Gangrena gasosa
Gangrena gasosa | |
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Fotografia de um paciente com gangrena gasosa em sua perna direita, antes de ser amputada. | |
Especialidade | infecciologia |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | A48.0 |
CID-9 | 040.0 |
CID-11 | 1920227791 |
DiseasesDB | 31141 |
MedlinePlus | 000620 |
eMedicine | med/843 emerg/211 med/394 |
MeSH | D005738 |
Leia o aviso médico |
Gangrena gasosa, Mionecrose clostrídica ou Infecção clostrídica dos tecidos é uma forma grave de gangrena (necrose tecidual) causada por uma infecção por uma bactéria que produz exotoxinas e gás, o Clostridium perfringens ou Clostridium novyi. Trata-se de uma emergência médica.
Causa
[editar | editar código-fonte]A gangrena gasosa resulta de infecção muscular por Clostridium perfringens, espécie bacteriana que em condições anaeróbicas (sem oxigênio), produz toxinas que causam necrose do tecido e sintomas associados. Essa bactéria pode ser flora normal de intestino, só causando problema quando infecta outras regiões. A gangrena gasosa geralmente ocorre nos locais traumatizados ou em ferida cirúrgica recente, iniciando-se repentinamente e tem caráter grave. Pessoas com diabetes mellitus, aterosclerose ou câncer do cólon são mais vulneráveis a desenvolver essa infecção.[1]
Sinais e sintomas
[editar | editar código-fonte]A inflamação começa apresentando um inchaço tecidual no local da infecção, extremamente doloroso, de cor pálida passando para um vermelho-acastanhado. Pressionando-se a área inchada, pode-se sentir uma sensação crepitante, revelando a presença do gás no tecido. As beiradas da área infectada expandem-se em poucos minutos, de forma tão rápida que as alterações são visíveis. O tecido afetado fica completamente destruído.
As espécies de Clostridium produzem diversos tipos de toxinas, quatro das quais (alfa, beta, ípsilon e jota) são fatais. Causam também necrose tecidual, destruição dos glóbulos vermelhos do sangue (hemólise), diminuição da circulação local (vasoconstrição) e infiltração nos vasos sangüíneos (aumento da permeabilidade vascular). Essas toxinas são responsáveis tanto pelo destruição dos tecidos locais, como pela sintomatologia sistêmica (sintomas gerais).
Os sintomas sistêmicos se manifestam desde o início da infecção e consistem em sudorese, febre e ansiedade. Se o paciente não receber tratamento, manifestam-se: choque, síndrome caracteriza por queda da pressão sangüínea (hipotensão), insuficiência renal, coma e por fim, óbito.
Tratamento
[editar | editar código-fonte]A gangrena gasosa pode ser tratada através de desbridamento cirúrgico, em que se retira todo tecido necrosado e pode envolver amputação, acompanhados de antibióticos intravenosos como penicilina e analgésicos fortes. Pode-se complementar com oxigenoterapia hiperbárica para inibir o crescimento das bactérias patológicas.[2]