Apocrita

Apocrita
Intervalo temporal:
Jurássico Inferior – presente
–Recente
Seleucus cuneiformis (Ichneumonidae)
Vespula germanica (Vespidae)
Classificação científica e
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Hymenoptera
Subordem: Apocrita
Gerstaecker, 1867
Subgrupos

Apocrita é uma subordem de insetos, sendo o grupo mais recente na história evolutiva de himenópteros. Incluem-se neste táxon vespas, abelhas e formigas, consistindo-se de muitas famílias. O grupo tem sido historicamente dividido em dois grupos: Parasitica e Aculeata, mas atualmente não tem sido mais assim classificado.[1]

O grupo “Parasitica” ou Terebrantia é um grupo parafilético artificial compreendendo a maioria dos Insecta Hymenoptera, com respectivos membros vivendo como parasitoides. Muitas espécies são minúsculas, com o ovipositor adaptado a pefurar. Em alguns hospedeiros, o parasitoide induz à metamorfose prematuramente e, em outros, isto é prolongado. Há, também, espécies hiperparasíticas. Os “Parasitica” põem seus ovos em outros insetos juvenis (ovos, larvas ou pupas) e as larvas eclodem e se desenvolvem alimentando-se do hospedeiro. Muitas dessas vespas parasitoides são utilizadas como controle biológico de pragas da agropecuária.

O grupo “Aculeata” é um grupo monofilético que inclui espécies em que o ovipositor das fêmeas é modificado em um ferrão para injetar veneno ao invés de pôr ovos. Neste grupo incluem-se as familiares abelhas e formigas e vários tipos de vespas parasitoides e predadoras; aqui estão inclusas todas as espécies de himenópteros eussociais. Entre os aculeados não-sociais e não-parasitoides, larvas alimentam-se de presas capturadas (normalmente com vida e paralisadas) ou podem alimentar-se de pólen ou de néctar. Os aculeados eussociais alimentam-se de presas (algumas vespas), ou pólen e néctar (abelhas), ou sementes, fungos e até mesmo ovos inviáveis (formigas).

Região tóraco-abdominal

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Os caracteres distintivos dos Apocrita estão na estrutura morfológica na região torácica e abdominal, marcantemente modificada ao que se refere à estrutura típica do corpo dos Insecta:

  • O primeiro segmento abdominal, também chamado de propodeu, converge a formar a região do tórax: assumindo a fisionomia de um quarto segmento torácico, é extremamente conexo ao metatórax, distinguindo-se morfologicamento do resto do abdome.
  • O abdome é dividido em duas regiões morfológicas: anteriormente o pecíolo, posteriormente o gastro. O pecíolo assume a forma de um pedúnculo estreito, mais ou menos alongado, que conecta o restante do abdome ao tórax. A formação do pecíolo dá-se pelo segundo ou o segundo e terceiro segmento abdominal. Por conseguinte o abdome aparente, o gastro, forma-se pelo restante dos segmentos, a partir do terceiro ou do quarto.

Em alguns Apocrita, pertencentes à superfamília dos Chalcidoidea, o pecíolo é tão reduzido ao ponto que o abdome aparenta-se séssil. Em todos os outros Hymenoptera Apocrita o abdome é visivelmente pedunculado e em alguns grupos sistemáticos o pecíolo alcança um notável comprimento.

Outra característica morfológica distintiva dos Apocrita reside na estrutura do ovipositor. A formação desse órgão dá-se pelo oitavo e nono segmento abdominal. Morfologicamente apresenta-se composto por dois pares do processo latero-ventral aos quais são conexos três pares de processos chamados válvulas particularmente desenvolvidas em comprimento. Os processos laterais são distintos em dois pares de vavífero, formados respectivamente dos dois segmentos abdominais. No primeiro par de valvíferos conectam-se duas expansões laminares de forma quadrangular, chamadas lâminas quadradas. As válvulas são respectivamente denominadas primeiras, segundas e terceiras válvulas. As primeiras válvulas são fundidas a formar uma bainha na qual percorre o par das segundas válvulas. As terceiras válvulas formam um tipo de estojo alongado que contém as outras válvulas. As primeiras e segundas válvulas são esclerotizadas e formam um órgão, chamado terebra, no grau de penetrar, às vezes, tecidos vegetais particularmente resistentes como o lenho ou o córtex das árvores, a cutícula de outros insetos, a epiderme de mamíferos.

Em alguns grupos sistemáticos, reunidos na seção dos "Terebrantia", a terebra é particularmente alongada e usada como ovipositor. Estes Apocrita, por maior parte parasitas de outros Arthropoda, estão na situação de perfurar com a tenebra matérias também de notável espessura e depositar os ovos em profundidade também a alcançar as vítimas. Nos Apocrita restantes, reunidos na antiga seção dos “Aculeata”, a abertura genital feminina é fisicamente distanciada da base do ovipositor e a tenebra perdeu sua função primitiva transformando-se em um órgão de defesa, denominado acúleo ou ferrão. O ferrão está retraído no abdome e everte no momento do uso.

Aparelho bucal

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O aparelho bucal é mastigador ou mastigador-lambedor ou mastigador-sugador. Em alguns grupos (Apoidea) as mandíbulas perderam todas funções e são utilizadas para outros propósitos, como órgão de trabalho ou de ransporte, deixando à língula a função de receber alimento líquido (aparato bucal secundariamente sugador ou lambedor).

Os Apocrita têm um variado regime alimentar. Os adultos podem nutrir-se de líquidos açucarados, com dieta eventualmente integrada com pólen, ou são carnívoros, ou onívoros. Poucos são fitófagos.

Estado juvenil

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As larvas são ápodes e anoftalmas e morfologicamente simplificada (vermiforme), incapazes de vida autônoma. Nas formas parasitas desenvolvem-se dentro de um hospedeiro, os fitófagos desenvolvem-se internamente dos tecidos vegetais (frequentemente formando galha, ou dentro de um “ninho” feito pela fêmea ou por uma comunidades nas formas sociais.

A alimentação das larvas que se desenvolvem em ninhos é feita através da ajuda de adultos e a dieta é baseada em sua vítima predada ou material vegetal ou líquido açucarado enriquecido de pólen (mel).

Famílias e superfamílias

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  1. «Apocrita». Fauna Europaea (em inglês). Consultado em 2 de janeiro de 2022