Ur-Namu

Ur-Namu

𒌨𒀭𒇉
Grande Rei
Rei de Ur
Rei da Suméria e Acádia
Ur-Namu
Entronização de Ur-Namu
Reinado 2 112 a.C. - 2 095 a.C.
Antecessor(a) Utuegal
Sucessor(a) Sulgi
Cônjuge Uatartum
Descendência
Sulgi
Enirgalana
Nome de Ur-Namu em sumério

Ur-Namu[1] (Ur-Nammu), "pai de Sulgi", foi o fundador da terceira dinastia de Ur e reinou de 2 112 a 2 095 a.C. Por volta de 2 100 a.C., expulsou os gútios e reunificou a região da Mesopotâmia que estava sob o controle dos acádios. Foi um rei enérgico, que construiu os famosos zigurates e promoveu a compilação das leis do direito sumério.

Estela de Ur-Namu que mostra a dedicação do rei ao Templo de Nim-Sum em Ur.

Ur-Namu foi o ambicioso governador de Ur[2] na época em que seu antecessor Utuegal reinava a partir de Uruque, de quem usurpou o reino em 2 112 a.C. e governou por volta de 18 anos.[3] Dezessete dos nomes de ano de seu reinado são conhecidos, mas a ordem deles é incerta.[4] Iniciou seu reinado atacando e matando Namani, genro de Ur-Bau de Lagas, que evidentemente estava invadindo o território de Ur, sem dúvida com a ajuda de seus senhores gútios.[3] O nome de um ano de seu reinado registra a devastação de Gutium, enquanto dois parecem comemorar suas reformas legais ("Ano em que o rei Ur-Namu ordenou os caminhos (do povo do país) de baixo para cima", "Ano em que Ur-Namu fez justiça na terra".[4]

O Código de Ur-Namu (cerca de 2 040 a.C.), surgido na Suméria, descreve costumes antigos transformados em leis e a enfatização de penas pecuniárias para delitos diversos ao invés de penas tálicas.[5][falta página] Considerado um dos mais antigos de que se tem notícias, no que diz respeito a lei, foi encontrado nas ruínas de templos da época do rei Ur-Namu, na região da Mesopotâmia (onde fica o Iraque atualmente).[carece de fontes?]

Ur-Namu, que reinou no período que se estendeu entre 2112 a 2 095 a.C., morreu em batalha e foi sucedido no trono pelo seu filho Sulgi.[7][8]

Precedido por
1º Rei da Terceira dinastia de Ur
2 112 a.C. - 2 095 a.C.
Sucedido por
Sulgi

Referências

  1. Mies 2001, p. 23.
  2. Hallo 2010, p. 195.
  3. a b Kramer 2010, p. 69.
  4. a b CDLI.
  5. Durant 1935.
  6. Silva 1999, p. 65.
  7. Launderville 2003, p. 133.
  8. Nemet-Nejat 1998, p. 26.
  • Durant, W. (1935). Our Oriental Heritage: The Story of Civilization. Nova Iorque: Simon and Schuster 
  • Hallo, William W. (2010). The World's Oldest Literature: Studies in Sumerian Belles-Lettres. Leida: Brill 
  • Kramer, Samuel Noah (2010). The Sumerians: Their History, Culture, and Character (em inglês). Chicago: Imprensa da Universidade de Chicago. ISBN 978-0-226-45232-6 
  • Silva, Américo Luís Martins da (1999). O dano moral e a sua reparação civil. São Paulo: RT 
  • Launderville, Dale (2003). Piety and Politics: The Dynamics of Royal Authority in Homeric Greece, Biblical Israel and Old Babylonian Mesopotamia. Grand Rapids, Michigão; Cambrígia: William B. Eerdmans 
  • Mies, François (2001). Bíblia e direito - O espírito das leis. São Paulo: Edições Loyola 
  • Nemet-Nejat, Karen Rhea (1998). Daily Life in Ancient Mesopotamia. Westport, Connecticut; Londres: Imprensa Greenwood