Tito Aureliano
Tito Aureliano | |
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Nome completo | Tito Aureliano Neto |
Nascimento | 28 de dezembro de 1989 (34 anos) Recife, Pernambuco |
Nacionalidade | brasileiro |
Cônjuge | Aline Ghilardi |
Educação | Universidade Estadual de Campinas |
Ocupação | Paleontólogo, geólogo, pesquisador, escritor, divulgador científico |
Tito Aureliano Neto, ou simplesmente Tito Aureliano (Recife, 28 de dezembro de 1989), é um paleontólogo, pesquisador, divulgador científico e escritor brasileiro.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Apesar de nascido na cidade de Recife, Tito passou a morar em Brasília ainda criança, com os pais e a irmã. Durante a infância, começou a se interessar pela área de paleontologia.[1] Teve passagem pela Universidade de Brasília (UnB),[2] até que completou sua graduação em Geologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Mais tarde, fez mestrado e doutorado em Ciências pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). É especialista no estudo de tecidos fossilizados e sua pesquisa de doutorado foi um estudo da evolução do sistema respiratório de dinossauros por meio da histologia de tecidos fossilizados.[3][4]
Em janeiro de 2010, juntou-se ao blog Colecionadores de Ossos, focado em divulgação científica sobre paleontologia e criado pela cientista Aline Ghilardi.[5] O blog se transformou em canal no YouTube em 2014 e se consolidou como uma das principais produções do gênero no Brasil.[6] Em 2015, Tito lançou o livro Dino Hazard: Realidade Oculta, uma história ficcional que também ganhou versões em espanhol e inglês e uma prequel em RPG eletrônico.[5][7]
No âmbito da pesquisa, Tito participou de pesquisas sobre o super crocodiliano extinto Purussaurus,[8][9][10] e o Sousatitan.[11] Ele e seus colegas descreveram os primeiros parasitas fossilizados encontrados dentro dos canais vasculares de um dinossauro, ao mesmo tempo em que descreveram o desenvolvimento da osteomielite em tecido ósseo fossilizado de 83 milhões de anos[12] e também a menor espécie de titanossauro conhecida, o Ibirania.[13][14] Possui publicações científicas em revistas de grupos editoriais como Nature, Plos, Wiley e Elsevier.[3][12][15] Também realiza atividades em comunicação científica, e seu estúdio produz material literário, audiovisual e jogos com mais de 200 obras e com distribuição em mais de 40 países [16].
Tito também foi um dos grandes apoiadores da campanha #UbirajaraBelongstoBR, (Ubirajara pertence ao Brasil), uma campanha criada pela paleontóloga Aline Ghilardi para que, 27 anos depois de deixar o Brasil ilegalmente e ir para um museu alemão, o fóssil do dinossauro Ubirajara jubatus voltasse ao seu país de origem.[17][18][19]
Desde 2020, junto à paleontóloga Aline Ghilardi, é um dos coordenadores do DINOlab - Diversity, Ichnology and Osteohistology Laboratory, vinculado à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).[20][21]
Vida pessoal
[editar | editar código-fonte]Tito Aureliano é casado com a paleontóloga Aline Ghilardi[19]. Ele também é bisneto de Rodolfo Aureliano, um dos primeiros desembargadores negros do Brasil.
Obras
[editar | editar código-fonte]- 2012: Mesozoic tales (jogo de tabuleiro);
- 2015: Tolices. Perdição. Enfim, Amor (livro);
- 2016: Dino Hazard: Realidade Oculta (livro);
- 2021: Dino Hazard: Comics - Vol.1 (graphic novel; co-autor junto com Márcio L. Castro)
- 2023: A Ascensão de um Império (livro; co-autor junto com Aline M. Ghilardi)
- 2023: Dino Hazard: Chronos Blackout (jogo eletrônico; co-autor junto com Aline M. Ghilardi)
Referências
- ↑ «O que explica tantos diagnósticos tardios de autismo em adultos». QG. Consultado em 17 de julho de 2023
- ↑ «EP 4 - No mundo dos dinossauros: desafios sociais da universidade». Spotify. Consultado em 17 de julho de 2023
- ↑ a b «Dinosaurs' Air Sacs Evolved Many Times and Let Them Take Over the World». Scientific American (em inglês). Consultado em 17 de julho de 2023
- ↑ «Cientistas brasileiros mostram por que dinossauros cresciam tanto». Veja. Consultado em 17 de julho de 2023
- ↑ a b «Ciência Hoje - Viagem ao Cretáceo». Ciência Hoje. Consultado em 10 de novembro de 2016. Arquivado do original em 13 de setembro de 2017
- ↑ «Como cientistas brasileiros colonizaram o YouTube». BBC Brasil. Consultado em 17 de julho de 2023
- ↑ «Experiência com jogos e autismo é tema de episódio do podcast Lógica Autista». Canal Autismo. Consultado em 17 de julho de 2023
- ↑ Brasil, B. B. C. «Cinco curiosidades sobre 'superjacaré' brasileiro mais forte que tiranossauro». BBC Brasil. Consultado em 30 de dezembro de 2016
- ↑ «Prehistoric caiman's bite 'twice as strong' as T-Rex's». BBC News (em inglês). 26 de fevereiro de 2015
- ↑ «Jacaré do Acre era maior que ônibus e mordia mais forte que tiranossauro - 26/02/2015 - Ciência - Folha de S.Paulo». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 30 de dezembro de 2016
- ↑ «Nova espécie de dinossauro é encontrada no sertão da Paraíba - 25/07/2016 - Ciência - Folha de S.Paulo». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 30 de dezembro de 2016
- ↑ a b «First Evidence of Parasites in Dinosaur Bones Found». Smithsonian Magazine
- ↑ «New brazilian dinosaur». UFRN PRESS
- ↑ Navarro, Bruno A.; Ghilardi, Aline M.; Aureliano, Tito; Díaz, Verónica Díez; Bandeira, Kamila L. N.; Cattaruzzi, André G. S.; Iori, Fabiano V.; Martine, Ariel M.; Carvalho, Alberto B. (15 de setembro de 2022). «A new nanoid titanosaur (Dinosauria: Sauropoda) from the Upper Cretaceous of Brazil» (em inglês). 59 (5): 317–354. ISSN 1851-8044. doi:10.5710/AMGH.25.08.2022.3477
- ↑ «Cinco curiosidades sobre 'superjacaré' brasileiro mais forte que tiranossauro». BBC. Consultado em 17 de julho de 2023
- ↑ «Divulgadores de ciência fortalecem redes e diversificam atuação». Revista FAPESP
- ↑ «Após campanha, Brasil retoma da Alemanha fóssil de 1º dinossauro com penas». Consultado em 6 de agosto de 2022
- ↑ «Rare dinosaur heads home as Germany agrees to return Brazilian fossil». www.science.org (em inglês). Consultado em 6 de agosto de 2022
- ↑ a b «O fóssil é nosso!». piauí. Consultado em 17 de julho de 2023
- ↑ «Team». DinoLab. Consultado em 17 de julho de 2023
- ↑ «"Pint of Science" em Mossoró apresenta a ciência de forma descontraída». Universidade Estadual do Rio Grande do Norte. Consultado em 17 de julho de 2023