Basalto picrítico

Basalto picrítico do Piton de la Fournaise

Basalto picrítico, picrobasalto ou oceanito é uma variedade de basalto olivínico de alto magnésio que é muito rico em olivina. É escuro com fenocristais de olivinas (20 a 50%) amarelo esverdeadas e piroxenas preta-marrom-escuras, sendo a maioria augita.

O basalto picrítico rico em olivina que ocorre com os basaltos toleíticos mais comuns de Kīlauea e os outros vulcões do Arquipélago do Havaí são resultados da acumulação de cristais de olivina em uma porção de câmara magmática ou em um lago de lava.[1] A composição dessas rochas são bem representadas por misturas de olivina e basaltos toleíticos mais típicos.

O nome "picrito" pode ser também aplicado a um álcali-basalto rico em olivina: tais picritos são largamente constituídos de fenocristais de olivina e augitas ricas em titânio com menores quantidades de plagioclase em uma matriz de augita, além de plagioclase sódica e talvez analcita e biotita.

Picritos e komatiitos são um pouco parecidos quimicamente, mas a diferença é que as lavas komatiíticas são produtos de derretimentos mais ricos em magnésio, e bons exemplos exibem a textura spinifex.[2] Em contraste, picritos são ricos em magnésio porque cristais de olivinas acumulam mais magnésio em derretimentos normais por processos magmáticos. Komatiitos são muito restritos ao período Arqueano.

Quando o termo oceanito foi inicialmente apresentado por Antoine Lacroix, foi usado para se aplicar somente a basaltos com mais de 50% de teor olivínico (ocorrência extremamente rara). Basalto picrítico é encontrado nas lavas de Mauna Kea e Mauna Loa no Hawaiʻi[3], em Curaçao, no vulcão Piton de la Fournaise[4] situada em Reunião, e em várias outras ilhas oceânicas vulcânicas.

  • Basalto picrítico tem sido irrompido em tempos históricos de Mauna Loa, durante as erupções de 1852 e 1868 (vindo de diferentes flancos de Mauna Loa)[5].
  • Basalto picrítico com 30% de olivina geralmente irrompe em Piton de la Fournaise. [6]

Usos mais comuns

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O basalto olivínico é largamente usado por fundições, fabricantes e usuários de caldeiras, para proteger a área em torno do bico queimador ou para proteger o chão de metal derretido e similares. Seu uso nesta maneira é apropriada, já que a olivina é altamente refratária, um mineral de alto ponto de fusão.

  • Carmichael, Ian S. E., Turner, Francis J., and Verhoogen, John; (1974) Igneous Petrology, McGraw-Hill, pp. 406 – 426.
  • Metrich, Nicole, Françoise Pineau and Marc Javoy, 1988, Volatiles : Mantle Source Characterization and Degassing Process for Hot Spot Volcanism - The Piton de la Fournaise (Reunion Island) Example, http://www.the-conference.com/JConfAbs/1/88.html acessado em 18 de Fevereiro de 2006.
  • Kerr, A. C. (1997) What is the difference between a komatiite and a picrite? http://www.le.ac.uk/geology/ack2/komatiite/difference.html acessado em 22 de Agosto de 2005.
  • Le Maitre, L.E., ed., (2002) Igneous Rocks: A Classification and Glossary of Terms 2nd edition, Cambridge.
  • Rhodes, J. M., (1995) The 1852 and 1868 Mauna Loa Picrite Eruptions Geophysical Monograph Series, vol. 92, AGU, Abstract acessado em 18 de Fevereiro de 2006.
  • Wilkenson, J.F.G., and Hensel, H. D., 1988, The petrology of some picrites from Mauna Loa and Kilauea volcanoes, Hawaii: Contrib. Mineralogy and Petrology, v. 98, pp. 326–345.
  • Williams, Howel, Francis J. Turner, and Charles M. Gilbert, 1954, Petrography W. H. Freeman, pp. 40 – 41.