Valença (Bahia)
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Município do Brasil | |||
Câmara Municipal de Valença vista a partir do rio Una | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Lema | Nossa terra, nosso orgulho | ||
Gentílico | valenciano | ||
Localização | |||
Localização de Valença na Bahia | |||
Localização de Valença no Brasil | |||
Mapa de Valença | |||
Coordenadas | 13° 22′ 12″ S, 39° 04′ 22″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Bahia | ||
Municípios limítrofes | Laje, Jaguaripe, Taperoá, Cairu, Mutuípe, Presidente Tancredo Neves e Teolândia | ||
Distância até a capital | 255 km | ||
História | |||
Fundação | 10 de novembro de 1849 (174 anos)[1] | ||
Administração | |||
Distritos | Lista
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Prefeito(a) | Jairo Batista (PP, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [2] | 1 124,657 km² | ||
• Área urbana IBGE/2019[3] | 11,50 km² | ||
População total (2024) [4] | 90 028 hab. | ||
• Posição | BA: 20° | ||
Densidade | 80 hab./km² | ||
Clima | tropical úmido | ||
Altitude | 39 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[5]) | 0,623 — médio | ||
PIB (IBGE/2021[6]) | R$ 1 740 635,00 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2021[6]) | R$ 17 784,63 |
Valença é um município brasileiro no litoral do estado da Bahia, Região Nordeste do país. Ocupa uma área de 1 124,657 km² e sua população estimada em 2024 pelo IBGE era de 90 028 habitantes.[4] O município é muito visitado principalmente por ser o principal acesso à Ilha de Tinharé, turisticamente famosa pelo povoado de Morro de São Paulo, mas também pela bela praia do Guaibim com o seu extenso areal, localizada a cerca de 17 km da sede do município. Valença é considerada a Capital do Baixo Sul, região que reúne 362 659 habitantes.[4]
Da sua atividade econômica destaca-se a produção de camarão em cativeiro, de que é o principal produtor da Bahia, e a cultura e beneficiamento de cravo da Índia, pimenta do reino e de azeite de dendê.
História[7]
[editar | editar código-fonte]A região do Tabuleiro Valenciano é uma das mais velhas da colonização portuguesa, onde existia anteriormente um povoamento indígena tão denso que a maior parte das povoações da área se originou nessas aldeias. Em 1534, quando o Brasil foi dividido em capitanias hereditárias pelo rei de Portugal Dom João III, a região ficou pertencendo à Capitania de Ilhéus, sob a jurisdição da vila de Nossa Senhora de Cairu, onde se formou o primeiro povoamento, no final do século XVI. A economia da região ficou tempo limitada à exportação de matérias primas agrícolas para Portugal e restante da Europa, através de seus portos, criando uma burguesia de negociantes responsáveis pelo aspecto imponente do casario que ainda hoje se mantém de pé, no centro da cidade. Mas o esgotamento dos recursos naturais, a abertura de novas regiões e o fim da escravatura acabaram contribuindo decisivamente para uma decadência econômica. A recuperação só veio no ano de 1859, com a instalação da primeira fábrica voltada para a indústria têxtil no Brasil, criando a tradição de mão de obra industrial. A presença da indústria foi decisiva para a construção da Igreja de Nossa Senhora do Amparo no ano de 1870, santa eleita para ser a protetora dos operários. A partir dessa data, surgiu a Festa do Amparo, promovida pelos funcionários da Companhia Valença Industrial (CVI). Apesar de sua importância, esta não foi a primeira igreja construída na cidade, mas sim a Igreja Matriz do Sagrado Coração de Jesus, edificada no ano de 1799.
Em 22 de Janeiro de 1860, Valença foi agraciada com a visita do Imperador Dom Pedro II. Na ocasião, o Imperador conheceu as igrejas da cidade, a casa da câmara, as escolas, as prisões, bem como as duas grandes fábricas (Tecidos e de Serraria)..[8] Em sua passagem, o Imperador ainda fez doação em dinheiro para construção da Santa Casa de Misericórdia, hospital esse que foi construído em um terreno doado pelo Coronel Isidro de Sena Madureira, o Barão de Jequiriçá[9]
Cronologia
[editar | editar código-fonte]Valença foi criada inicialmente como distrito subordinado a Cairu, com a denominação de Santíssimo Coração de Jesus de Valença, elevando-se à condição de vila pela Carta Régia de 23 de janeiro de 1799 e instalando-se a 10 de julho do mesmo ano. Pela lei provincial nº 300, de 23 de maio de 1848, é criado o distrito de Guerém, sendo a vila elevada à categoria de cidade pela lei provincial nº 368, 10 de novembro de 1849, recebendo então a denominação de Valença. Nas décadas seguintes foram criados os distritos de Maricoabo (antigo São Félix de Maricoabo, pela lei provincial nº 2.288, de 27 de maio de 1882), Serra Grande (1911) e Guaibim (1999).[1]
Geografia
[editar | editar código-fonte]De acordo com a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística vigente desde 2017,[10] o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária de Santo Antônio de Jesus e Imediata de Valença.[11] Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, o município fazia parte da microrregião de Valença, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Sul Baiano.[12]
Praias
[editar | editar código-fonte]- Praia da Ponta do Curral
- Praia de Guaibim
- Praia de Guaibizinho
- Praia de Taquari
- Praia de Atracadouro
Subdivisões
[editar | editar código-fonte]Bairros
[editar | editar código-fonte]- Jacaré
- Jardim Grimald
- São Felix
- Novo Horizonte I
- Novo Horizonte II
- Lapa
- Urbis
- Tio Virgínio
- Alto do São Roque
- Vila Operaria
- Graça
- Centro
- Tento
- Bolívia
- Bate Quente
- Baixa Alegre
- Jambeiro
- Tamarineiro
- Pitanga
- Areal
- Amparo
- Mangue seco
- Triana
- Estancia Azul
Infraestrutura
[editar | editar código-fonte]Educação
[editar | editar código-fonte]Ensino Superior
[editar | editar código-fonte]- Universidade do Estado da Bahia (UNEB): Direito e Pedagogia.
- Faculdade Zacarias de Góes (FAZAG) - Administração; Ciências Contábeis; Educação Física; Enfermagem; Fisioterapia; Letras; Pedagogia; TI e Computação; Turismo.
- Faculdade de Tecnologia de Valença (FACTIVA) - Administração; Engenharia Civil; Engenharia de Produção; Marketing; Pedagogia.
- Faculdade Atenas - "Medicina".
- Faculdade de Educação Social da Bahia (FAESB) - Administração; Direito; Pedagogia"
- IFBA - "Hotelaria; Administração; Ti e Computação; Eletrônica; Engenharia Ambiental; Engenharia Civil; Engenharia de Alimentos; Engenharia Elétrica; Engenharia de Produção; Engenharia Química; Eventos; Física; Geografia; Ciências Sociais; Matemática".
- IF Baiano - "Agroecologia; Agropecuária; Meio Ambiente".
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c Enciclopédia dos Municípios Brasileiros (2007). «Valença - Histórico» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 22 de agosto de 2014. Cópia arquivada (PDF) em 21 de agosto de 2014
- ↑ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (15 de janeiro de 2013). «Áreas dos Municípios». Consultado em 30 de novembro de 2017. Cópia arquivada em 30 de novembro de 2017
- ↑ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Meio Ambiente». Consultado em 28 de fevereiro de 2023
- ↑ a b c «Estimativas da população residente para os municípios e para as unidades da federação - IBGE». www.ibge.gov.br. Consultado em 11 de setembro de 2024
- ↑ Atlas do Desenvolvimento Humano (29 de julho de 2013). «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Consultado em 7 de agosto de 2013. Cópia arquivada (PDF) em 8 de julho de 2014
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2010 à 2021». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 1º de janeiro de 2024
- ↑ [1]
- ↑ [2]
- ↑ [3]
- ↑ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2017). «Divisão Regional do Brasil». Consultado em 30 de novembro de 2017. Cópia arquivada em 30 de novembro de 2017
- ↑ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2017). «Base de dados por municípios das Regiões Geográficas Imediatas e Intermediárias do Brasil». Consultado em 30 de novembro de 2017
- ↑ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1990). «Divisão regional do Brasil em mesorregiões e microrregiões geográficas» (PDF). Biblioteca IBGE. 1: 68–69. Consultado em 30 de novembro de 2017. Cópia arquivada (PDF) em 30 de novembro de 2017