Arturo Rawson
Arturo Rawson Corvalán | |
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Arturo Rawson Corvalán | |
Presidente interino da Argentina | |
Período | 4 de junho de 1943 a 7 de junho de 1943 |
Antecessor(a) | Ramón S. Castillo |
Sucessor(a) | Pedro Pablo Ramírez |
Embaixador da Argentina no Brasil | |
Período | 1943 a 1945 |
Presidente | Pedro Pablo Ramírez Edelmiro Julián Farrel |
Antecessor(a) | Adrián C. Escobar |
Sucessor(a) | Nicolás Accame |
Dados pessoais | |
Nascimento | 4 de junho de 1884 Santiago del Estero, Província de Santiago del Estero |
Morte | 8 de outubro de 1952 (68 anos) Buenos Aires, Argentina |
Nacionalidade | argentino |
Progenitores | Mãe: Juana Corvalán Pai: Franklin Rawson |
Cônjuge | Delia Borda |
Profissão | Militar |
Arturo Franklin Rawson Corvalán ou Corbalán (Santiago del Estero, 4 de junho de 1884 — Buenos Aires, 8 de outubro de 1952),[1][2] foi um militar argentino, presidente de facto de seu país entre 4 e 7 de junho de 1943.[nota 1] Em 4 de junho de 1943, liderou o golpe militar que depôs Ramón Castillo. Rawson assumiu provisoriamente o governo, ocupando o cargo por apenas três dias.[3]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Rawson nasceu em Santiago del Estero em 1884 em uma família San Juan de origem estadunidense.[4][5] Por meio de seu avô Juan de Dios Rawson, ele era parente de Guillermo Rawson. Rawson frequentou o Colégio Militar da Argentina, onde se formou em 1905[6] e posteriormente lecionou por um tempo. Rawson subiu na hierarquia do exército argentino e acabou sendo promovido a general. Em 3 de junho de 1943, Foi contatado por membros do GOU (Grupo de Oficiais Unidos), um grupo de oficiais militares que planejava derrubar o governo civil da Argentina. O GOU, sem o número suficiente de tropas necessárias para implementar com sucesso um golpe, sabia que Rawson poderia fornecer os soldados que eles precisavam. Rawson, que planejava derrubar o governo antes mesmo de ser contatado pelo GOU, concordou com o plano. Em 4 de junho, Rawson e 10 000 soldados sob seu comando entraram em Buenos Aires e derrubaram o governo de Ramón Castillo. Isso encerrou o período histórico conhecido como a "Década Infame" e deu início à Revolução de 43.[7]
Rawson prontamente se declarou presidente da Argentina no mesmo dia, vencendo Pedro Pablo Ramírez. No entanto, suas escolhas para seu gabinete alienaram a liderança do GOU, que o forçou a renunciar em 7 de junho. O Coronel Elbio Anaya compareceu em seu gabinete e disse-lhe que estava governando por um mal-entendido, pois o presidente era Ramírez. Rawson renunciou e rejeitou a escolta militar, deixando a Casa Rosada em um jipe militar.
Rawson, como Castillo, apoiou os Aliados da Segunda Guerra Mundial, mas a maior parte dos militares que organizaram o golpe queriam que a Argentina permanecer neutro no conflito, considerando que ingressar na guerra seria destrutivo para o país.
Seu tempo como presidente foi tão breve que nunca fez o juramento de posse. Mesmo assim, não assumiu o poder como presidente interino, mas com expectativa de governar por muito tempo. Assim, Rawson teve o segundo mandato mais curto de qualquer presidente argentino, e o mandato mais curto de qualquer presidente não interino argentino, ocupando o cargo por apenas três dias (o primeiro sendo Federico Pinedo com 12 horas).
Após renunciar à presidência, Foi nomeado embaixador no Brasil, cargo que ocupou até 1944. Ele parabenizou Ramírez quando rompeu relações com a Alemanha e o Japão.[8] Em 1945, Rawson foi preso e levado a um tribunal militar por se opor ao governo do presidente Edelmiro Farrell, mas foi rapidamente libertado. Em setembro de 1951, apoiou a tentativa fracassada do general José Benjamín Menéndez de derrubar o governo de Juan Perón, pelo qual Rawson foi temporariamente preso. Escreveu o livro Argentina y Bolívia en la epopeya de la emancipación ("Argentina e Bolívia no épico da Libertação").
Rawson morreu de ataque cardíaco em Buenos Aires em 1952. Ele está enterrado no Cemitério La Recoleta, em Buenos Aires.
Referências
- ↑ «Rawson, Arturo». Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 24 de setembro de 2018
- ↑ «General Arturo Franklin Rawson Corbalán» (em espanhol). Genealogía Familiar. Consultado em 2 de abril de 2015
- ↑ «Galeria de presidentes» (em espanhol). Presidencia de la Nación Argentina. Consultado em 2 de abril de 2015
- ↑ «Biografia de Arturo Rawson». www.biografiasyvidas.com. Consultado em 3 de junho de 2021
- ↑ «Amán Rawson Hull b. 1794 Montague, MA, Estados Unidos d. 11 Jan 1847 San Juan, San Juan, Argentina: Genealogía Familiar». web.archive.org. 3 de outubro de 2015. Consultado em 3 de junho de 2021
- ↑ TheBiography.us; TheBiography.us. «Biography of Arturo Rawson (1884-1952)». thebiography.us (em inglês). Consultado em 3 de junho de 2021
- ↑ Mendelevich, Pablo (2010). El Final. Buenos Aires: Ediciones B. ISBN 978-987-627-166-0, p. 144
- ↑ Mendelevich, Pablo (2010). El Final. Buenos Aires: Ediciones B. ISBN 978-987-627-166-0, p. 146.
Notas
- ↑ Arturo Rawson, que assumiu o governo provisoriamente, não é contado na lista oficial de presidentes.Galeria de presidentes Governo da Argentina (em castelhano)
Precedido por Ramón S. Castillo | Presidente da Argentina 4 a 7 de junho de 1943 | Sucedido por Pedro Pablo Ramírez |