Império Máuria
Império Máuria Império Maurya • मौर्य साम्राज्य | |||||||||
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Mapa do Império Máuria em sua maior extensão, c. 250 a.C. | |||||||||
Coordenadas de Pataliputra | |||||||||
Continente | Ásia | ||||||||
Região | Subcontinente indiano | ||||||||
Capital | Pataliputra | ||||||||
Países atuais | Afeganistão Bangladexe Índia Irão Nepal Paquistão | ||||||||
Idiomas | línguas índicas antigas, nomeadamente prácrito, magádi e sânscrito | ||||||||
Religiões | hinduísmo budismo jainismo ajivica | ||||||||
Moeda | pana | ||||||||
Forma de governo | monarquia absoluta | ||||||||
Imperador | |||||||||
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Período histórico | Antiguidade | ||||||||
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Área | |||||||||
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Estados antecessores e sucessores |
O Império Máuria ou Mauria (em sânscrito: मौर्य साम्राज्य; romaniz.: Maurya sāmrājya) foi um poderoso Estado geograficamente extenso da Idade do Ferro da Índia, governado pela dinastia Máuria (मौर्य राजवंश) entre 322 a.C. e 185 a.C.. Originário do Reino de Mágada na planície Indo-Gangética (moderna Bihar e Utar Pradexe) no lado oriental do subcontinente indiano, o império tinha sua capital em Pataliputra (moderna Patna).[1][2] O império foi fundado em 322 a.C. por Chandragupta Máuria que tinha derrubado a dinastia do Império Nanda e rapidamente expandiu seu poder para Ocidente através da Índia Central e Ocidental, tomando vantagem das disputas dos poderes locais na esteira da retirada dos exércitos gregos de Alexandre, o Grande. Por 316 a.C., o império tinha ocupado completamente o Noroeste da Índia, derrotando e conquistando os sátrapas deixados por Alexandre.[carece de fontes] Chandragupta então derrotou a invasão liderada por Seleuco I Nicátor, um general do exército de Alexandre, ganhando territórios adicionais a oeste do rio Indo.[nt 1]
O Império Máuria foi um dos maiores impérios do mundo em sua época,e o maior da história do subcontinente indiano. Em sua maior extensão, o império se estendia do norte ao longo das fronteiras naturais do Himalaia, para o leste em Assam, para o oeste além do moderno Paquistão e nas montanhas Indocuche do que é hoje o Afeganistão. O império foi expandido para as regiões Central e sul da Índia[nt 2][nt 3] pelos imperadores Chandragupta e Bindusara, mas excluiu uma pequena porção de regiões tribais e florestadas próximas a Calinga (moderna Orissa), até ser conquistado por Asoca.[nt 4] Declinou ca. 50 anos após o reinado de Asoca terminar, e se dissolveu em 185 a.C. com a fundação do Império Sunga em Mágada por Pusiamitra Sunga.[11]
Sob Chandragupta e seus sucessores, as atividades econômicas como o comércio interno e externo e agricultura prosperaram e e se expandiram através da Índia graças a criação de um único e eficiente sistema de finanças, administração e segurança. Após a Guerra de Calinga, o império experimentou quase meio século de paz e segurança sob Asoca. A Índia Máuria também gozou uma era de harmonia social, transformação religiosa e expansão das ciências e do conhecimento. A adesão de Chandragupta Máuria ao jainismo aumentou a reforma e renovação social e religiosa através de sua sociedade, enquanto a adesão de Asoca ao budismo tem sido considerado como a fundação do reino de paz e não-violência política e social através de toda a Índia. Asoca patrocinou a difusão dos ideais budistas no Seri Lanca, no Sudeste e Sudoeste Asiático e na Europa Meridional.[carece de fontes]
A população do império foi estimada em cerca. 50 - 60 milhões fazendo o Império Máuria um dos impérios mais populosos da Antiguidade.[12] Arqueologicamente, o período máuria na Ásia Meridional coincide com o período tardio da cerâmica preta polida do Norte (CPPN; 300−100 a.C.).[13] O Artaxastra[nt 5] e os Éditos de Asoca são as principais fontes de registros escritos nos tempos máuria.[15] O Capitel do Leão de Asoca em Saranate foi feito o emblema nacional da Índia.[16]
Notas
- ↑ Seleuco cedeu os territórios de Aracósia (moderna Candaar), Gedrósia (moderno Baluchistão) e Paropâmiso (ou Gandara). Ária (atual Herate) "tendo sido erradamente incluída na lista de satrapias cedidas por alguns estudiosos [...] com base em avaliações equivocadas da passagem de Estrabão [...] e uma avaliação de Plínio, o Velho".[3] Seleuco "deve [...] ter mantido Ária", e além disso, seu "filho Antíoco foi ativo lá 15 anos depois".[4]
- ↑ Seri Lanca e as porções mais meridionais da Índia (moderna Tamil Nadu e Querala) permaneceram independentes, apesar da influência diplomática e cultural de seu vizinho ao norte.[5][6]
- ↑ Se pensava que o império tinha controlado diretamente muito do subcontinente indiano exceto o extremo sul, mas as suas regiões centrais são agora pensadas como tendo sido separadas por grandes regiões tribais (especialmente na península do Decão) que foram relativamente autônomas.[7][8] "A maior parte do Decão foi governada pela [administração máuria]. Mas na faixa de terra em ambas as margens do Narmada, o Godavari e o alto Maanadi, havia, com toda a probabilidade, certas áreas que estava tecnicamente fora dos limites do império propriamente. Asoca evidentemente desenha uma distinção entre as florestas e as tribos que estão nos domínios (vijita) e os povos na fronteira (anta avijita) em benefício de quem alguns éditos especiais foram emitidos. Certas tribos vassalas são especialmente mencionadas."[9]
- ↑ Calinga foi conquistada durante o Império Nanda, mas subsequentemente tornou-se livre até ser reconquistada por Asoca, ca. 260 a.C..[10]
- ↑ É duvidoso se, na sua forma atual, [o Artaxastra] é tão antigo quanto o tempo do primeiro Máuria", um vez que provavelmente contém camadas de texto variando dos tempos máuria até tão tarde quanto o século II d.C. No entanto, "através de um trabalho comparativo posterior, ele pode ser usado [...] para confirmar e complementar a informação recolhida de fontes anteriores."[14]
Referências
- ↑ Kulke 2004, p. xii, 448.
- ↑ Thapar 1990, p. 384.
- ↑ Raychaudhuri 1996, p. 594.
- ↑ Grainger 2014, p. 109.
- ↑ Schwartzberg 1992, p. 18.
- ↑ Kulke 2004, p. 68.
- ↑ Kulke 2004, p. 68-71.
- ↑ Stein 1998, p. 74.
- ↑ Raychaudhuri 1996, p. 275-276.
- ↑ Raychaudhuri 1996, p. 204-209; 270-271.
- ↑ Jaguaribe 2001, p. 78.
- ↑ Boesche 2003, p. 11.
- ↑ Olivette 2006, p. 33.
- ↑ Raychaudhuri 1996, p. 246-247.
- ↑ Boesche 2003, p. 16.
- ↑ «State Emblem» (em inglês). Consultado em 11 de julho de 2014. Arquivado do original em 3 de março de 2016
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Boesche, Roger (2003). The First Great Political Realist: Kautilya and His Arthashastra. Lanham-Seabrook, Boulder, Nova Iorque e Oxford: Lexington Books. ISBN 9780739106075
- Grainger, John D. (2014). Seleukos Nikator: Constructing a Hellenistic Kingdom. Londres: Routledge
- Jaguaribe, Hélio (2001). Um estudo crítico da história, Volume 2. Rio de Janeiro: Paz e Terra
- Kulke, Hermann; Rothermund, Dietmar (2004). A History of India. Londres: Routledge. ISBN 0-415-32920-5
- Olivette, Patrick (2006). Between the Empires : Society in India 300 BCE to 400 CE: Society in India 300 BCE to 400 CE. Oxford: Oxford University Press. ISBN 0199775079
- Raychaudhuri, H. C.; Mukherjee, B. N. (1996). Political History of Ancient India: From the Accession of Parikshit to the Extinction of the Gupta Dynasty. Oxford: Oxford University Press
- Schwartzberg, J. E. (1992). A Historical Atlas of South Asia. Oxford: Oxford University Press
- Stein, Burton (1998). A History of India. Oxford: Wiley-Blackwell
- Thapar, Romila (1990). A History of India, Volume 1. Nova Déli e Londres: Penguin Books. ISBN 0-14-013835-8