Prêmio Belfort Duarte
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O Prêmio Belfort Duarte é uma condecoração a atletas de futebol concedida pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Seu patrono é João Evangelista Belfort Duarte, falecido futebolista.
História
[editar | editar código-fonte]O prêmio foi criado em 16 de agosto de 1945 pelo extinto Conselho Nacional de Desportos e instituído em 1 de janeiro de 1946[1], destinado a jogadores de futebol, amadores ou profissionais[1], que tivessem em suas respectivas carreiras ao menos duzentos jogos oficiais sem sofrer expulsões ao longo de no mínimo dez anos. Esses jogadores recebiam um diploma, uma medalha e uma carteirinha que concede entrada gratuita em qualquer estádio de futebol no Brasil.[2]
Depois de alguns anos desativado, o prêmio voltou a ser concedido, pela CBF, a partir de 18 de maio de 1995. A entidade, no entanto, fez uma alteração: somente jogadores aposentados poderiam requerer o prêmio, desde que não tivessem sofrido punição.[2]
O jogador Zuza, já falecido, foi homenageado com uma medalha que até hoje não foi entregue. Ele morreu ressentido com o mundo do futebol. Sua maior tristeza, além da derrota do Brasil na final da Copa de 1950 (para o Uruguai, no Maracanã), é de ter conquistado o "prêmio Belfort Duarte", mas não ter recebido o mesmo.[3]
Ganhadores
[editar | editar código-fonte]Nova edição
[editar | editar código-fonte]Em 2008, o Prêmio Belfort Duarte foi recriado pela Rede Globo, destinando-se ao jogador mais bem disciplinado do Campeonato Brasileiro.
Vencedores:
Ano | Jogador | Clube | Faltas | CA | CV | Jogos |
---|---|---|---|---|---|---|
2008 | Ricardinho[4] | Vitória | 7 | 0 | 0 | 25 |
2009 | Gilmar[5] | Náutico | 9 | 1 | 0 | 21 |
Controvérsias
[editar | editar código-fonte]A medida de agraciar apenas aposentados deu-se para impedir que ocorressem casos como o do lateral Everaldo (campeão do mundo com a Seleção Brasileira em 1970), o qual, três meses depois de receber o prêmio, em 1972, deu um soco em um árbitro e acabou suspenso por um ano.[2]
O zagueiro Moisés Matias de Andrade (1948-2008), que defendeu grandes camisas do futebol brasileiro (como Flamengo, Botafogo, Vasco e Corinthians), afirmou certa vez que "zagueiro que se preza não ganha o Belfort Duarte" (1978).[6]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Bola de Prata
- Bola de Ouro
- Prêmio Craque do Brasileirão
- Prêmio Arthur Friedenreich
- Ganhadores da versão original do prêmio
Referências
- ↑ a b "Camisa 12", Placar número 191, 9 de novembro de 1973, Editora Abril, pág. 46
- ↑ a b c "Onde anda o Prêmio Belfort Duarte", Placar número 1160, fevereiro de 2000, Editora Abril, pág. 23
- ↑ http://terceirotempo.bol.uol.com.br/que-fim-levou/zuza-o-demonio-loiro-2062
- ↑ «Jogador do Vitória confirma boa conduta em campo e vence Prêmio Belfort Duarte». Globo.com. Globoesporte.globo.com. 8 de dezembro de 2008
- ↑ «Gilmar, ex-Náutico, vence Prêmio Belfort Duarte. Uelliton é o mais indisciplinado». Globo.com. Globoesporte.globo.com. 8 de dezembro de 2009
- ↑ «Folha de S.Paulo - Moisés Matias de Andrade (1948-2008): O xerife fez a fama com a boca e os pés - 05/09/2008». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 14 de junho de 2024