Villa Romana do Montinho das Laranjeiras
Villa romana do Montinho das Laranjeiras | |
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Tipo | Villa (Villa rústica romana) |
Início da construção | Século I a.C. |
Restauro | Século VI - século VII (alterações significativas) Século XII - século XIII (alterações significativas) |
Proprietário(a) inicial | Império Romano |
Função inicial | Privado |
Proprietário(a) atual | Estado Português |
Função atual | Cultural |
Património de Portugal | |
Ano | 29 de Abril de 1997 |
DGPC | 73544 |
SIPA | 6441 |
Geografia | |
País | Portugal |
Localização | Alcoutim e Pereiro |
Coordenadas | 37° 24′ 16″ N, 7° 27′ 38″ O |
Localização em mapa dinâmico |
A Villa romana do Montinho das Laranjeiras, igualmente conhecida como Ruínas do Montinho das Laranjeiras, é um conjunto de ruínas romanas situado junto à localidade de Montinho das Laranjeiras, na freguesia de Alcoutim e Pereiro, no Município de Alcoutim, no Distrito de Faro, em Portugal.[1]
A Villa romana do Montinho das Laranjeiras está classificada como Sítio de Interesse Público desde 2013.[1]
Descrição
[editar | editar código-fonte]O sítio arqueológico situa-se junto ao Rio Guadiana, cerca de 10 Km a Sul da localidade de Alcoutim,[2] entre as localidades de Laranjeiras e Montinho das Laranjeiras,[3] tendo acesso pela Estrada Municipal 507.[2]
Consiste principamente numa villa do período romano com uma pars fructuaria, zona produtiva relacionada com a agricultura, possuindo igualmente uma ecclesia, local de culto do visigótico, e vários buyut, edifícios residenciais muçulmanos.[2] A ecclesia foi edificada em forma de cruz, numa imitação do Mausoléu de Gala Placídia, na província de Ravena, em Itália.[2] Devido às grandes dimensões do núcleo habitacional islâmico, este pode ter constituído um funduq ou uma hospedaria, que era utilizada pelos comerciantes que navegavam pelo rio.[2] O complexo também inclui várias sepulturas, e uma piscina de reduzidas dimensões revestida com mosaicos pintados.[2][3]
História
[editar | editar código-fonte]O sítio foi habitado durante três ciclos distintos de ocupação desde o século I a.C. até aos séculos XI ou XII d.C., correspondendo aos períodos romano, visigótico e muçulmano.[2] Durante a primeira fase, terá sido principalmente um entreposto no Rio Guadiana, fazendo trocas comerciais com os mercadores que viajavam ao longo do rio até à cidade de Mértola.[2] Posteriormente, nos fins do século VI ou princípios do século VII, durante o domínio Bizantino, foi construído o templo cruciforme.[2] A terceira e última fase é referente à presença de diversos edifícios residenciais, que terão sido habitados entre os séculos XII e XIII, no período Almóada, de acordo com os vestígios de cerâmica encontrados no local.[2]
Foi descoberto na sequência de grandes cheias no Rio Guadiana em 1876, tendo sido investigado em Março do ano seguinte pelo arqueólogo Estácio da Veiga, que o identificou como uma villa romana.[2] As escavações prosseguiram na década de 1990, permitindo verificar que o sítio arqueológico não tinha sido ocupado apenas durante o domínio romano, mas que a sua utilização tinha prosseguido durante os períodos visigótico e islâmico.[2]
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Vilas e Aldeias do Algarve Rural 2ª ed. Faro: Globalgarve/Alcance/In Loco/Vicentina. 2003. 171 páginas. ISBN 972-8152-27-2
Referências
Ligações externas
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