Cosmic Background Explorer

Cosmic Background Explorer
Organização Estados Unidos NASA
Principal contratante Estados Unidos Goddard Space Flight Center
Tipo de missão Cosmologia física
Satélite Terrestre
Lançamento 18 de novembro de 1989 em Delta (originalmente planejado para lançamento do Space Shuttle em 1988)
Duração da Missão ~4 anos
Massa 2270 kg
NSSDC ID 1989-089A
Website lambda.gsfc.nasa.gov/product/cobe
Elementos orbitais
Periélio 900,2 km
Excentricidade 0,0006 - 0,0012
Inclinação 99,3°
Período orbital 103 minutos
Ascensão reta do nó orbital 105°
Argumento do pericentro 165°
Instrumentos
DIRBE Diffuse Infrared Background Experiment
FIRAS Far-InfraRed Absolute Spectrophotometer
DMR Differential Microwave Radiometer

O Cosmic Background Explorer (COBE, Explorador do Fundo Cósmico), também referenciado como Explorer 66, foi o primeiro satélite construído dedicado à cosmologia. Seu objetivo era investigar a radiação cósmica de fundo do universo e fornecer medidas que pudessem ajudar na compreensão do cosmos. Foi lançado em 1989.[1]

A radiação cósmica de fundo é um ruído cosmológico que pode ser compreendido como um "fóssil" de uma época em que o universo era muito novo. Ele é proveniente da separação da interação entre a radiação e matéria (época chamada de recombinação). Nenhum dado cosmológico registra informações de um estado tão novo do universo, sendo assim, fica claro a importância dos dados obtidos pelo COBE.[2]

Concebido desde a década de 1970, o COBE deveria ter sido lançado pelo Space Shuttle. A explosão do Challenger, em 1986, motivou a suspensão do programa espacial nos Estados Unidos e o lançamento do COBE aconteceu apenas em 1989. "Neste intervalo de tempo alguns dos instrumentos do COBE foram lançados em balão estratosférico a partir do Brasil, conseguindo mesmo observar uma boa parte do céu e providenciando os necessários testes experimentais".[3]

Descobertas do satélite COBE

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As descobertas do Satélite COBE foram muitas, entre as principais, se destaca a descoberta de um universo bastante isotrópico e que a matéria também teve um inicio, ou seja, ela não existia desde sempre. De acordo com o Comitê do Prêmio Nobel, "o projeto pode também ser considerado como o ponto de partida para a cosmologia como uma ciência precisa".[4]

Os dois principais investigadores do COBE, George Smoot e John Mather, receberam o Prêmio Nobel de Física em 2006. Os cientistas anunciaram que o COBE proporcionou fortes indicações, até então, da exatidão da teoria da criação do universo conhecida como a teoria do big bang.[2] As observações do COBE revelaram que o universo tinha a mesma temperatura em todos os comprimentos de onda observados e em todas as direções.[5]

Referências

Ligações externas

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