convivência pacífica.
Elenco
[editar | editar código-fonte]- Tatsuya Nakadai......Hidetora Ichimonji
- Akira Terao..........Taro
- Jinpachi Nezu............Jiro
- Daisuke Ryû..............Saburo
- Mieko Harada.............Kaede
- Yoshiko Miyazaki.........Sue
- Hisashi Igawa............Kurogane
- Masayuki Yui.............Tango
- Shinosuke "Peter" Ikehata..Ryoami/Bobo
- Kazuto Kato..............Ikoma
- Hitoshi Ueki.............Fujimaki
- Norio Matsui.............Ogura
- Mansai Nomura............Tsurumaru
Principais prêmios e indicações
[editar | editar código-fonte]Oscar 1986 (EUA)
- Venceu na categoria de melhor figurino - Emi Wada.
- Indicado na categoria de melhor direção de arte, fotografia e diretor
BAFTA 1987 (Reino Unido)
- Venceu nas categorias de melhor filme e maquiagem
Globo de Ouro 1986 (EUA)
- Indicado na categoria de melhor filme estrangeiro.