Repórter Brasil

 Nota: Este artigo é sobre o telejornal. Para a organização não governamental de direitos humanos, veja Repórter Brasil (organização não governamental).
Repórter Brasil
Repórter Brasil
Informação geral
Formato telejornal
País de origem Brasil
Idioma original português
Produção
Apresentador(es) Guilherme Portanova
Iara Balduino
Luciana Barreto (Tarde)
Localização Brasília, DF
Exibição
Emissora original TV Brasil
Formato de exibição 16:9 1080i HDTV
Transmissão original 3 de dezembro de 2007 – presente

Repórter Brasil é um telejornal brasileiro produzido e exibido pela TV Brasil. É a atração mais antiga da emissora, tendo estreado no dia seguinte à sua inauguração, em 3 de dezembro de 2007, como sucessor direto do Edição Nacional e do Repórter Nacional, respectivamente da TVE Brasil e da TV Nacional, que fundiram-se para formar o atual canal de propriedade do Governo Federal.

Em maio de 2007, foi anunciado que o Governo Federal planejava criar uma nova emissora de TV pública com abrangência nacional.[1] Para isso, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, em outubro, medida provisória e, posteriormente, um decreto no Diário Oficial da União que criou a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), resultado da fusão entre a Radiobrás de Brasília e a Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto do Rio de Janeiro, mantenedoras da TVE Brasil e da TV Nacional, respectivamente.[2] Assim, em 2 de dezembro, as duas emissoras fundiram-se e formaram a TV Brasil. Com programação improvisada, o novo canal continuaria exibindo programas de suas antecessoras e teria apenas uma produção própria, sendo esta o Repórter Brasil, sucessor direto do Edição Nacional e do Repórter Nacional, das antigas TVs.[3] O telejornal estreou no dia seguinte com duas edições; a primeira, pela manhã, apresentada por Lincoln Macário e Natália Pereira em revezamento, e a segunda, noturna, com Luiz Lobo em Brasília, Luciana Barreto no Rio de Janeiro e Florestan Fernandes Júnior em São Paulo.

Quando foi ao ar, a edição noturna já apresentava um quadro de entrevistas ao vivo, mais longas que as dos telejornais habituais. Por vezes, a intenção foi o debate, mas o tempo e as condições técnicas não favoreciam este modelo. Lobo adotou o estilo espontâneo e improvisava perguntas, de acordo com a postura e as respostas dos entrevistados. O primeiro entrevistado foi o diplomata e professor Paulo Roberto de Almeida. Em outra oportunidade de escolha, Lobo convidou o Presidente da Associação das Organizações Federais Indígenas para falar sobre problemas com as plantações de coca e o tráfico de cocaína na tríplice fronteira. O entrevistado denunciou descaso, por parte do governo federal, na solução do problema e que crianças estavam morrendo em consequência de uma mistura de guaraná, cachaça e cocaína. Na época, a emissora cobria, com exclusividade, uma operação milionária da polícia federal para conter o problema do tráfico. Alguns dos entrevistados exclusivos foram Marco Aurélio Garcia, Celso Amorim, Solange Vieira, José Gomes Temporão, entre outros.

Luiz Lobo era também editor-chefe do Jornal da TV Brasil, convidado por Helena Chagas e Tereza Cruvinel para ocupar a posição. Sua contratação foi efetuada no edital de número 1 da EBC, publicada no diário oficial. Em meados de abril de 2008, ele foi demitido da emissora em uma sexta-feira, poucas horas antes da edição noturna ir ao ar. A diretora de jornalismo, Helena Chagas, alegou que o afastamento aconteceu por incompatibilidade do profissional, com a função de editor-chefe. Dois dias antes, ele havia enviado um Email para o Diretor Geral da EBC, Orlando Senna, alertando sobre problemas de ingerência em Brasília e preocupação com a escolha de Jaqueline Paiva, esposa de um assessor direto da Presidência da República, para a função de gerente de conteúdo. Os confrontos entre repórteres e editores e Jaqueline Paiva eram frequentes. Segundo o Luiz Lobo, a questão havia sido levada à diretoria local por diversas vezes, mas nunca mereceu atenção. Lobo foi orientado a enviar o comunicado, pelo então Diretor de Produção e Programação, Leopoldo Nunes. A demissão do jornalista aconteceu dois dias depois. Ana Dantas pediu demissão dois meses mais tarde e Leopoldo foi demitido em 2009. No lugar de Lobo, Lincoln Macário deixou a edição da manhã para ancorar o jornal a noite e, em seu lugar, estreou o jornalista Lucas Rodrigues.

A Folha de S.Paulo publicou manchete de que o jornalista acusava o Palácio do Planalto de fazer interferência no telejornal da emissora. Outras reportagens e opiniões foram publicadas e Lobo chegou a ser convidado a falar em audiências de comissões parlamentares, mas não aceitou o conselho curador da emissora, que tem a participação de representantes da sociedade civil (escolhidos pelo Presidente Lula)[carece de fontes?]

Em dezembro de 2008, Lucas Rodrigues e Natália Pereira deixaram a edição matinal e se tornaram repórteres especiais da TV Brasil, sendo substituída por Katiuscia Neri. No dia 17 de outubro de 2009, o telejornal ia ao ar pela ultima vez nessa versão.

2009-presente

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Em 19 de outubro de 2009, o telejornal passou por reformas nas partes gráficas em ambas as edições, além de ganhar nova vinheta, nova trilha sonora, e uma nova forma de apresentar, Florestan Fernandes Jr., Lincoln Macário e Luciana Barreto passaram a apresentar a edição noturna em conjunto diretamente de São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro respectivamente, enquanto a edição matutina, passou a ser apresentada por Katiuscia Neri de Brasília até 2012, sendo substituída por Nátalia Pereira. Também em 2012, Lincoln Macário foi substituído pelo jornalista Guilherme Menezes de Brasília.

Em 3 de junho de 2013, o Repórter Brasil sofreu reformulações. O telejornal ganhou novos cenários e um novo pacote gráfico, mantendo a trilha sonora de 2009. Houve também modificações nos horários do telejornal: a edição matutina passou a ser vespertina, e no seu antigo horário, ficou o Jornal Visual. Além disso, houve alterações na apresentação do telejornal: a edição matutina, anteriormente apresentada em Brasília por Katiuscia Neri, passou a ser apresentada por Luciana Barreto no Rio de Janeiro, enquanto Katiuscia foi apresentar a edição noturna do telejornal ao lado de Guilherme Menezes. Florestan Fernandes Jr., que antes fazia parte do trio de apresentadores do antigo formato do telejornal, passou a ser Gerente-executivo Regional do telejornal em São Paulo, e apresentador eventual.[4]

Em 2016, com a reformulação da programação da emissora, o telejornal passou a ser apresentado em novos horários.[5] Também no mesmo ano, o jornal deixou de ter Guilherme Menezes no comando da edição da noite, passando a ser de Pedro Pontes. Em 19 de fevereiro de 2018, o jornal passou a ser exibido em dois horários, ainda no horário nobre.[6] Em 12 de novembro, Marcelo Castilho passou a dividir, com Luciana Barreto, a apresentação da edição da manhã.

Em 10 de abril de 2019, estreou em novo cenário[7] e alguns dias depois, Pedro Pontes substituiu Paulo Leite. Em novembro, o Repórter Brasil lançou uma série de reportagens sobre uma viagem até a base brasileira localizada no continente da Antártica.[8]

No dia 12 de novembro de 2020, a edição da tarde do jornal voltou a ser gerada do Rio de Janeiro e passou a ser apresentada por Luiz Carlos Braga, ex-Globo e Record, marcando também a estreia do novo estúdio de vidro da emissora.[9]

No dia 5 de abril de 2021, a edição vespertina passou a ter mais duração, começando às 12h15.[10]

Desde o dia 8 de janeiro de 2024, a edição principal é apresentada pelo experiente jornalista Guilherme Portanova, também ex-Globo e Record, e que em 2006 sofreu um sequestro-relâmpago por integrantes do PCC. Portanova uniu-se a Iara Balduino, que já apresentava o telejornal.[11] Em 19 de fevereiro, foi a vez da edição da tarde ter mudanças: de horário, passando para as 13 horas, e de apresentação, com o retorno de Luciana Barreto após quase quatro anos de CNN Brasil.[12]

  • 2019: 7.º Prêmio Abear de Jornalismo, da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), na categoria Competitividade, pela série de reportagens Mudanças na Aviação, tansmitidas no Repórter Brasil (Venceu)[13]

Referências

  1. Daniel Castro. «(sem título0». Folha de S.Paulo. TV-Pesquisa. Edição de 28 de maio de 2007 
  2. Luiza Damé. «TV Pública nasce com orçamento de r$350 milhões». O Globo. TV-Pesquisa. Edição de 11 de outubro de 2007 
  3. Daniel Castro (16 de novembro de 2007). «TV Brasil improvisa para estrear em 2/12». Ilustrada (Folha de S.Paulo). Consultado em 24 de fevereiro de 2021 
  4. «Repórter Brasil estreia novo cenário nesta segunda». EBC. 30 de maio de 2013. Consultado em 20 de junho de 2013 
  5. «TV Brasil faz mudanças na programação». 16 de agosto de 2016. Consultado em 20 de setembro de 2016 
  6. «Nova programação da TV Brasil estreia em 19 de fevereiro | TV Brasil | Notícias». TV Brasil 
  7. «Nova TV Brasil: Mais informação, acessibilidade e entretenimento | TV Brasil | Notícias». TV Brasil 
  8. «Série Antártica: como é a viagem até a base brasileira no continente». TV Brasil. EBC. 6 de novembro de 2019. Consultado em 6 de novembro de 2019 
  9. «TV Brasil inaugura moderno estúdio de vidro no Rio de Janeiro». Portal EBC. EBC. 12 de novembro de 2020. Consultado em 7 de junho de 2022 
  10. «Repórter Nacional ganha as telas a partir da próxima segunda (5)». Portal EBC. EBC. 1 de abril de 2021. Consultado em 7 de junho de 2022 
  11. «TV Brasil estreia novos âncoras e amplia jornalismo na grade». Portal EBC. EBC. 8 de janeiro de 2024. Consultado em 17 de maio de 2024 
  12. «Luciana Barreto volta à TV Brasil e estreia jornal em novo horário». Observatório da TV. O Tempo. 19 de fevereiro de 2024. Consultado em 17 de maio de 2024 
  13. «Série de reportagens da TV Brasil vence 7º Prêmio Abear de Jornalismo». IstoÉ. 18 de outubro de 2019. Consultado em 20 de outubro de 2019 

Ligações externas

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