Melipona fuliginosa
Esta página ou seção foi marcada para revisão devido a incoerências ou dados de confiabilidade duvidosa.Junho de 2021) ( |
Manduri-preto | |||||||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Classificação científica | |||||||||||||||||||
| |||||||||||||||||||
Nome binomial | |||||||||||||||||||
Melipona fuliginosa |
Melipona fuliginosa, popularmente conhecida como manduri-preto, uruçu, uruçu-boi,[1] erereú-negra, turuçu ou mel-de-anta,[2] é uma espécie de abelha social da subfamília dos meliponíneos (abelhas sem ferrão). Possui coloração negra, com 13 mm de comprimento, sendo a maior das abelhas desta subfamília, no Brasil, onde está presente em numerosos estados (Amazonas, Pará, Acre, Rondônia, Roraima, Amapá, Maranhão, Mato Grosso. Ocorre também na Argentina (Salta), Bolívia (El Beni, La Paz, Santa Cruz), na Guiana Francesa (Cayenne, Kourou), na Guiana (Cuyuni-Mazaruni), no Suriname (Marowijne), na Venezuela (Amazonas) e Colômbia.
Abelha cleptobiótica ou pilhadora, isto é, saqueia os ninhos de outras espécies, para retirar o mel, o pólen e a cera armazenados nas colmeias. Existem relatos segundo os quais a Melipona fuliginosa Lepeletier mostrou-se uma ladra agressiva, capaz de eliminar colmeias inteiras de Apis mellifera, decapitando as operárias que saíam em defesa dos seus ninhos. Na Colômbia (Santander e Llanos Orientais), o motivo desses ataques nem sempre foi evidente: tanto teriam ocorrido em épocas de escassa produção de néctar - quando M. fuliginosa roubou as provisões - como em épocas de bom fluxo de néctar, quando foram relatados ataques, sem ter havido pilhagem.[3]
A espécie constrói grande parte do seu ninho, de formato tubular, com resina e sementes, além de barro.[4]
Referências
- ↑ Oliveira, M. L. (2002). "As abelhas sem ferrão na vida dos seringueiros e dos Kaxinawá do alto rio Juruá, Acre, Brasil" pp. 615-630. In Cunha, M. C. & Almeida, M. B. (ed.) Enciclopédia da Floresta. O Alto Juruá: Práticas e conhecimentos das populações. São Paulo: Companhia das Letras 735 pp. [615, 629], apud Camargo et al. op. cit..
- ↑ Camargo, J. M. F. e Pedro, S. R. M. 2012. "Meliponini Lepeletier, 1836". In Moure, J. S., Urban, D. & Melo, G. A. R. (Orgs). In Moure, J. S., Urban, D. & Melo, G. A. R. (orgs). Catalogue of Bees (Hymenoptera, Apoidea) in the Neotropical Region. "Melipona (Michmelia) fuliginosa Lepeletier, 1836".
- ↑ Nogueira-Neto, Paulo. Vida e criação de abelhas indígenas sem ferrão. São Paulo: Editora Nogueirapis, 1997.
- ↑ CAMARGO, João M. F. e PEDRO, Silvia R. M.. Revisão das espécies de Melipona do grupo fuliginosa (Hymenoptera, Apoidea, Apidae, Meliponini). Revista Brasileira de Entomologia. 2008, vol.52, n.3, pp. 411-427. ISSN 0085-5626 (artigo ilustrado com várias fotos e desenhos).