Biotina

Biotina
Alerta sobre risco à saúde[1]
Nome IUPAC Ácido 5-[(3aS,4S,6aR)-2-oxohexahydro-1H-tieno[3,4-d]imidazol-4-yl]pentanóico
Outros nomes Vitamina B7; Vitamina H; Coenzima R; Biopeiderm
Identificadores
Número CAS 58-85-5
PubChem 171548
ChemSpider 149962
SMILES
InChI
1/C10H16N2O3S/c13-8(14)4-2-1-3-7-9-6(5-16-7)11-10(15)12-9/h6-7,9H,1-5H2,(H,13,14)(H2,11,12,15)/t6-,7-,9-/m0/s1
Propriedades
Fórmula química C10H16N2O3S
Massa molar 244.29 g mol-1
Aparência Agulhas cristalinas brancas
Ponto de fusão

232-233 °C

Solubilidade em água 22 mg/100 mL
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.
Estrutura da biotina. A porção linear da estrutura é responsável pela ligação da biotina à cadeia polipeptídica da piruvato carboxilase.

Biotina, também conhecida como vitamina B7, é uma vitamina essencial, hidrossolúvel, que funciona como uma coenzima no metabolismo das purinas e dos carboidratos. Atua na formação da pele, unhas e cabelo, na utilização dos hidratos de carbono (açúcares e amido) e na síntese de ácidos graxos.

Está presente em quase todos os seres vivos sejam fungos, plantas ou animais.[2]

Atividade biológica

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A biotina é o cofactor da enzima piruvato carboxilase por ser uma molécula especializada no transporte de dióxido de carbono (CO2). Na reação anabolisada pela piruvato carboxilase, a biotina capta uma molécula de CO2 e transfere-a para uma molécula de piruvato, formando oxaloacetato, no processo de gliconeogênese. Esta transferência é possível graças à flexibilidade da porção linear da estrutura da biotina, que permite o movimento da parte da molécula envolvida no transporte do CO2.

A proteína avidina, presente numa forma activa em ovos crus, inibe a acção da biotina ao ligar-se a esta, evitando a sua absorção normal no intestino. Uma dieta rica em ovos crus pode levar, por isso, a uma deficiência em biotina. Esta propriedade é, no entanto, explorada a nível laboratorial: é possível adicionar moléculas de biotina a determinadas proteínas (um processo denominado biotinilação); proteínas marcadas deste modo podem ser facilmente purificadas através de cromatografia de afinidade, usando uma matriz contendo avidina covalentemente ligada, que por sua vez capta os grupos biotina (e consequentemente as proteínas a si ligadas). A proteína marcada pode então ser eluída (separada da matriz) usando um excesso molar de biotina livre, que compete com a biotina ligada à proteína e força-a a desligar da matriz cromatográfica.

Existem poucas evidências de que é útil para tratar problemas de cabelo, unhas e pele em pessoas sem deficiência. A biotina não é absorvido pela pele, unhas ou cabelo por ser lipofóbica. É facilmente obtida na alimentação.[3]

Fontes na alimentação

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O organismo humano é incapaz de sintetizar biotina, mas é sintetizada por bactérias intestinais em pequenas quantidades. Para obter uma dose suficiente deve ser suplementada através da alimentação. Alimentos ricos em biotina incluem:

  • Farelo de arroz: 66 µg / 100g
  • Sementes de girassol: 66 µg / 100g
  • Lentilhas: 40 µg / 100g
  • Amendoim: 37 µg / 100g
  • Nozes: 37 µg / 100g
  • Cevada: 31 µg / 100g
  • Ervilha: 30 µg / 100g
  • Cenoura: 25 µg / 100g
  • Aveia: 24 µg / 100g

Um adulto precisa de 30 µg por dia, sendo excretada diariamente. Ovos e carnes possuem grande quantidade de biotina, mas é pouco biodisponível, e uma proteína (avidina) inibe sua absorção.[4]

Deficiência de biotina

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Os sintomas de deficiência incluem cabelo e unhas frágeis, coceira e erupção cutânea escamosa vermelha ao redor dos olhos, nariz e boca. Grande déficit causa depressão, apatia, alucinações e formigamento nos braços e pernas. Há evidências de que o tabagismo pode causar leve deficiência de biotina. A deficiência pode ser induzida por um defeito genético raro.[5]

Referências

  1. Merck Index, 11th Edition, 1244.
  2. Pinon, Violaine, et al. “Biotin Synthesis in Plants. The First Committed Step of the Pathway Is Catalyzed by a Cytosolic 7-Keto-8-Aminopelargonic Acid Synthase.” Plant Physiology, vol. 139, no. 4, Dec. 2005, pp. 1666–1676, 10.1104/pp.105.070144. Accessed 4 Nov. 2016.
  3. "Biotin: MedlinePlus Supplements". 13 September 2013. Retrieved 2013-09-29.
  4. Dietary Reference Intakes for Thiamin, Riboflavin, Niacin, Vitamin B6, Folate, Vitamin B12, Pantothenic Acid, Biotin, and Choline. http://www.nap.edu/catalog/6015.html
  5. MedlinePlus. Biotin. September 2013. https://medlineplus.gov/druginfo/natural/313.html
  • David L. Nelson, Michael M. Cox , "Lehninger Principles of Biochemistry", 4ª edição, W. H. Freeman, 2005, ISBN 978-0-7167-4339-2