Saramandaia
Saramandaia | |||||||
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Informação geral | |||||||
Formato | Telenovela | ||||||
Género | realismo fantástico comédia[1] | ||||||
Duração | 50 min | ||||||
Criador(es) | Dias Gomes | ||||||
Elenco | |||||||
País de origem | Brasil | ||||||
Idioma original | português | ||||||
Episódios | 160 | ||||||
Produção | |||||||
Tema de abertura | "Pavão Mysteriozo", Ednardo | ||||||
Exibição | |||||||
Emissora original | TV Globo | ||||||
Transmissão original | 3 de maio - 31 de dezembro de 1976 | ||||||
Cronologia | |||||||
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Programas relacionados | Saramandaia (2013) |
Saramandaia é uma telenovela brasileira produzida pela TV Globo e exibida de 3 de maio a 31 de dezembro de 1976, em 160 capítulos,[2] substituindo O Grito e sendo substituída por Nina. Foi a 23ª "novela das dez" exibida pela emissora.
Escrita por Dias Gomes, foi dirigida por Walter Avancini, Roberto Talma e Gonzaga Blota.[3]
Contou com as participações de Juca de Oliveira, Sônia Braga, Antônio Fagundes, Yoná Magalhães, Dina Sfat, Ary Fontoura, Milton Moraes, Wilza Carla e Castro Gonzaga.
Sinopse
[editar | editar código-fonte]Ambientada na zona canavieira de Pernambuco,[3][4] a história se situa no fictício município de Bole-Bole, o qual passa por um plebiscito para a mudança do nome. O movimento é encabeçado por duas facções: os tradicionalistas, liderados pelo coronel Zico Rosado, que usam argumentos históricos para manter o nome atual, Bole-Bole; e os mudancistas, liderados pelo coronel Tenório Tavares e pelo vereador João Gibão — este último irmão do prefeito Lua Viana —, que alegam vergonha do nome, querendo mudá-lo para Saramandaia.
Mas o que chama a atenção na cidade são as características exóticas de alguns personagens da história: o professor Aristóbulo Camargo, que vira lobisomem nas noites de lua cheia; Marcina, que provoca incêndios onde toca e queimaduras em quem toca; João Gibão, que esconde em sua corcunda um belo par de asas; Encolheu, que prevê o tempo com dores ósseas; Dona Redonda, esposa de Encolheu que não consegue parar de comer; Zico Rosado, que põe formigas pelo nariz; dentre outros.
Produção
[editar | editar código-fonte]Para escrever a trama, Dias Gomes inspirou-se num fato verídico: no início dos anos 70, a cidade gaúcha de Não-Me-Toque mudou de nome para Campo Real, depois de um movimento popular que alegava que a cidade era alvo de brincadeiras das cidades vizinhas por causa do nome inusitado (anos depois um novo plebiscito decidiu pela volta do nome antigo). O realismo mágico também foi uma das inspirações do autor. Este estilo literário estava em alta naquela época e tinha Gabriel García Márquez como seu maior expoente. Saramandaia foi vista como uma espécie de vingança de Dias Gomes aos censores do governo militar. Porém, mesmo com um texto afiado de críticas disfarçadas, a novela não conseguiu passar ilesa perante os censores,[5] e quase todos os capítulos da história sofreram cortes. Para driblar a censura, o autor usou uma estratégia: como os censores eram trocados constantemente e os critérios de corte variavam muito, ele inseria as cenas que haviam sido vetadas nos capítulos posteriores, até que elas fossem aprovadas.[6]
Elenco
[editar | editar código-fonte]Ator[2] | Personagem |
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Juca de Oliveira | João Gibão (João Evangelista Vianna) |
Sônia Braga | Marcina Moreira |
Yoná Magalhães | Zélia Tavares |
Antônio Fagundes | Lua Viana |
Dina Sfat | Risoleta |
Ary Fontoura | Professor Aristóbulo Camargo |
Wilza Carla | Dona Redonda / Dona Bitela (irmã) |
Castro Gonzaga | Zico Rosado |
Sebastião Vasconcelos | Tenório Tavares |
Eloísa Mafalda | Maria Aparadeira |
Pedro Paulo Rangel | Dirceu |
Milton Moraes | Carlito Prata |
Ana Maria Magalhães | Dalva Rosado |
Rafael de Carvalho | Seu Cazuza Moreira |
Elza Gomes | Pupú (Eponina Camargo) |
Lídia Costa | Leocádia Viana |
Ana Ariel | Dona Santinha Rosado |
Francisco Dantas | Padre Romeu |
Marília Barbosa | Bia |
Wellington Botelho | Seu Encolheu |
Darcy de Souza | Juju Pimenta (Julieta) |
Carlos Gregório | Petronílio |
Natália do Valle | Dora |
Stênio Garcia | Detetive Geraldo |
Alzira Andrade | Fernanda |
Cosme dos Santos | Giuseppe |
Reynaldo Gonzaga | Epaminondas |
Maria Pompeu | Ana Bruta |
Ivan de Albuquerque | Germano |
Brandão Filho | Maestro Cursino |
Lajar Muzuris | Maestro Totó |
Maria Helena Velasco | Emília |
Jorge Gomes | Nato |
Teresa Cristina Arnaud | Dulce |
Germano Filho | Alcebíades |
Alciro Cunha | Firmino |
Chica Xavier | Maria das Dores |
José Augusto Branco | Rochinha |
Wanda Kosmo | Dona Fifi |
Participações especiais
[editar | editar código-fonte]Fonte: Teledramaturgia[2]
- Milton Gonçalves - Disgramado
- Francisco Cuoco - Tiradentes
- Carlos Eduardo Dolabella - Homão
- Ziembinski - Monsenhor Dagoberto
- Tarcísio Meira - D. Pedro I
- Apolo Correia - presidiário
- Augusto Olímpio - Hominho
- César Augusto - policial
Trilha sonora
[editar | editar código-fonte]Fonte: Teledramaturgia[2]
- Capim Novo - Luiz Gonzaga
- Sou o Estopim - Sônia Braga
- Malaksuma - Geraldo Azevedo
- Pra Não Morrer de Tristeza - Ney Matogrosso
- Canção da Meia-noite - Almôndegas
- Borboleta Sabiá - Alceu Valença
- Pavão Mysteriozo - Ednardo
- Chão Pó Poeira - Gonzaguinha
- Jeca Total - Gilberto Gil
- Juritis Borboletas - Geraldo Azevedo
- Bole-Bole - Wálter Queiróz
- Caso Você Case - Marília Barbosa
- Xamêgo - Fafá de Belém
Referências
- ↑ Evento promove debate sobre Saramandaia em programação paralela da Flip
- ↑ a b c d «Saramandaia - 1976». Teledramaturgia. Consultado em 15 de dezembro de 2015
- ↑ a b Globo, Memória. «Saramandaia 1.ª versão»
- ↑ «Saramandaia repaginada será gravada a partir de 1º de abril». Consultado em 29 de dezembro de 2013
- ↑ «"Saramandaia" de 1976 era nordestina e mais politizada». F5. 24 de junho de 2013. Consultado em 31 de outubro de 2021
- ↑ Nilson Xavier (19 de janeiro de 2019). «20 casos absurdos de censuras às novelas na ditadura militar». UOL. Consultado em 31 de outubro de 2021