Rodrigo Bacellar
Rodrigo Bacellar | |
---|---|
Rodrigo Bacellar | |
Presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro | |
No cargo | |
Período | 2 de fevereiro de 2023 até a atualidade |
Antecessor(a) | André Ceciliano |
Deputado estadual do Rio de Janeiro | |
No cargo | |
Período | 1.º de fevereiro de 2019 até a atualidade[nota 1] |
Secretário de Governo do Rio de Janeiro | |
Período | 28 de maio de 2021 até 1.º de abril de 2022 |
Dados pessoais | |
Nome completo | Rodrigo da Silva Bacellar |
Nascimento | 5 de abril de 1980 (44 anos) Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro |
Nacionalidade | Brasil |
Partido | PT (2001–2005) PTB (2005–2009) PTdoB (2009–2011) PDT (2011–2013) Solidariedade (2013–2016) MDB (2016-2018) Solidariedade (2018–2022) PL (2022–2024) UNIÃO (2024–presente) |
Profissão | Advogado e político |
Rodrigo da Silva Bacellar (Campos dos Goytacazes, 5 de abril de 1980) é um advogado e político brasileiro, filiado ao União Brasil (UNIÃO) desde março de 2024.[1] Foi secretário de Estado do governo do Rio de Janeiro e atualmente é deputado estadual.[2]
Nas eleições de 2018, concorreu a deputado estadual pelo Solidariedade e foi eleito com 26.135 votos.[3]
Rodrigo Bacellar foi reeleito em 2022 pelo PL, com 97.822 votos, e está em seu segundo mandato na ALERJ.[4] Em 2 de fevereiro de 2023, foi eleito presidente da Assembleia Legislativa para o biênio 2023-24, com 56 votos.[5]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nasceu em Campos dos Goytacazes, no dia 05 de abril de 1980. É advogado e possui MBA em Gestão Pública, Pós-graduação em Direito Constitucional e Pós-graduação em Prática de Direito Administrativo Avançada. É filho de Marcos Bacellar, ex-vereador em Campos por três mandatos.
Começou na política aos 14 anos, quando fez parte do Grêmio Estudantil do Liceu de Humanidade de Campos. Aos 17, já como aluno do curso de Direito da Universidade Estácio de Sá, foi presidente do Diretório Acadêmico.
Foi assessor da Secretaria Geral de Planejamento do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE) entre 2007 e 2009. Já entre os anos de 2009 e 2011 foi presidente da Fundação Estadual do Norte Fluminense (FENORTE).
Em 2010, ele e o pai foram acusados de liderar esquemas de corrupção na prefeitura de Cambuci. Eles teriam alugado a prefeitura por 180 mil reais mensais para comandar as operações do governo municipal. No julgamento do caso, em 2012, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro afastou o prefeito da cidade, Oswaldo Botelho, mas nada ocorreu com Marcos e Rodrigo Bacellar.[6][7]
Carreira política
[editar | editar código-fonte]Em 16 de agosto de 2018, Bacellar lançou sua primeira candidatura a deputado estadual pelo Solidariedade, sendo eleito com 26.135 votos.[8][3] Também foi o líder da bancada do partido na ALERJ.[9]
Deputado estadual
[editar | editar código-fonte]Rodrigo Bacellar foi o autor da lei 9.206/21, que autoriza hospitais, clínicas e demais unidades de saúde públicas e privadas do estado a realizarem o “Teste do Bracinho” em crianças a partir de três anos durante consultas pediátricas,[10] e da lei 9.450/21, que concedeu o direito ao recebimento do auxílio-saúde e do auxílio-educação aos servidores da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF).[11]
Em fevereiro de 2023, Bacellar foi eleito presidente da ALERJ para o biênio 2023-24, com 56 votos, após o correligionário Jair Bittencourt retirar sua candidatura.[5]
Em fevereiro de 2024, votou a favor do fim do afastamento da deputada Lucinha, determinado pelo Tribunal de Justiça do estado por ela ser acusada de possuir ligações com milicianos.[12]
Relatoria da comissão do impeachment de Wilson Witzel
[editar | editar código-fonte]Rodrigo Bacellar foi o relator do processo de impeachment contra o governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, do PSC, em 2020. O relatório pela admissibilidade da denúncia conclui que Witzel cometeu crime de responsabilidade em situações como na contratação de organizações sociais para gerir serviços de saúde e na compra superfaturada de respiradores para serem usados durante a pandemia de covid-19.[13]
Em diversos trechos, o relatório fez referência ao processo de reaqualificação da Organização Social Unir. Proibida de administrar unidades de saúde do estado, a empresa foi reabilitada por Witzel – de acordo com o Ministério Público Federal, por meio de um ajuste ilícito. Indícios de fraudes na contratação dos hospitais de campanha também foram mencionados pelo relator, que recheou o parecer favorável ao impeachment de trechos das denúncias do MPF no âmbito das Operações Favorito e Tris in Idem. Bacellar também afirmou que Witzel “agiu dolosamente contra os interesses públicos e em benefício de interesses privados” ao abrir mão de usar os mecanismos de controle do Estado e de ir contra informações técnicas que iam na contramão de suas decisões.[14]
Com a apresentação do relatório, que fez com o processo de impeachment fosse admitido, o Tribunal Especial Misto votou de forma unânime para tirar Wilson Witzel do cargo de governador do Rio de Janeiro. Os dez julgadores - cinco deputados e cinco desembargadores - votaram pelo impeachment. Eram necessários sete para o impeachment ser confirmado. O tribunal também decidiu que Witzel ficasse inelegível por 5 anos - dos julgadores, apenas o deputado Alexandre Freitas (Novo) divergiu e votou pelo afastamento de 4 anos.[15]
Secretaria de Governo do Estado do Rio de Janeiro
[editar | editar código-fonte]Em 28 de maio de 2021, Rodrigo Bacellar foi nomeado pelo governador Cláudio Castro (PL) para assumir a Secretaria de Estado de Governo do Rio de Janeiro, assumindo a pasta no lugar de André Lazaroni.[16]
Durante sua gestão, Bacellar anunciou o início de uma licitação para adquirir mais de 400 novos veículos para o programa Segurança Presente.[17] Também esteve envolvido na criação do programa RJ Para Todos, que visa contribuir com o desenvolvimento econômico e social do estado.[18]
Foi reeleito em 2022 pelo PL, com 97.822 votos.[4]
Notas
- ↑ Licenciado entre 28 de maio de 2021 e 1.º de abril de 2022, período em que assumiu a Secretaria de Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Referências
- ↑ Rocha, Bruno (14 de março de 2024). «Filiação e posse de Rodrigo Bacellar no União Brasil reúnem autoridades políticas do estado». NF Noticias. Consultado em 14 de março de 2024
- ↑ «Deputado Rodrigo Bacellar». ALERJ. Consultado em 21 de abril de 2022. Arquivado do original em 21 de abril de 2022
- ↑ a b «Deputados estaduais eleitos no RJ; veja lista». G1. 8 de outubro de 2018. Consultado em 3 de abril de 2024
- ↑ a b «Veja quem são os 70 deputados estaduais eleitos; Márcio Canella, do União Brasil, foi o mais votado». G1. 3 de outubro de 2022. Consultado em 3 de abril de 2024
- ↑ a b «Deputado Rodrigo Bacellar, do PL, é eleito o novo presidente da Alerj; veja como fica a Mesa Diretora». G1. 2 de fevereiro de 2023. Consultado em 3 de abril de 2024
- ↑ Amado, Guilherme; Lima, Bruna (17 de abril de 2022). «Deputado do PL do RJ foi acusado de arrendar prefeitura para corrupção». Metrópoles. Consultado em 21 de abril de 2022
- ↑ «Rodrigo Bacellar foi acusado de chefiar esquemas de corrupção no RJ». Diário do Rio. 17 de abril de 2022. Consultado em 21 de abril de 2022
- ↑ «Rodrigo Bacellar na disputa por uma cadeira na Alerj». Folha1. Consultado em 26 de março de 2019
- ↑ Seara, Berenice (31 de março de 2020). «Rodrigo Bacellar dá rasteira em colegas e recupera liderança do SDD na Alerj». Extra. Consultado em 3 de abril de 2024. Cópia arquivada em 28 de abril de 2022
- ↑ «Unidades de saúde poderão fazer teste do bracinho em crianças a partir de três anos». Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Consultado em 17 de novembro de 2021
- ↑ «Servidores da UENF terão direito a benefícios de educação e saúde». Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Consultado em 17 de novembro de 2021
- ↑ Nascimento, Rafael (8 de fevereiro de 2024). «Alerj decide manter Lucinha no cargo». G1. Consultado em 3 de abril de 2024. Cópia arquivada em 8 de fevereiro de 2024
- ↑ «Relator de processo de Witzel na Alerj conclui pelo impeachment». Agência Brasil. 15 de setembro de 2020. Consultado em 15 de novembro de 2021
- ↑ «Em parecer pró-impeachment, relator vê proximidade entre Witzel e investigados». CNN Brasil. Consultado em 15 de novembro de 2021
- ↑ «Tribunal aprova por unanimidade impeachment de Witzel, que fica inelegível por 5 anos». G1. Consultado em 15 de novembro de 2021
- ↑ «Castro nomeia novo secretário de Governo, retorna com antiga secretaria e cria nova pasta». O Dia. Consultado em 15 de novembro de 2021
- ↑ Muniz, Bertha (30 de setembro de 2021). «Rodrigo Bacellar anuncia licitação de veículos do programa Segurança Presente para Campos». O Dia. Consultado em 15 de novembro de 2021
- ↑ «Claudio Castro lança o "RJ para Todos"». Diário do Rio de Janeiro. 5 de novembro de 2021. Consultado em 15 de novembro de 2021