Comboios de Portugal

CP - Comboios de Portugal, E.P.E.
Comboios de Portugal
Logótipo da Comboios de Portugal
Entidade Pública Empresarial
Slogan 'Sempre em movimento'
Fundação 11 de maio de 1860 (164 anos)
Fundador(es) José de Salamanca y Mayol
Sede Calçada do Duque, 20
Encarnação, Lisboa
Área(s) servida(s) Portugal (Rede Ferroviária Portuguesa)
Proprietário(s) República Portuguesa
Presidente Pedro Moreira (desde 2022)[1]
Empregados 3750(2022)
Clientes Aumento 172.6 milhões de passageiros (2023)
Serviços Transporte ferroviário
Divisões CP Operações e Comercial, CP Manutenção e Engenharia.[2]
Subsidiárias FERNAVE (100%), SAROS (100%), ECOSAUDE (100%)
Receita Aumento EUR 269.6 milhões (2022)
Lucro Aumento EUR 9.2 milhões (2022)
LAJIR Aumento EUR 9.7 milhões (2022)
Antecessora(s) Caminhos de Ferro Portugueses, E.P.
Website oficial www.cp.pt
Comboio Alfa Pendular da CP renovado (velocidade máxima homologada - 220 km/h | velocidade pico - 245 km/h)
Comboios urbanos da CP na Estação de São Bento no Porto.

A empresa Comboios de Portugal, E.P.E. é uma empresa portuguesa de transporte ferroviário. Foi criada em 11 de maio de 1860 pelo empresário espanhol José de Salamanca y Mayol com o nome de Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses, para construir as linhas ferroviárias que ligassem a cidade de Lisboa ao Porto e à fronteira com Espanha em Badajoz.[3] Mudou a sua designação após a Implantação da República Portuguesa em 5 de Outubro de 1910, para Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.[4] Na primeira metade do Século XX, passou por um processo de expansão, tendo assimilado várias empresas ferroviárias privadas, e os caminhos de ferro que tinham estado sob a gestão do Governo Português.[5] No entanto, os efeitos da Segunda Guerra Mundial, e o avanço dos transportes rodoviário[6] e aéreo[7] deterioraram de tal forma a sua situação económica que, após a Revolução de 25 de Abril de 1974, foi necessário nacionalizar a Companhia, mudando novamente de nome, para Caminhos de Ferro Portugueses, E.P.[8] Esta empresa foi profundamente modificada em 1997, quando lhe foi retirada a gestão das infra-estruturas (que foi entregue a uma nova entidade, a REFER), ficando a CP somente com a exploração dos serviços ferroviários.[9] Na sequência desta alteração, em 2009 o nome legal da empresa foi modificado, passando a ser Comboios de Portugal, E.P.E.,[10] embora a CP já usasse essa designação para fins publicitários desde 2004.

Capa dos primeiros Estatutos da Companhia Real, em 1860

A primeira empresa nacional para a construção de caminhos de ferro foi a Companhia das Obras Públicas de Portugal, criada em 1844 pelo governo de Costa Cabral para promover o desenvolvimento dos transportes em Portugal; no entanto, esta tentativa falhou devido à instabilidade política.[3] Após o regresso a um ambiente mais estável, renovou-se o interesse pelo caminho de ferro, pelo que em 1851 o empresário inglês Hardy Hislop apresentou uma proposta para uma linha de Lisboa a Badajoz, que foi entregue no ano seguinte à Companhia Central Peninsular dos Caminhos de Ferro de Portugal, formada por Hislop para esse fim.[3] No entanto, em 1855 as obras foram paralisadas devido a conflitos entre a empresa e os empreiteiros, tendo a gestão das obras passado para o estado português.[3] Em 28 de Outubro de 1856, foi inaugurado o primeiro troço, até ao Carregado, mas a companhia continuou a sofrer de graves problemas financeiros e de gestão.[3] O empresário inglês Samuel Morton Peto, que se encontrava a dirigir as obras, foi encarregado de formar uma nova empresa, que substituísse a Companhia Peninsular, mas sem sucesso, tendo o seu contrato sido terminado em 6 de Junho de 1859.[3]

Assim, o governo elaborou um novo contrato em 30 de Julho com o empresário espanhol José de Salamanca y Mayol, que formou a Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses, para construir a ligação ferroviária das Linhas do Norte e Leste; os estatutos desta empresa foram elaborados em 12 de Dezembro, e aprovados no dia 22 do mesmo mês, tendo a empresa sido formalmente constituída em 11 de Maio de 1860,[3] embora o decreto que oficializou este acto só foi publicado em 20 de Junho.[11]

Em 25 de Junho de 1865, a Companhia Real adquiriu os direitos de exploração da Linha do Norte a José de Salamanca;[3] no dia 10 de Novembro, a escritura pública foi aprovada, e o troço já construído, entre Lisboa e Ponte da Asseca, passou para a Companhia.[12]

Em Janeiro de 1902, já tinha chegado uma das locomotivas encomendadas pela Companhia à casa Fives-Lille para assegurar os serviços rápidos, encontrando-se, nesse mês, a ser montada nas oficinas de Lisboa.[13] O relatório de 1901, apresentado nesse mês, reportava que a situação financeira da Companhia era bastante favorável, devido, principalmente, à queda dos preços do carvão.[14]

Implantação da República

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Após a Implantação da República Portuguesa, em 5 de Outubro de 1910, a Companhia Real vê o seu nome modificado, ainda nesse ano, para Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.[4]

Aviso de 1915 da CP, informando o público acerca das sobretaxas

Primeira Guerra Mundial

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Após o início da Primeira Guerra Mundial, em 1914, verificou-se um forte aumento nos preços do carvão, o que levou a Companhia a reduzir os serviços, e utilizar lenhas para alimentar as suas locomotivas, o que gerava vários problemas de manutenção do material circulante; esse ano ficou, igualmente, marcado por várias greves gerais dos ferroviários, tendo sido praticados graves actos de sabotagem[15] que conduziram à necessidade de ser ordenada uma intervenção do Exército.[16]

Período entre as duas Guerras Mundiais

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Após o final da Primeira Grande Guerra, permaneceram os problemas de exploração, devido ao aumento dos preços, aos quais as operadoras respondiam com a emissão de sobretaxas.[17] O carvão, em especial, continuava escasso e a preços excessivos, pelo que continuou a utilização de lenhas nas locomotivas.[17] Por outro lado, também continuaram os problemas sociais, agravados por novas medidas, com a introdução das 8 horas de trabalho diárias, que geraram vários conflitos e greves, como o encerramento das oficinas do Entroncamento em 1922, que tiveram efeitos nefastos no material motor.[17]

Em 11 de Maio de 1927, ganhou o concurso de arrendamento da exploração das ligações ferroviárias do Governo Português, até então geridas pela operadora Caminhos de Ferro do Estado; devido à falta de experiência na gestão de linhas de bitola reduzida, subarrendou a Linha do Tâmega à Companhia dos Caminhos de Ferro do Norte de Portugal, e as Linhas do Corgo e Sabor à Companhia Nacional de Caminhos de Ferro.[5] Em 1929, a tendência de crescimento da Companhia inverteu-se, devido à concorrência do transporte rodoviário; na Década de 1930, verificou-se uma regressão no transporte, inicialmente apenas para passageiros, e depois para mercadorias, o que forçou a uma redução nas despesas, como na manutenção de via e na mão-de-obra.[17] Por outro lado, também se começaram a estudar novas técnicas e novos meios de tracção, como locomotivas e automotoras a gasóleo.[17]

Em 1932, verificou-se uma alteração nos estatutos, tendo a Companhia passado a ser uma Sociedade anónima de responsabilidade limitada.[5]

Exposição das novas carruagens da CP na Estação do Rossio, em Julho de 1940

Segunda Guerra Mundial

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Durante a Segunda Guerra Mundial, verificou-se uma escassez de carvão, o que levou, novamente, à redução dos serviços.[5] Mesmo assim, em 1940, a Companhia iniciou o serviço rápido Flecha de Prata, entre Lisboa e o Porto.[18]

Do final da Segunda Guerra Mundial à Revolução dos Cravos

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Em 1945, é publicada a Lei n.º 2008, sobre a coordenação de transportes terrestres, que determinou a concentração de todas as concessões de exploração ferroviária numa só empresa; no ano seguinte, foi realizada a escritura de transição das Companhias dos Caminhos de Ferro Portugueses da Beira Alta, Nacional de Caminhos de Ferro e Portuguesa para a Construção e Exploração de Caminhos de Ferro para a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.[5] Esta empresa começou, assim, em 1947, a explorar todas as linhas em Portugal, de bitola larga e estreita, excepto a Linha de Cascais, que tinha sido arrendada à Sociedade Estoril até 1976.[5]

Verificou-se, no entanto, uma acentuada quebra nas receitas, tendo a Companhia sido forçada, em 1950, a pedir um empréstimo de 50 milhões de escudos.[19] No ano seguinte, entrou em vigor o contrato único, que reorganizou a gestão do transporte ferroviário, e alterou os estatutos da Companhia.[19]

Ainda assim, a Companhia conseguiu realizar vários investimentos, apoiados pelo I Plano de Fomento (1953-1958), no sentido de modernizar os seus serviços; destaca-se, principalmente, a viagem inaugural do serviço rápido Foguete, em 1953, e os projectos de electrificação da Linha de Sintra e do troço entre Lisboa e Carregado da Linha do Norte, concluídos em 1956.[19] Em 1958, foi introduzido, para o pessoal das oficinas, o regime de semana inglesa, e, em 1959, a empresa contratou com a Ericsson para a instalação de sinalização e comando centralizado na Linha de Vendas Novas.[19] Em 1966, são publicados novos estatutos para a Companhia, e é completada a electrificação entre Lisboa e o Porto; em 1968, é assinado um contrato com um consórcio da SOMAFEL e Somapre, para a renovação total da via.[19]

Em 1973, é publicado o Decreto-lei n.º 104/73, que autorizou o Ministro das Comunicações a estabelecer um novo contrato de concessão com a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.[19]

Locomotiva n.º 560 da CP na Estação de Valença, em 1970.

Revolução dos Cravos e nacionalização

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A situação da Companhia alterou-se profundamente após a Revolução de 25 de Abril de 1974; com efeito, várias inspecções levadas a cabo revelaram os graves problemas laborais, ocultados pela organização, e que tiveram de ser resolvidos, com efeitos nefastos sobre a já instável capacidade financeira da Companhia.[20] Esta situação foi piorada pelas Crises do petróleo de 1973 e 1978, e pelas novas prioridades do regime democrático, que reduziu substancialmente os apoios à Companhia, com os quais apenas se puderam fazer algumas obras de construção e manutenção de via, como a instalação dos acessos ferroviários ao Complexo Industrial de Sines, e prosseguir com o programa de substituição do material motor a vapor, que se tinha iniciado havia cerca de 30 anos.[21] Em 1975, deu-se a nacionalização da Companhia, embora, na prática, este processo não tenha tido grandes efeitos, uma vez que a empresa já se encontrava quase totalmente subordinada ao Estado.[8]

Finais do século XX

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Com a entrada de Portugal na CEE em 1986, a CP usufrui de fundos cada vez maiores para modernizar a empresa e o Caminho de Ferro.

Em 1987, é lançado o serviço Alfa com recurso a carruagens Corail. Um ano depois, em 1988, é lançado o serviço Intercidades também assegurado com carruagens Corail e alguns anos depois com carruagens Sorefame modernizadas.[22]

No ano de 1988 são suprimidos os serviços de passageiros na Linha do Sabor, parte da Linha do Vouga e da Linha do Douro. No ano seguinte, são encerradas a Linha do Sabor, Linha do Dão, Linha de Guimarães entre Guimarães e Fafe e a Linha do Douro entre Pocinho e Barca d'Alva.[22]

Em 1990 é assinado o contrato de aquisição de 42 UQE para o serviço suburbano da Linha de Sintra, este investimento marca o ínicio da modernização do Caminho de Ferro em Portugal.[22]

Em 1992, é criada a Fernave resultado da autonomização da área de formação da CP.[23]

Em 1993, a EMEF - Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário é criada resultando da autonomização da área industrial da CP destinada à Reparação e Reabilitação do Material Circulante.[24]

A CP bate o recorde de velocidade ferroviária em Portugal em 1993 com uma locomotiva série 5600 e 3 carruagens Corail atingindo 220 km/h entre Espinho e Avanca na Linha do Norte.[25] Velocidade que seria atingida em serviço comercial apenas alguns anos depois pelos comboios Alfa Pendular.

Em 1997, é lançado o site da CP na Internet (www.cp.pt). O site permite a consulta dos horários por linha, dos serviços e da informação institucional sobre a empresa. Foi posteriormente adicionada uma procura de horários mais inteligente, que combina automaticamente várias linhas e vários serviços.[26]

A empresa é profundamente modificada pelo Decreto-Lei n° 104/97 que lhe retira a responsabilidade das infraestruturas. Competência transferida para uma nova empresa pública, a REFER. Nesse mesmo ano a administração da CP implementa uma organização mais flexível baseada em Unidades de Negócio[27] Depois desta reorganização do setor a CP concentra-se na modernização da sua frota de material circulante com a compra de novos comboios e a reabilitação de outros. Foi renovado o material circulante dos comboios suburbanos de Lisboa, nomeadamente com novos comboios de dois pisos,[28][29][30] e do Porto.[31] No serviço regional esta modernização foi materializada com a reabilitação de várias séries de material circulante.[32][33][34]

Entre 1997 e 1999 foram inauguradas várias obras que introduziram profundas alterações tecnológicas que por sua vez originaram melhorias como o aumento da segurança, do conforto e a diminuição dos tempos de percurso. A eletrificação e modernização da Linha da Beira Alta é concluída. Os CCC (Postos de Comando Centralizado) de Campolide e da Pampilhosa são inaugurados. Em 1998 é a vez da GIL - Gare Intermodal de Lisboa (Gare do Oriente) ser inaugurada. Foi eletrificado o Ramal de Leixões que contribuiu para a melhoria da eficiência do transporte ferroviário de mercadorias. Por fim são concluídas várias quadruplicações na Linha de Sintra, de Cintura e do Norte que resolveram graves estrangulamentos à exploração ferroviária.

Em 1999 é inaugurado o serviço Alfa Pendular assegurado com recurso as novas automotoras CPA 4000 que podem atingir os 220 km/h em serviço comercial.[35] Velocidades que não puderam ser praticadas nos primeiros anos devido ao atraso na modernização da Linha do Norte. Este novo serviço substitui o antigo "ALFA" assegurado por carruagens Corail.

Comboio Alfa Pendular na gare de Santa Apolónia

Década de 2000

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Com a entrada no novo milénio são iniciadas as ligações Cacém/Alverca e Vila Franca de Xira/Alcântara Terra com recurso às novas automotoras de dois pisos UQE 3500. A partir de 2002, a classe única é generalizada no serviço Regional e InterRegional.[36]

A 5 de Junho de 2004 é inaugurado o "Eixo Atlântico" ou seja a ligação direta em Alfa Pendular entre Braga e Faro efetuada em cerca de 6 horas. O transbordo fluvial entre Santa Apolónia e o Barreiro, grave problema que vigorou durante mais de 100 anos, é definitivamente suprimido. Esta nova ligação foi possível graças à conclusão do Eixo Norte/Sul que implica a travessia ferroviária da Ponte 25 de Abril e a modernização e eletrificação da Linha do Sul até Faro. O Eixo Atlântico foi inaugurado pelo Primeiro Ministro Durão Barroso.[37]

Em 2004, é progressivamente criada a nova rede de Urbanos do Porto com a inauguração da modernização da Linha do Minho, de Guimarães e do Douro. Toda a rede de urbanos do Porto é explorada com as novas automotoras UME 3400. Estas automotoras foram construidas na fábrica da Bombardier na Amadora (ex-Sorefame) e integram as tecnologias mais modernas da altura.[38]

Em janeiro de 2006, a CP encomenda à Siemens 15 locomotivas elétricas para substituir as cinquentenárias LE 2500 e LE 2550. Estas locomotivas deram origem à série LE 4700. Posteriormente, foram encomendadas mais 10 unidades, o que aumentou o valor da aquisição de 70 para 100 milhões de euros. As primeiras três locomotivas foram montadas pela Siemens em Munique e as restantes pela EMEF (uma empresa do Grupo CP).[39][40][41]

Em 2007 é suprimido o "Comboio Azul" que é substituído pela ligação em Alfa Pendular Braga/Faro inaugurada em 2004. A última viagem deste comboio aconteceu no dia 20 de Abril de 2007. O serviço "Auto-expresso" (transporte ferroviário de automóveis) que era parte integrante do "Comboio Azul" já tinha sido suprimido no dia 1 de Abril de 2006, o que diminuiu a competitividade deste serviço ferroviário face ao próprio automóvel.[42][43]

Nesse mesmo ano entram ao serviço as primeiras automotoras UQE 2300 renovadas. Estas automotoras efetuam serviço na Linha de Sintra e de Azambuja. Os interiores são totalmente renovados com novas cores e estofos. Também é instalado o sistema visual e sonoro de informação ao público.

Nos anos de 2008, 2009 e 2010 é implementado o sistema de bilhética eletrónica nos comboios urbanos de Lisboa. Várias estações das Linhas de Sintra, Cascais e Azambuja são equipadas com controlos de acessos automáticos no sentido de reduzir a fraude.[44]

Em 2009, a CP aluga à RENFE 17 automotoras da série 592 para fazer face ao envelhecimento da sua frota dedicada ao serviço Regional. O contrato prevê uma duração de 5 anos (ou seja até 2014) data a partir da qual deverá chegar novo material circulante. Efetivamente, também em 2009, a CP lança um concurso público internacional de compra de material circulante com o objetivo de renovar a frota do serviço Regional e da Linha de Cascais. Concurso esse que será cancelado alguns meses depois devido à crise financeira.[45] Este aluguer permite abater ao serviço toda a série 0600.

Década de 2020

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Fusão entre a CP e EMEF em janeiro de 2020.[46]

Caracterização

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Transportou cerca de 172.6 milhões de passageiros em 2023.[47] Até Janeiro de 2020 encontrava-se dividida em diferentes áreas de negócio, cada uma com uma parte específica dos serviços prestados pela empresa:

Desde Janeiro de 2020 a organização da Empresa articula-se em torno de direcções unificadas, que abrangem todos os serviços[48]:

A CP detém ainda a gestão destas empresas:

  • FERNAVE - Formação Técnica, Psicologia Aplicada e Consultoria em Transportes e Portos, S.A.
  • ECOSAÚDE - Educação, Investigação e Consultoria em Trabalho, Saúde e Ambiente, S.A.
  • SAROS - Sociedade de Mediação de Seguros, Lda.

A CP - Comboios de Portugal, E.P.E. e as suas participadas formam o Grupo CP.

Logótipos da CP, antes e depois de 1981.

A CP actualmente dedica-se apenas ao transporte e actividades conexas. A gestão da rede ferroviária nacional, que lhe pertenceu até 1997, está hoje entregue a uma outra empresa pública, a Infraestruturas de Portugal.
É liderada por Pedro Moreira, presidente interino do Conselho de Administração da CP desde outubro de 2021.

Atividade de transporte

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Desde finais da década de 1980, o volume de passageiros transportados pela CP esteve numa tendência de queda contínua, fomentada pelo aumento do uso do transporte individual fruto do forte investimento nas infraestruturas rodoviárias e do aumento do poder de compra da população, mas também devido à falta de investimento no setor ferroviário e ao encerramento excessivo de linhas complementares.[49] Com efeito, em Portugal, o número de passageiros transportados diminuiu 43% entre 1988 e 2009.[49] Portugal foi o único país da Europa Ocidental onde o número de passageiros diminuiu nesse período, ao passo que na vizinha Espanha o número de passageiros aumentou 157%.[49] Entre 2008 e 2013, a CP registou uma queda extremamente importante da procura devido à crise financeira que o país estava a viver.[50] Desde 2013, a empresa recupera progressivamente com a implementação de uma política comercial agressiva, da paz laboral e da retoma económica.[51][52] Em 2019 verificou-se a maior procura de sempre dos serviços da CP no século XXI.

Procura e proveitos de tráfego dos serviços da CP entre 2005 e 2022 (informação retirada dos Relatórios & Contas da empresa)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
Passageiros transportados (em milhões) 130,6[53] 133,2[53] 134,7[54] 135,5[55] 131,2[56] 130[57] 126,1[58] 111,7[59] 107,2[60] 109,7[61] 112[62] 114,8[63] 122[64] 126[65] 145[66] 87[67] 99,1[68] 148,1[69]
Receita da atividade (em milhões de euros) 175,9[53] 194,7[53] 204,5[54] 216,2[55] 213,2[56] 212,2[57] 212,4[58] 210,5[59] 203,4[60] 214,4[61] 220,5[62] 230,3[63] 250[64] 259[65] 273,8[66] 150,7[67] 171,6[68] 255,7[69]

Resultados económicos

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A CP regista prejuízos crónicos devido aos serviços públicos (com preços relativamente acessíveis determinados pelo estado) que presta sem ter um contrato de serviço público que estipule as indemnizações compensatórias que a CP deve receber. O elevado peso da divida histórica também impacta o défice. Desde 2015, a CP está sob perímetro de consolidação do Orçamento de Estado, o que permite à CP financiar-se directamente no OE sem necessidade de se endividar.[62] Desde então a divida da CP encontra-se numa tendência decrescente.

Resultados económicos da CP entre 2006 e 2022(informação retirada dos Relatórios & Contas da empresa)
2006 2007 2008 2009* 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
EBITDA (em milhões) 14[53] -24,5[55] -26,3[55] -22,1[56] 13[58] 39[58] 45,6[70] 21,9[60] 14,7[61] 3,7[62] 0,344[63] 14,626[64] 9,488[65] 48,032[71] -4,121[67] 14,024[68] 88,250[69]
Resultado Operacional (em milhões) -114,6[72] -105,9[73] -99,3[55] -107,7[56] -87[58] -62[58] -27,7[70] -19,7[60] 36,7[61] -175,1[62] -54,3[63] -35,5[64] -36,8[65] 4,411[71] -84,477[67] -42,462[68] 28,903[69]
Resultado Líquido (em milhões) -192,8[72] -183,9[73] -190,4[55] -217,3[56] -202[58] -289[58] -223,3[70] -226,5[60] -159,8[61] -278,4[62] -144,5[63] -111,9[64] -105,6[65] -51,578[71] -95,399[67] -65,544[68] 9,193[69]
Divida (em milhões) 3 034[72] 3 174[73] 3 368[74] 3 811[75] 3 683[58] 3 911[58] 4 055[70] 4 265[60] 4 376[61] 3 742[62] 3 179[63] 2 751[64] 2 586[65] 2 067[71] 2,132[67] 2,132[68] 2,110[69]

*Autonomização da CP Carga

Linhas em que presta ou prestou serviços de transporte

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Rede ferroviária portuguesa na sua máxima extensão, com todas as linhas onde operaram serviços da CP
Linhas ativas atualmente

Serviços extintos

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Serviços ferroviários

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Tradicionalmente e desde a sua fundação, a CP separou completamente os seus serviços de médio curso dos de longo curso, na terminologia da companhia, para além dos de proximidade. Na atualidade, a divisão é mais flexível, pois existem serviços com ligação entre os comboios de médio curso e longo curso, e também comboios de longo curso que admitem certos passageiros de médio curso entre cidades próximas.[76][77]

As linhas interurbanas de Longo Curso são serviços não subvencionados, que geralmente incluem grandes prestações de bordo como cafetaria, classe preferencial, restauração em assento ou a emissão de filmes. O nome de cada um destes serviços indica normalmente as prestações e o tipo de comboio, embora às vezes existam diferenças dentro de serviços com o mesmo nome.

Alfa Pendular

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Comboio do serviço Alfa Pendular (antes da renovação) na Estação da Pampilhosa.

O Alfa Pendular é o serviço premium da CP e é efetuado pelas automotoras elétricas da Série 4000, com capacidade de pendulação, que possibilita uma velocidade máxima de 220 km/h. O serviço Alfa Pendular realiza os seguintes percursos:

Este serviço dispõe de duas classes: Classe Turística (equivalente à Segunda Classe dos serviços Intercidades) - Carruagens 6 a 3 - e Classe Conforto (equivalente à Primeira Classe dos serviços Intercidades) - Carruagens 1 e 2. O Bar está localizado na carruagem 3. De salientar que as carruagens se encontram ordenadas de sul para norte (1 → 6).

Comboio do serviço Intercidades.

O Intercidades é o serviço rápido da CP que liga as principais cidades do país. Estes serviços são efectuados com composições Locomotiva + Carruagens (Série 5600 com carruagens Corail ou Sorefames Modernizadas) possibilitando assim uma maior flexibilidade consoante a procura. A velocidade máxima deste serviço é 200 km/h.

A única excepção é na ligação Casa Branca - Beja onde o serviço é prestado com recurso a automotoras diesel da Série 0450 cujos interiores foram modificados para esta tipologia de serviço. A sua velocidade máxima é de 120 km/h.

Internacionais

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Comboio dos serviços noturnos Sud-Expresso e Lusitânia.

(Suspensos desde 17 de Março de 2020 e sem previsão de regresso)

A CP realiza vários serviços noturnos com uma velocidade máxima de 140 km/h. São serviços da categoria Internacional formados por composições de carruagens Talgo TrenHotel da Renfe Operadora (duas composições, as do Sud Expresso, encontram-se alugadas à congénere espanhola) que inclui carruagens de lugares sentados classe Turista e de camas Turista, Preferente e Gran Classe, bem como uma carruagem restaurante. Nesta categoria inserem-se dois serviços com destino a Espanha (Lusitânia) e França (Sud Expresso).

  • Sud Expresso: serviço operado em exclusivo pela CP que liga as estações de Lisboa-Santa Apolónia e Hendaye (via Beira Alta), com ligações aos TGVs de e para Paris. Circula acoplado ao Lusitânia entre Lisboa e Medina del Campo (em Portugal este serviço é conhecido por Sud-Lusitânia) e é sempre a composição do lado norte. Circula no sentido ascendente (Lisboa-Hendaye) com o número 310 e com o 313 no sentido descendente.
  • Lusitânia: serviço operado pela CP juntamente com a Renfe Operadora que liga as estações de Lisboa-Santa Apolónia e Madrid-Chamartín (via Beira Alta). Circula acoplado ao Sud-Expresso entre Lisboa e Medina del Campo (em Portugal este serviço é conhecido por Sud-Lusitânia) e é sempre a composição do lado sul. Circula no sentido ascendente (Lisboa-Madrid) com o número 335 e com o 332 no sentido descendente.

No Médio Curso realizam-se linhas, que podem receber subvenções, tanto individualmente para cada linha por vezes através dos municípios, como globalmente através de um acordo com o governo estatal conhecido como contrato-programa.​ A maioria dos serviços têm prestações parecidas, com classe única sem cafetaria a bordo e a possibilidade de utilizar bicicletas.

  • InterRegional: é o serviço mais rápido de entre os de média distância com um desempenho técnico idêntico ao Regional, com a exceção de que ignora certas estações secundárias no seu percurso, reduzindo assim o tempo de viagem. No entanto, a extensão dos seus percursos, do princípio ao fim, é alargada, típica de serviços como o Intercidades; isso possibilita percorrer longos percursos interregionais sem a necessidade de transbordos para os viajantes que dele necessitam, embora não seja a opção preferível para esse tipo de viagem longa, devido às suas múltiplas paragens. Estes serviços efetuam-se nas linhas do Norte, Minho, Douro, Oeste e no Ramal de Tomar.
Comboios do serviço Regional que operam na Linha do Vouga.

Para além disso, a CP realiza vários serviços de Médio Curso, incluídos na categoria Internacional, que abrangem percursos internacionais:

A CP é o principal gestor de redes de serviços urbanos em Portugal. Estes serviços são sempre subvencionados, e são oferecidos nas grandes áreas metropolitanas do país.

Comboios do serviço de Urbanos em Lisboa.

Estas redes são operadas principalmente CP Urbanos. Estes serviços são prestados nas três maiores aglomerações urbanas do país:

Além dos seus serviços regulares, a CP comercializa vários serviços turísticos nas linhas do Douro e Vouga.

  • Comboio Histórico do Douro: serviço turístico efetuado pela locomotiva a vapor CP 0186 na Linha do Douro entre as estações da Régua e do Tua,[79] tem tido um sucesso crescente nos últimos anos, o que conduziu a CP a alargar a oferta deste serviço.[80]
  • MiraDouro: serviço turístico efetuado por uma locomotiva diesel 1400 e carruagens Schindler reabilitadas, foi lançado em 2017 com vista a reforçar a oferta na Linha do Douro.[81][82] Na primeira temporada, circulou entre a estação de Porto São Bento e a estação do Tua com um sucesso assinalável. No entanto, na segunda temporada em 2018 foi encurtado à estação da Régua, consequência das dificuldades operacionais da CP nesse período,[83] o que gerou uma queda abrupta do número de passageiros. O serviço foi suspenso em 2019 e desde 2020 que a empresa usa este nome para os serviços InterRegionais Porto-Pocinho, operados por locomotivas Série 1400 e carruagens Schindler e/ou Sorefames.[84]
  • Comboio Histórico do Vouga: serviço turístico efetuado pela locomotiva a diesel, restaurada nas suas cores originais, CP 9004. Foi lançado em 2017 com o objetivo de dinamizar a Linha do Vouga, circula entre a estação de Aveiro e de Macinhata do Vouga, incluindo uma visita ao museu ferroviário existente nesta localidade.[85] O enorme sucesso da primeira temporada, tendo sido registadas taxas de ocupação de 100%, levou a CP a aumentar a oferta e o número de circulações em 2018.[86][87]

Rodoviários complementares ou de substituição

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A C.P. emprega frequentemente autocarros ou táxis para complemento, permanente ou temporário, dos seus serviços ferroviários. P. ex.:

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Frota de Material Circulante

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Material Motor: Locomotivas e Automotoras

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Ver artigo principal: Predefinição:FerroviasPTmotor
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Imagem Série Tipologia Entrada em serviço Unidades Tração Bitola Velocidade Máxima Serviços
Em Serviço Totais
0180 Locomotiva 1924 1 2 Vapor 1668 mm
(ibérica)
Turístico

Sazonal

0350 Automotora 2000[nota 1] 3 18 Diesel 1668 mm
(ibérica)
100 km/h Regional
0450 Automotora 1999[nota 2] 19 19 Diesel 1668 mm
(ibérica)
120 km/h Regional

InterCidades

592.0

592.2

Automotora 2011[nota 3] 16 (8 devolvidas

à RENFE

em 2021)

24 Diesel 1668 mm
(ibérica)
120 km/h (592.0)

140 km/h (592.2)

Regional

InterRegional

Internacional

(Celta)

1400 Locomotiva 1967 11 20 Diesel 1668 mm
(ibérica)
105 km/h Regional

InterRegional

Manobras

2050

2080

Automotora 1963

1967

0 5 Elétrica 1668 mm
(ibérica)
90 Km/h Fora de Serviço
2240 Automotora 2004[nota 4] 55 55 Elétrica 1668 mm
(ibérica)
120 km/h Regional

InterRegional

2300 Automotora 1992 42 42 Elétrica 1668 mm
(ibérica)
120 km/h Urbano
2400 Automotora 1997 14 14 Elétrica 1668 mm
(ibérica)
120 km/h Urbano
2600 Locomotiva 1974 9 12 Elétrica 1668 mm
(ibérica)
160 km/h InterRegional
2620 Locomotiva 1987 2 9 Elétrica 1668 mm
(ibérica)
160 km/h InterRegional
3150 Automotora 1998[nota 5] 13 13 Elétrica 1668 mm
(ibérica)
90 km/h Urbano
3250 Automotora 1998[nota 6] 18 21 Elétrica 1668 mm
(ibérica)
90 km/h Urbano
3400 Automotora 2002 34 34 Elétrica 1668 mm
(ibérica)
140 km/h Urbano
3500 Automotora 1999 12 12 Elétrica 1668 mm
(ibérica)
140 km/h Urbano
4000 Automotora 1999 9 10 Elétrica 1668 mm
(ibérica)
220 km/h Alfa Pendular
5600 Locomotiva 1993 19 24 Elétrica 1668 mm
(ibérica)
220 km/h Intercidades
E200 Locomotiva 1911 - 1923 1 6 Vapor 1000 mm
(métrica)
Turístico

Sazonal

9000 Locomotiva 1975 1 3 Diesel 1000 mm
(métrica)
70 Km/h Turístico

Sazonal

9630 Automotora 1991 7 7 Diesel 1000 mm
(métrica)
90 km/h Regional

Material Rebocado: Carruagens

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Em 2020 a CP possuía 182 carruagens destinadas ao serviço[89]
Imagem Nome Entrada em serviço Unidades Bitola Velociade

Máxima

Serviços
Em Serviço Total
Carruagens de Inox Climatizadas (CIC)
Corail 1985 58 58 1668 mm
(ibérica)
200 Km/h InterCidades
As carruagens Corail foram construídas pela Sorefame em 1985, sendo os interiores renovados entre 2004 e 2006.

Estas subdividem-se nas seguintes tipologias:[90]

  • 10 carruagens de 1ª Classe Salão de cor Inox com vinis roxos e pretos;
  • 37 carruagens de 2ª Classe Salão de cor Inox com vinis verdes e pretos;
  • 10 carruagens de 1ª Classe Salão com Bar de cor Inox com vinis roxos e pretos;
  • 1 carruagem Salão Especial (VIP) de cor Inox com vinis vermelhos e azuis (modificada em 1999).
Sorefame

Modernizada

1993-1996 45 45 1668 mm
(ibérica)
200 Km/h InterCidades
As carruagens Sorefame Modernizadas foram construídas pela Sorefame entre 1967 e 1968, sendo completamente modernizadas entre 1993 e 1996. Estas subdividem-se nas seguintes tipologias:[90]
  • 3 carruagens de 1ª Classe Salão de cor Inox com vinis roxos e pretos;
  • 31 carruagens de 2ª Classe Salão de cor Inox com vinis verdes e pretos;
  • 11 carruagens de 1ª Classe Salão com Bar de cor Inox com vinis roxos e pretos.
Carruagens de Aço Macio Climatizadas (CMC)
Arco 2021 23 36 1668 mm
(ibérica)
200 Km/h InterRegional
As carruagens Arco foram fabricadas entre 1985 e 1986, modernizdas pela Renfe nas Oficinas de Málaga entre 1999 e 2002, adquiridas pela CP em 2020 e modificadas pela CP nas Oficinas de Guifões entre 2020 e 2022. Estas subdividem-se nas seguintes tipologias:[90]
  • 9 carruagens 1ª Classe Salão;
  • 18 carruagens 2ª Classe Salão;
  • 9 carruagens 2ª Classe Salão com Bar.
Simafe S/ Data 0 4 1668 mm
(ibérica)
160 Km/h Fora de Serviço
As carruagens Simafe foram fabricadas entre 1981 e 1982, modernizadas posteriormente pela Renfe e adquiridas pela CP em 2020, sem previsão de remodelação / modernização. Estas subdividem-se nas seguintes tipologias:[90]
  • 2 carruagens de 1ª Classe;
  • 2 carruagens de 2ª Classe.
Gran Confort S/ Data 0 5 1668 mm
(ibérica)
160 Km/h Fora de Serviço
As carruagens Gran Confort fabricadas entre 1985 e 1986, transformadas pela Renfe entre 1994 e 1995, adquiridas pela CP em 2020, sem previsão de remodelação / modernização. Estas subdividem-se nas seguintes tipologias:[90]
  • 2 carruagens de 1ª Classe;
  • 3 carruagens de 1ª Classe Salão com bancos super-reclináveis.
Corail S/ Data 0 5 1668 mm
(ibérica)
160 Km/h Fora de Serviço
As carruagens Couchettes Corail foram construídas em 1984, adquiridas pela CP em 2020 e encontram-se sem previsão de remodelação / modernização. Estas subdividem-se nas seguintes tipologias:[90]
  • 5 carruagens Couchettes de Compartimentos.
Carruagens de Inox Não Climatizadas (CIN)
Sorefame

Clássica

1963-1984 5 74 1668 mm
(ibérica)
140 Km/h Regional e InterRegional
As carruagens Sorefame Clássicas foram construídas pela Sorefame entre 1963 e 1975. Estas subdividem-se nas seguintes tipologias:[90]
  • 4 carruagens de 1ª Classe Compartimentos (1972);
  • 6 carruagens de 1ª Classe Salão (1972);
  • 1 carruagem de 1ª Classe Compartimentos (1963);
  • 9 carruagens de 2ª Classe Compartimentos (1975);
  • 31 carruagens de 2ª Classe Salão (1973);
  • 2 carruagens de 2ª Classe Salão (1967/68);
  • 4 carruagens de 1ª e 2ª Classe Compartimentos (1963);
  • 3 carruagens de 1ª Classe com Bar (construídas em 1963 e transformadas em 1969);
  • 4 carruagens de 1ª Classe com Bar (construídas em 1963 e transformadas em 1967/68);
  • 4 carruagens de 2ª Classe com Bar (construídas em 1968 e transformadas em 1984);
  • 3 carruagens Salão Restaurante (transformadas a partir de diversos tipos de carruagens em 1974);
  • 3 carruagens Salão Restaurante (1964).
Carruagens de Aço Macio Não Climatizadas (CMN)
Schindler 1948-1949 14 19 1668 mm
(ibérica)
120 Km/h Regional e InterRegional
As carruagens Schindler foram construídas pela Schindler Waggon AG entre 1948 e 1949. Estas subdividem-se nas seguintes tipologias:[90]
  • 5 carruagens de 1ª Classe Salão (construídas em 1949, transformadas em 1958);
  • 13 carruagens de 2ª Classe (1948);
  • 1 carruagem de 2ª Classe com Furgão (1949).
Napolitanas 1931 3 5 1000 mm
(métrica)
Turístico Sazonal
As carruagens Napolitanas (igualmente conhecidas como Italianas) foram construídas pela Officine Ferroviarie Meridionali, S.A em Nápoles em 1931. Estas subdividem-se nas seguintes tipologias:[90]
  • 1 carruagem de 1ª Classe Salão;
  • 1 carruagem de 2ª Classe Salão;
  • 2 carruagens de 1ª e 2ª Classe Salão;
  • 1 carruagem de 2ª Classe com Furgão.

Conselho de Administração

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Bilhete da CP

O presidente do Conselho de Administração é o responsável máximo da empresa, liderando uma equipa geralmente constituída por cinco membros, contando com o próprio Presidente. Os membros do conselho de administração são nomeados diretamente pelo ministro da tutela e exercem geralmente um mandato trianual.

Sendo um cargo de confiança política, os nomeados são geralmente membros ou independentes próximos dos dois partidos que se alternam na chefia do Governo de Portugal, o PS e o PSD.

O atual presidente do Conselho de Administração é Pedro Moreira, que completou, como vice-presidente, os restantes meses do mandato de Nuno Freitas, o qual apresentou a demissão em outubro de 2021, a três meses do fim do mandato. Pedro Moreira foi nomeado presidente do Conselho de Administração em setembro de 2022, para o mandato 2022-2024.[1]

Acompanham-no a vice-presidente, Maria Isabel de Magalhães Ribeiro, e os vogais Ana Maria dos Santos Malhó, Pedro Manuel Franco Ribeiro e Joaquim José Martins Guerra.[91]


Titular Partido Político Mandato
Francisco Neto de Carvalho Ind. 1969—1974
Walter Rosa PS 1974—1975
José Augusto Fernandes Ind. 1975—1976
Amílcar Marques Ind. 1976—1980
José Ricardo Marques da Costa Ind. 1980—1982
António Queirós Martins PSD 1982—1986
Carvalho Carreira PSD 1986—1993
Pedro Alves PSD 1993—1994
António Brito da Silva PSD 1994—1996
Manuel Frasquilho Ind. 1996—1997
Crisóstomo Teixeira PS 1997—2003
Ernesto Martins de Brito PSD 2003—2004
António Palma Ramalho PSD 2004—2006
Francisco Cardoso dos Reis PS 2006—2010
José Benoliel Ind. 2010—2012
Manuel Queiró CDS-PP 2013—2017
Carlos Nogueira Ind. 2017—2019
Nuno Freitas Ind. 2019—2021
Pedro Moreira Ind. 2022—presente
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre a empresa Comboios de Portugal

Notas

  1. Estas unidades resultam da remodelação da Série 0300, que entrou ao serviço em 1954.
  2. Estas unidades resultam da remodelação da Série 0400, que entrou ao serviço em 1965.
  3. Estas unidades foram alugadas à Renfe. Originalmente, entraram ao serviço em 1981.
  4. Estas unidades resultam da remodelação das séries 2100/2150 e 2200 que entraram ao serviço entre 1970 e 1984.
  5. Estas unidades resultam da remodelação da Série 3100, que entrou ao serviço em 1950.
  6. Estas unidades resultam da remodelação da Série 3200, que entrou ao serviço em 1959.

Referências

  1. a b É oficial: Pedro Moreira já é presidente da CP, Eco 27.09.2022
  2. https://www.tsf.pt/portugal/sociedade/fusao-da-cp-e-emef-resulta-em-duas-direcoes-diferentes-o-que-muda-nos-comboios-11703870.html
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  10. PORTUGAL. Decreto-Lei n.º 137-A, de 5 de Junho de 2009. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações. Publicado no Diário da República n.º 112, Série I, de 12 de Junho de 2009
  11. MARTINS et al, p. 16
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  13. «Linhas portuguezas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (337). 1 de Janeiro de 1902. p. 11. Consultado em 6 de Fevereiro de 2016 
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  17. a b c d e REIS et al, 2006:63
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  19. a b c d e f REIS et al, 2006:102
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  45. Cipriano, Carlos. «Transportadora pagará 5,35 milhões de euros por ano. CP aluga comboios espanhóis por 30 milhões de euros». PÚBLICO 
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  47. ECO (15 de janeiro de 2024). «CP justifica atrasos nos comboios com "causas externas". Passageiros aumentaram 17% em 2023». ECO. Consultado em 30 de março de 2024 
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  52. «CP aumenta em 6,3% número de passageiros em 2017 para 122 milhões». Jornal Expresso 
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  • MARTINS, João; BRION, Madalena; SOUSA, Miguel; et al. (1996). O Caminho de Ferro Revisitado. O Caminho de Ferro em Portugal de 1856 a 1996. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses. 446 páginas 

Ligações externas

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Mais informações nos sites oficiais das empresas/entidades

  • Operador Ferroviário Português - CP - Comboios de Portugal, E.P.E.
  • Gestor das Infraestruturas Ferroviárias Portuguesas - IP - Infraestruturas de Portugal, S.A.
  • Entidade Reguladora do Sector Ferroviário Português - IMT - Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I.P.
  • Material de Longo curso - Transportes XXI: CP- Longo Curso - Jul. 2012