Xiphosura

Xiphosura
Intervalo temporal:
OrdovicianoPresente
445–0 Ma
Limulus polyphemus
Classificação científica e
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Chelicerata
Clado: Prosomapoda
Ordem: Xiphosura
Latreille, 1802
Grupos

Xiphosura é uma ordem de artrópodes merostomados das águas rasas asiáticas e da América do Norte. Apresentam um corpo divido em prossoma e opistossoma com carapaça arqueada em forma de ferradura e pernas com sete artículos (coxa, trocanter, fêmur, patela, tíbia, tarso e pré-tarso).[1]

Límulos, caranguejos-ferradura. Considerados fósseis vivos, as cinco espécies de Xiphosura pertencem a três gêneros geograficamente distintos, todos incluídos na família Limulidae. Nordeste da América do norte; Limulus (L. polyphemus) e no sudeste da Ásia; Tachypleus (T. tridentatus) e Carcinoscorpius coletado apenas na Malásia, no Sião e nas Filipinas. Habitam águas marinhas rasa, geralmente sobre fundos arenosos límpidos onde rastejam e se enterram se alimentando de detritos.[2]

Características

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O prossoma, maior do que o opistossoma, é composto por seis segmentos fusionados, que são constituídos por seis apêndices, sendo eles: 5 pernas e uma quelícera triarticulada. Entre as pernas do prossoma está localizado o espaço bucal, que atrás do mesmo está o endóstomio, também denominado de placa esternal, que é continuo até os quilários, par de apêndices reduzidos seguinte ao último par de pernas com função ainda não conhecida.[1]

Opistossoma composto por 9 segmentos fundidos e 7 apêndices, que como o prossoma tem uma carapaça recobrindo-o, com um par de quilários, seis pares de apêndices laminares, sendo o primeiro par fundido medianamente e formando um opérculo genital sobre os gonóporos, e os últimos cinco pares natatórias, adaptadas com patas braquíferas (ou lamelas branquiais).[1]

Seguinte ao opistossoma, situa-se o télson, uma estrutura móvel e extensa que pode chegar a uma tamanho maior que o restante do corpo de um xifosuro. Apesar do formato semelhante a espinho, o télson não é utilizado contra predados ou para capturar presas, sendo ausente de veneno e funcional para locomoção.[1]

Pedipalpos e pernas com quelas, IV par de pernas chanfrado na posição distal para apoio em substratos moles. Possuem gnatobases nos ênditos da coxas dos pedipalpos e dos três primeiros pares de pernas. E flabelos para limpeza das brânquias partindo das coxas do IV par de pernas.[2]

Os límulos costumam migrar em grande quantidade para as praias próximas durante a época de acasalamento. As fêmeas depositam seus ovos, que variam entre 60 mil a 120 mil ovos, em buracos cavados por elas, quais são fertilizados pelos machos posteriormente. Em média de duas semanas após a fertilização, esses ovos eclodem e as larvas seguem em direção ao mar, quando sobrevivem a predação, principalmente as realizadas por pássaros.[3]

Uma característica marcante do grupo é a coloração azul do sangue. Essa ocorrência é devido a presença da proteína hemocianina que possui cobre na composição, que na combinação com oxigênio carregado pela célula gera a colação azul no sangue dos límulos.[3]

Os Limulus possui um sangue de grande valor para a industria farmacêutica, pois é usado na detecção de endotoxinas bacterianas. O sangue do Limulus coagula quando entra em contato com as endotoxinas liberadas pelas bactérias, essas endotoxinas são substâncias tóxicas ao serem humanos, devido isso o grande valor econômico.[3]

Classificação

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A concepção antiga, incluindo a subordem fóssil Synziphosurida, foi considerada parafilética em relação aos aracnídeos. Alguns géneros desta subordem são agora colocados dentro de Planaterga, com Arachnida e Eurypterida, e outros como simples Chelicerata. A classificação mais moderna do grupo, separando os Limulidae modernos, é a seguinte:[4]

Referências

  1. a b c d Fransozo, Adilson & Fransozo, Maria Lucia Negreiros (2016). Zoologia dos Invertebrados. Rio de Janeiro: Editora Roca 
  2. a b Brusca, R.C. & Brusca, G.J. (2007). Invertebrados. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan S.A. 
  3. a b c «Sangue real». Histórias Naturais. 1 de fevereiro de 2012. Consultado em 30 de junho de 2016 
  4. Lamsdell, James. «Revised systematics of Palaeozoic 'horseshoe crabs' and the myth of monophyletic Xiphosura» (em inglês) .
  5. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1475-4983.2007.00746.x/full