Romano Prodi
Romano Prodi | |
---|---|
Romano Prodi | |
Primeiro-ministro da Itália | |
Período | 1º -18 de maio de 1996 a 9 de outubro de 1998 2º -17 de maio de 2006 |
Antecessor(a) | 1º -Lamberto Dini |
Sucessor(a) | 1º -Massimo D'Alema 2º -Franco Marini |
Presidente da União Europeia | |
Período | 1 de novembro de 1999 a 31 de outubro de 2004 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 9 de agosto de 1939 (85 anos) Scandiano |
Partido | Partido Democrático |
Profissão | economista |
Romano Prodi (Scandiano, 9 de agosto de 1939) é um político e economista italiano.[1] Foi presidente da União Europeia, de 1999 até 2004 e líder do partido A Oliveira e da coalizão A União, disputou com Silvio Berlusconi a chefia do governo da Itália nas eleições legislativas de 2006, obtendo a vitória por pequena margem de votos.[1] Desde 14 de outubro 2007 Prodi é um dos expoentes do Partido Democrático.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Seus estudos iniciaram-se em Reggio Emilia, na mesma província em que nasceu. É formado em direito pela Universidade Católica do Sagrado Coração de Milão, tendo produzido conteúdo acadêmico em Milão, Bolonha e na London School of Economics. Também foi professor visitante na Universidade Harvard e no Stanford Institute for Economic Policy Research. Romano Prodi entrou para a política no fim da década de 1970, quando Giulio Andreotti o convidou para assumir o Ministério da Indústria. Presidiu o Istituto per la Ricostruzione Industriale, em 1982, tendo sido responsável por um bem sucedido programa de saneamento financeiro. Voltou a ocupar o posto em duas outras ocasiões.
Seu primeiro mandato como primeiro-ministro teve início em 1996, quando, presidindo a coalizão de centro-esquerda A Oliveira (L'Ulivo), venceu as eleições gerais do país. Seu governo teve, além de políticos de centro e de esquerda, participação do Partido da Refundação Comunista (Rifondazione Comunista), formação originária do antigo PCI. Teve como prioridade o saneamento da economia italiana, dada a necessidade de ajuste orçamentário do país, visando seu ingresso na União Europeia. Com a retirada do apoio da Refundação Comunista, em 1998, Prodi deixa o cargo, que foi então assumido por Massimo D'Alema.
No ano seguinte à sua destituição, assumiu a presidência da União Europeia, permanecendo no cargo até 2004. Foi em seu mandato que a moeda única europeia, o euro, entrou em circulação, em 1 de janeiro de 2002. Após o fim de seu mandato na UE, retorna à política italiana e, em 2005, forma uma nova coalizão de esquerda, A União (L'Unione) - onde se incluíam A Oliveira, A Margarida (La Margherita) e outros pequenos partidos de centro-esquerda.[1] É aclamado presidente da coligação.
Nas eleições gerais italianas, ocorridas em abril de 2006, consegue vitória apertada contra o então primeiro-ministro Silvio Berlusconi.[2] Mas, apoiado pela lei eleitoral vigente, alterada no mandato do próprio Berlusconi, consegue maioria no parlamento, o que lhe confere maior governabilidade. Silvio Berlusconi não aceitou sua derrota, pedindo recontagem dos votos; contudo Prodi assumiu pela segunda vez o posto, em 17 de maio de 2006, inaugurando o segundo Governo Prodi.
Em 21 de fevereiro de 2007, o governo Prodi foi derrotado por dois votos em uma proposta governamental enviada ao Senado italiano pelo Ministro de Relações Exteriores Massimo D'Alema. Prodi seguiu, então, para o Palácio do Quirinal, onde entregou sua renúncia ao presidente Giorgio Napolitano, que cancelara uma visita oficial a Bolonha para receber o primeiro-ministro. Napolitano evitou qualquer decisão sobre a renúncia de Prodi até encontrar-se com as forças políticas do país. Napolitano tomou sua decisão em 24 de fevereiro. Não aceitou a renúncia de Prodi e mandou-o ao Parlamento para tentar obter um voto de confiança dos deputados e senadores. Disse, entretanto, que caso o primeiro-ministro não obtivesse a confiança do Parlamento, poderia deixar o cargo.
Em 28 de fevereiro de 2007, o governo de Prodi conseguiu o voto de confiança dos senadores, contando com 162 votos contra 157 da oposição conservadora. Na sexta-feira, 2 de março, a Câmara dos Deputados, onde o governo conta com grande maioria, deu o voto de confiança, confirmando a continuidade de Prodi no cargo.
A segunda e definitiva crise de governo ocorreu em 24 de janeiro de 2008. Após a saída do ministro da Justiça, Clemente Mastella (acusado de corrupção política) e de seu partido, Udeur (Unione Democratici per l'Europa, de centro, oriundo da antiga Democracia Cristã) da coalizão de apoio ao governo, Prodi perdeu a maioria no Senado. Pedido o voto de confiança ao Parlamento, o governo a obteve na Câmara, onde tinha ampla maioria, em 23 de janeiro. Porém foi derrotado no Senado - com 156 votos favoráveis, 161 desfavoráveis e uma abstenção. Além do voto contrário da Udeur, também alguns senadores de outros partidos votaram contra. Após a perda de confiança do Parlamento, o primeiro-ministro dirigiu-se ao Quirinal para entregar seu pedido de demissão ao chefe de Estado, Giorgio Napolitano. Este pode decidir-se a antecipar as eleições, as quais só deveriam ocorrer em 2011.
Referências
- ↑ a b c «Prodi hails Italy poll 'victory'» (em inglês). 11 de abril de 2006. Consultado em 10 de julho de 2021
- ↑ «Berlusconi refuses to concede». CNN. 11 de abril de 2006. Consultado em 10 de julho de 2021. Arquivado do original em 12 de abril de 2006
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]
Precedido por Lamberto Dini | Primeiro-ministro da Itália 1996 - 1998 | Sucedido por Massimo d'Alema |
Precedido por Manuel Marín | Presidente da Comissão Europeia 1999 - 2004 | Sucedido por José Manuel Durão Barroso |
Precedido por Silvio Berlusconi | Primeiro-ministro da Itália 2006 - 2008 | Sucedido por Silvio Berlusconi |